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Buenos Aires: passeios para fazer na capital argentina

A capital argentina é daqueles lugares em que dá vontade de rever os pontos turísticos mais famosos, não importa quantas vezes já tenhamos ido. Confira nossa sugestão de passeios para fazer em Buenos Aires.

Foto da Praça de Maio
Praça de Maio e Casa Rosada, Buenos Aires, Argentina. (Foto: shutterstock)

Independentemente de quantas vezes você já visitou os pontos turísticos em Buenos Aires, há sempre uma novidade para conhecer, uma atração no mesmo estilo para complementar, ou uma surpresa para agregar. Dessa forma, dá para fazer coisas diferentes a cada visita, sem abrir mão dos velhos conhecidos.

Casa Rosada

Foi no século 19 que a sede da presidência argentina, construída no terreno onde antes ficava um forte colonial, ganhou a pompa que se vê hoje, com jardins e fachada na cor que lhe dá nome de Casa Rosada.

Nos finais de semana, visitas guiadas gratuitas e sob reserva levam para ver o suntuoso Salão Branco, onde já foram servidos banquetes de 12 pratos a chefes de Estado, e as sacadas em que a primeira-dama Eva Perón fez alguns de seus discursos mais inflamados.

O palacete fica na Praça de Maio, cujo nome é uma referência à revolução de 1810, que abriu caminho para a independência da Argentina. No centro da praça, está a Pirâmide de Maio, um obelisco de 19 metros de altura que que representa a liberdade.

Casa Rosada
Casa Rosada em Buenos Aires, na Argentina. (Foto: shutterstock)

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Museu Evita

Se quiser conhecer melhor uma das primeiras-damas mais atuantes da política mundial, vale a pena visitar o museu que ocupa a antiga sede da fundação de assistência social criada por Evita, em Palermo.

Com vídeos, fotos, mobília e artigos pessoais, o acervo retrata toda a biografia de María Eva Duarte de Perón, desde sua carreira como atriz até o casamento com o futuro presidente Juan Domingo Perón.

É emocionante aprender sobre seu intenso engajamento em causas políticas e sociais, incluindo os direitos femininos, e também sobre sua morte prematura aos 33 anos. Alguns de seus figurinos mais icônicos fazem parte da coleção, que também traça um panorama sobre a história da Argentina, principalmente no período da ditadura.

Depois da visita, vale muito a pena almoçar ou tomar um café no restaurante que fica no charmoso pátio do museu.

Museu Evita
Museu Evita. (Foto: divulgação)

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Calle Florida

A famosa rua de comércio popular, exclusiva para pedestres, é ponto de parada para quem quer comprar alfajores, produtos de couro ou roupas em geral. É lá que fica o shopping Galerias Pacífico, com lojas como Adidas, Lacoste e M.A.C. Sua arquitetura, inspirada em mercados franceses, hoje é protegida como patrimônio nacional.

Galerias Pacifico e Calle Florida
Galerias Pacifico e Calle Florida. (Foto: shutterstock)

Distrito Arcos

Seguindo a tendência mundial de viadutos revitalizados que dão lugar a empreendimentos descolados, este centro comercial a céu aberto ocupa um antigo complexo ferroviário em Palermo, que ainda mantém as estruturas originais de tijolo.

Ali funcionam lojas outlet de marcas locais e também internacionais, como Lacoste, Levi’s, Adidas, Nike e Puma. Também tem food trucks de hambúrguer, cachorro-quente, tacos e crepe. Os alfajores Havanna e a cerveja Patagonia estão garantidos.

Distrito Arcos
Distrito Arcos Premium Outlet, um shopping center localizado no bairro de Palermo. (Foto: shutterstock)

Café Tortoni

O icônico café em estilo francês é uma instituição tanto turística quanto cultural da cidade. Situado no centro, já foi frequentado por personalidades como Jorge Luis Borges e Carlos Gardel; hoje, é famoso pelas apresentações de tango e pela dupla café com churros. Fundado em 1858, o Tortoni é o mais antigo de uma seleta categoria de estabelecimentos históricos reconhecidos pelo governo local como “bares notáveis”.

