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Lagos Andinos: travessia entre Chile e Argentina

Fizemos o Cruce de Lagos Andinos, travessia entre Chile e Argentina, e contamos como foi essa experiência. O roteiro parte de Puerto Varas e tem como destino final a linda Bariloche.

Lagos Andinos
Lagos Andinos (foto: shutterstock)

O Cruce de Lagos Andinos realiza a travessia entre Chile e Argentina, explorando 180 quilômetros entre os dois países em um roteiro que mescla navegação por três lagos e trechos terrestres.

O viajante pode escolher fazer apenas a viagem de ida ou optar por ida e volta, com pernoite em uma das cidades de partida. Outra opção também é estender para três dias ou mais, personalizando com outras paradas e passeios.

Fizemos a viagem de dois dias, partindo do Chile e dormindo em Bariloche, na Argentina.

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Centro de Bariloche
Centro de Bariloche (foto: shutterstock)

O passeio começa às 8h e termina por volta das 20h. As saídas podem ser tanto de Bariloche como em Puerto Varas, no Chile. São então 11 horas de viagem em um batidão de barco, ônibus e caminhadas que percorrem os Saltos de Petrohue, Lago de Todos los Santos, Peulla, Puerto Blest, Lago Frías e Lago Nahuel Huapi.

Cruce de Lagos Andinos com início em Puerto Varas, Chile

A viagem começa nessa cidade chilena que é margeada pelo Lago Llanquihue e pelo vulcão Osorno. Mas para chegar ali é preciso voar de Santiago até Puerto Montt (duas horas de voo) e o aeroporto El Tepuel fica a 25 quilômetros de distância (táxis e micro-ônibus fazem o trajeto).

Em Puerto Varas, visite o shopping center Paseo Puerto Varas, um centro comercial com algumas lojas e food trucks. Mas o melhor é não se prender ali, e sim explorar as ruas de comércio da cidade. Portanto, é uma boa caminhar pela via Del Salvador e paralelas para espiar as ofertas de roupas de lã e demais artigos de frio, por exemplo.

Mapa dos Lagos Andinos
Mapa dos Lagos Andinos

Hospedagem em Puerto Varas

O contemporâneo hotel e cassino Dreams pode render uma noite divertida, bem como para quem não está hospedado. Mas, para bolsos mais fartos, a dica é optar pelo Cabañas del Lago, que fica debruçado no Lago Llanquihue e brinda os visitantes com cenários belíssimos do Osorno.

Puerto Varas
Puerto Varas (foto: shutterstock)

Mais opções de hospedagens em Puerto Varas:

Cruce de Lagos Andinos: o dia da travessia

O dia para cruzar o lago rumo à Argentina começa cedo. A primeira parte é feita pela estrada que margeia o Lago Llanquihue, de onde é possível admirar o vulcão Calbuco. E em seguida, uma sucessão de trechos realizados em ônibus e barcos, sempre com atrações pelo caminho.

Cerca de uma hora após sair do hotel em Puerto Varas, cheguei aos Saltos del Petrohue. Os saltos fazem parte do Parque Nacional Vicente Pérez Rosalez.

Eles incluem uma série de quedas d’água decantadas em prosa e verso nos folhetos turísticos, nem tanto por elas próprias, mas pelo fato de o vulcão Osorno compor a paisagem. Por isso, vale a pena ir até Petrohue.

Vulcão Osrono
Vulcão Osorno (foto: Paulo mancha D’Amaro)

Mais 20 minutos de ônibus e aproxima-se o primeiro trecho por água. Embarcamos então no catamarã Lagos Andinos para navegar pelo Lago Todos Los Santos, com direção à fronteira com a Argentina.

Aliás, quando o clima permite, é possível avistar os vulcões Osorno e Puntiagudo pelas amplas janelas da embarcação. Além disso, dá para ver também o imponente Cerro Tronador, com seus 3.554 metros de altitude.

Lago Todos os Santos
Lago Todos os Santos (foto: shutterstock)

Ademais, um dos destaques na navegação é a Isla Margarita, onde o idealizador da travessia de lagos, o empresário Ricardo Roth, construiu uma mansão ainda na primeira metade do século 20.