Café Tortoni em Buenos Aires
Café Tortoni. (Foto: divulgação)

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Teatro Colón

Fundado em 1908 no centro, é um dos teatros mais importantes do continente, estando a altura de casas de espetáculo consagradas, como o La Scala de Milão e a Ópera Garnier, em Paris. Sua sala central em forma de ferradura, com ótima acústica, pode ser conhecida em visitas guiadas ou em noites de espetáculo.

Teatro Colón
Teatro Colón. (Foto: divulgação)

Colón Fábrica

O bairro de La Boca agora tem mais um chamariz, além dos já conhecidos Caminito e La Bombonera. É lá que fica a experiência recém-inaugurada que mergulha o visitante nos bastidores do Teatro Colón, um dos únicos do mundo a produzir integralmente em oficias próprias os cenários e figurinos de suas produções.

Antes dedicado apenas a armazenar todo o material, o galpão em La Boca agora exibe aos visitantes vestuários, cenografias e outros aparatos usados nos espetáculos. A visita acontece de sexta a domingo e feriados.

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Show de tango

É praticamente um dever turístico assistir a uma apresentação do mais argentino dos gêneros musicais, nascido da fusão entre influências europeias e africanas. Existem diversas casas famosas, de estilos diferentes, em que os espetáculos quase sempre podem ser precedidos por um jantar.

É o caso, entre outros, do Madero Tango, que traz roupagem mais pop e performática; do Piazzola Tango, de clima intimista em um pequeno teatro Belle Époque; do Carlos Gardel, entoado pelas músicas do famoso cantor argentino; do El Querandí, listado entre os bares notáveis da capital; do Rojo Tango, no sofisticado e exclusivo Hotel Faena; e do Señor Tango, com interpretação à la Broadway comandada por Fernando Soler.

Aproveite para assistir o show de tango no El Querandí!

Milongas

Se apenas assistir a uma apresentação de tango não é suficiente para você, as milongas proporcionam experiências ainda mais imersivas, onde turistas se misturam a moradores locais no tablado de dança.

Muitas, aliás, oferecem aulas de tango, além de valerem por verdadeiras baladas. Entre as mais famosas, estão o Club Gricel, La Viruta, El Beso e La Catedral.

Club Gricel
Club Gricel. (Foto: divulgação)

Recoleta

O requintado bairro da alta sociedade portenha, com seus palacetes de ares franceses, é onde Buenos Aires faz jus à fama de “pedacinho da Europa na América do Sul”, sobretudo ao longo da Avenida Alvear. Sua origem remete ao século 19, quando famílias abastadas se mudaram para essa zona mais alta da cidade, fugindo de doenças que empesteavam outras áreas.

O Cemitério da Recoleta é queridinho dos turistas, com lápides e mausoléus que podem ser considerados obras de arte. Ali estão enterradas personalidades importantes da história argentina, como Evita Perón e vários presidentes.

É na Recoleta que fica também o Pátio Bullrich, shopping mais luxuoso da cidade, em um edifício do século 19 inspirado nos mercados europeus.

Patio Bullrich em Buenos Aires.
Interior do shopping Patio Bullrich. (Foto: divulgação)

Veja onde se hospedar em Recoleta!

Se fazer compras em lojas do calibre de Louis Vuitton, Hugo Boss e Salvatore Ferragamo não for muito a sua praia, considere pelo menos uma passadinha para ver a arquitetura e comer alguma coisa no Gourmand Food Hall, que reúne mais de dez opções, como bistrô francês, bar de ostras e sushi, restaurante italiano, churrascaria e hamburgueria.

Passeio guiado Che Tour

Nada melhor que conhecer um destino pela ótica de quem mora nele. Há mais de oito anos na cidade, a brasileira Sthephanie Carvalho é uma das fundadoras da agência Ondas Buenas, que oferece passeios, experiências e serviços focados em seus conterrâneos.

Ela conduz o Che Tour, caminhada guiada que circula pela Recoleta e pelo bairro vizinho Retiro. Ao longo de cinco quilômetros, ela vai revelando histórias e curiosidades desse pedaço da Zona Norte de Buenos Aires.

Um dos “segredos” visitados é La Isla um reduto residencial ainda mais exclusivo. Para encerrar, tem piquenique nos jardins da escultura Floralis Generica, uma flor de aço com 20 metros de altura que abre suas pétalas no começo do dia e fecha ao entardecer.

Museu de Arte Latino-Americana

Endereços mais relevantes no cenário cultural de Buenos Aires, o Museu de Arte Latino-Americana, em Palermo, reúne cerca de 400 obras feitas por artistas do continente, ao longo do século 20, como Frida Kahlo e Diego Rivera. O Brasil está bem representado com Tarsila do Amaral (a tela Abaporu foi comprada em um leilão pelo empresário que fundou o museu), Cândido Portinari e Hélio Oiticica

Museu de Arte Latino-Americana
Museu de Arte Latino-Americana. (Foto: divulgação)

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San Telmo

O charmoso bairro conquistou o coração dos turistas com a feira de antiguidades e as apresentações de tango que tomam suas ruas, sobretudo aos domingos.

A poucos passos da Plaza Dorrego, epicentro do bairro, o Mercado de San Telmo deixou de ser, há poucos anos, o clássico “mercadão” de frutas e carnes para se transformar em um endereço gastronômico.

San Telmo
Feira de San Telmo. (Foto: shutterstock)

Agora, além das lojas de antiguidades e das bancas de hortifrúti e produtos típicos, o edifício do século 19 ferve nos finais de semana graças aos balcões e mesas compartilhadas de restaurantes e cafés.

Servem de tudo, desde empanadas e choripán (pão com linguiça e molho chimichurri) até carnes feitas na parrilla. Outro check turístico em San Telmo é a foto com a simpática estátua da personagem Mafalda, criada em 1964 pelo cartunista Quino.

Passeio gratuito por San Telmo!

Feira de Mataderos

Mais afastado do centro, e por isso mesmo mais autêntico, o bairro de Mataderos sedia, há 30 anos, a Feira de Artesanato e Tradições Populares Argentinas. Lá, mais de 700 barraquinhas exibem produtos típicos do país, como mates, ponchos, mantas, facas e objetos de couro.

Para comer, pratos tradicionais de várias regiões da Argentina se juntam às onipresentes empanadas, como o locro (ensopado de feijão e carne que lembra a feijoada), tamales e humitas (ambos feitos de milho).

Feira de Mataderos
Feira de Mataderos. (Foto: divulgação)

O tango cede lugar a estilos musicais como zamba e chacarera, junto a apresentações folclóricas da tradição gaúcha e andina. A feira acontece todos os domingos durante o dia entre março e dezembro e nas noites de sábado em fevereiro e março (em janeiro, não funciona).

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Puerto Madero

O velho cais no Rio da Prata está entre os melhores exemplos de revitalização urbana a favor do turismo. A região, antes degradada, ganhou um belo up ao ter seus antigos galpões portuários convertidos em restaurantes e bares, que foram exaltados por novos prédios de arquitetura moderna.

As margens pontilhadas por barcos – incluindo modelos históricos e até um cassino flutuante – são conectadas pela icônica Puente de La Mujer, projetada pelo arquiteto Santiago Calatrava como uma alusão aos movimentos do tango.

Puerto Madero
Puerto Madero. (Foto: shutterstock)

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Reserva Ecológica Costanera Sur

O maior espaço verde de Buenos Aires fica entre Puerto Madero e o Rio da Prata, preservando uma área de 350 hectares de vegetação nativa. Ali, onde até 1950 ficava o balneário municipal frequentado pelos portenhos, é possível caminhar ou pedalar pelas trilhas, além de participar de atividades guiadas gratuitamente por especialistas, como avistamento de aves ou visita ao viveiro de plantas.

Reserva Ecológica Costanera Sur
Reserva Ecológica Costanera Sur. (Foto: divulgação)

Caminito

Todo mundo conhece a clássica imagem de cartão-postal formada por um esquina de casas coloridas. O que nem todo mundo sabe, porém, é que o Caminito deve sua origem aos imigrantes italianos, sobretudo os genoveses.