Ao meio-dia, depois de uma hora e meia de navegação, chega-se a Peulla. Ali são feitos os trâmites de alfândega e imigração para sair do Chile, já que a fronteira surge a 24 quilômetros desse lugar (conto mais sobre a cidade no meu percurso de volta).

Peulla
Peulla (foto: shutterstock)

Chegando na Argentina

É de ônibus, por um caminho digno de filmes de aventura, que se chega à divisa, num ponto da estrada 976 metros acima do nível do mar (um dos mais baixos de toda a Cordilheira). Deixa-se o Parque Nacional Vicente Pérez Rosales (Chile) e adentra-se no Parque Nacional Nahuel Huapi (Argentina).

Já em território argentino, o caminho bem sinuoso leva a Puerto Frías, de onde parte o segundo trecho de navegação da travessia, pelo Lago Frías. É bem rápido, menos de 25 minutos, até Puerto Alegre.

Entretanto, é um dos pontos mais marcantes do trajeto, devido aos enormes paredões de pedra que se erguem das águas verdinhas, como se tudo fizesse parte de um gigantesco fiorde. Certamente impressionante.

Puerto Blest
Puerto Blest (foto: divulgação)

Uma vez em Puerto Alegre, mais uma curta viagem de ônibus, agora de 20 minutos, em direção a Puerto Blest. Nesse pequeno recanto desponta na paisagem do lago glacial Nahuel Huapi o Hotel Histórico Puerto Blest.

É bem na frente do hotel que se toma o catamarã Victoria del Lago para o último trecho de travessia. O barco navega rapidamente pelas águas de cor azul-escuro do famoso Lago Nahuel Huapi. Sendo assim, em cerca de uma hora e 20 minutos chega-se a Puerto Pañuelo, na península de Llao Llao, já nos arredores de Bariloche.

Esse é o trecho final da travessia (e do dia). Aliás, quem faz apenas um trecho partindo do Chile não consegue curtir as belezas do Lago Nahuel Huapi. Porém, quem faz ida e volta ou começa pela Argentina consegue ver o esplendor do lago logo pela manhã.

Lago Nahuel Huapi
Lago Nahuel Huapi (foto: shutterstock)

Cruce de Lagos Andinos: a volta para o Chile

Na hora de voltar ao Chile, o caminho é o mesmo. Mas justamente por conter tantas atrações, sobra muita coisa diferente para fazer e conhecer. Partindo de Puerto Pañuelo, na Península de Llao Llao, encaramos uma hora de navegação pelo Lago Nahuel Huapi. Aliás, cruzar esse lago pela manhã é um privilégio.

Em vários pontos, a embarcação se aproxima da margem para permitir aos viajantes fotografarem locais de interesse, como a Cachoeira Blanca, por exemplo. Mas o que mais encanta os viajantes é a revoada de gaivotas cocineras. Elas costumam acompanhar as embarcações em busca de quitutes que os turistas lhes dão.

Gaivotas cocineras
Gaivotas cocineras (foto: divulgação)

Cerca de uma hora e meia depois da partida, chega-se a Puerto Blest. Em seguida, toma-se um ônibus para o curto trecho de três quilômetros até o Lago Frías.

Se na vinda o clima não havia cooperado, na volta, o tempo abriu e permitiu, desde Puerto Frías, avistar o majestoso vulcão Monte Tronador. Aliás, com sete geleiras deslizando lentamente por suas encostas, é ele quem fornece a água verde-esmeralda do Lago de Todos Los Santos, no Chile.

Hospedagem em Peulla

Logo após passar a fronteira e os trâmites legais, encontra-se a derradeira parada do circuito: o minúsculo povoado de Peulla. Ali se pode almoçar ou mesmo se hospedar por alguns dias. Há alguns hotéis erguidos nesse ponto remoto dos Andes: o Natura e o Peulla.

Na minha jornada, conheci o Hotel Natura. É uma opção bastante confortável. Eu só passei algumas horas em Peulla, mas voltaria para aproveitar por alguns dias. Afinal, só a paz garantida por um dos mais bucólicos redutos naturais do continente já vale a viagem.

Confira outra sugestão de hospedagem em Peulla aqui!

Hotel Natura Patagônia
Hotel Natura Patagônia (foto: divulgação)

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