Ao longo do século 19, o bairro portuário de La Boca serviu de reduto para os estrangeiros que chegavam a Buenos Aires em busca de melhores condições de vida. Para dar mais graça às suas casas de cortiço, feitas de madeira e chapas de zinco, eles pintavam as fachadas com restos de tintas que sobravam das oficinas de barco.

Caminito em Buenos Aires
Caminito. (Foto: divulgação)

Hoje considerado uma “rua-museu”, o Caminito reproduz essas construções, agora ocupadas por restaurantes e lojas. A poucos passos dali, fica o estádio La Bombonera, do Boca Juniors – time fundado por descendentes de italianos.

No Museo de La Pasión Boquense e no tour guiado pela arena, os visitantes podem conhecer a história do clube argentino eternizado por Diego Maradona.

Barrio Chino

Se no século 19 eram os italianos que compunham o grosso da imigração na Argentina, mais recentemente foram os asiáticos que passaram a chegar em peso no país. No bairro de Belgrano, fica outro reduto de estrangeiros – a “Chinatown” de Buenos Aires.

Sinalizada com um arco oriental que veio direto da China, a área coleciona lojas, restaurantes e mercados típicos, instalados na região a partir de 1980, sobretudo nas ruas Arribeños e Mendoza.

Barrio Chino
Barrio Chino. (Foto: divulgação)

E, quanto à comida, não é só chinesa. Tem japonesa, vietnamita e taiwanesa, servidas em restaurantes bem tradicionais, mas também lugares jovens e descolados, sobretudo na Pasaje Echeverría, uma ruela que tem bombado com as chamadas “ventanitas”, onde janelas fazem as vezes de food trucks.

Palermo

O bairro mais animado e boêmio de Buenos Aires é subdividido em várias regiões (como Chico, Soho e Hollywood), onde prevalecem as charmosas ruas arborizadas que enfileiram prédios residenciais, bares descolados, lojas de design e restaurantes moderninhos.

Durante o dia, é uma delícia se perder por elas e também passear pelo enorme Parque Tres de Febrero, conhecido como Bosques de Palermo, onde dá para ficar descansando no gramado, alugar bicicletas, passear de pedalinho, visitar o Rosedal com suas 18 mil rosas ou, com ingresso à parte, conhecer o Planetário Galileo Galilei ou o Jardim Japonês, que celebra a cultura oriental.

Parque Tres de Febrero em Buenos Aires
Parque Tres de Febrero. (Foto: divulgação)

Veja onde se hospedar em Palermo!

Depois, é só emendar com um happy hour no fim da tarde, quando muita gente vai direto para a Praça Julio Cortazar, rodeada por bares e restaurantes meio padrão, além de lojas e murais de grafite.

El Ateneo Grand Splendid

A livraria mais famosa de Buenos Aires é um espetáculo: ela funciona dentro de um teatro-cinema de 1919, na Recoleta. As horas passam voando em meio a cinco andares tomados por livros, inclusive as galerias onde antes ficavam os assentos mais reservados.

El Ateneo Grand Splendid
El Ateneo Grand Splendid. (Foto: divulgação)

E dá até para tomar um café em cima do palco, que, ainda ostentando as pesadas cortinas de veludo, agora é ocupado por uma cafeteria.

Palácio Barolo

Além de visitar uma das livrarias mais bonitas do mundo, em Buenos Aires você praticamente entra em um dos livros mais famosos da humanidade. Bem, quase isso. O Palácio Barolo, inaugurado em 1923, é inspirado na obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri.

Palácio Barolo
Palácio Barolo. (Foto: divulgação)

Assim, a arquitetura e a decoração trazem referências ao céu, ao purgatório e ao inferno. Visitas guiadas exploram em minúcia essas influências, que vão da altura em metros que corresponde à quantidade de cantos da obra (100) ao número de andares igual ao de estrofes (22).

O tour termina no mirante coroado pelo farol giratório, onde fica o bar 1923, com vista para o imponente prédio do Congresso argentino. O Barolo, vale dizer, foi o maior prédio da América do Sul na época de sua construção e tem um irmão gêmeo do outro lado do Rio da Prata: o Palácio Salvo, em Montevidéu.

Confira mais opções de passeios por Buenos Aires!

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