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Destination wedding: como combinar viagem e casamento

Quando a blogueira Mariana Alves e o então namorado resolveram se casar, deram de cara com uma dúvida cruel: onde celebrar? Morando ambos no Distrito Federal, a família dele em Goiânia e a dela em São Paulo, não havia meio-termo que facilitasse a vida de todo mundo. E já que ambos não faziam questão de cerimônia religiosa nem de festa cheia de pompa, decidiram assinar os papéis em Brasília e, depois, trocar alianças só os dois, em alguma praia paradisíaca fora do país.

Pesquisa vai, sugestão vem, escolheram Seychelles, arquipélago no Oceano Índico perto da costa africana – o que viria a calhar com a lua de mel na África do Sul. Fecharam pacote com a operadora Terramundi e embarcaram. Assim, em 18 de setembro de 2015, Mariana e Paulo Henrique disseram “sim” em uma cerimônia pé na areia no hotel Double Tree, diante de um juiz e duas testemunhas apenas. “Assim que terminou, ficamos na praia e na piscina comendo nosso minibolo e tomando espumante”, conta Mariana, cujo pacote ainda incluía buquê, coroa de flores e trajes para os dois. Ela calcula que tenha gasto, com a cerimônia e a lua de mel, o equivalente a um terço do valor de um casamento convencional sem grandes luxos para 200 pessoas.

 

Hilton Labriz (foto: divulgação)

Assim como ela, cada vez mais casais têm optado por fazer seus votos durante uma viagem – seja a dois ou mesmo levando familiares e amigos junto. É o chamado destination wedding, quando saem de cena as degustações de bufê, as reuniões com cerimonialistas e as decisões sobre fornecedores para dar lugar a uma celebração em que o cenário é tão importante quanto o matrimônio, muitas vezes já emendando lua de mel. É comum, quando há convidados, que todos se hospedem juntos, como se fosse uma viagem em grupo – cabe aos noivos decidir se cobrem ou não os gastos de todos com estadia, alimentação, transporte e passeios.

Em geral, destinos de praia são bastante procurados, assim como hotéis acabam sendo os locais mais comuns. Mas não só. Regiões da Europa, como o interior da Itália e os castelos da França, também são lugares de sonho. E até mesmo a Disney – estima-se que, por ano, 1.200 casais digam “sim” nos parques da Flórida. “Muitos pensam que casar fora é algo distante, que exige viajar várias vezes para organizar tudo. Nosso trabalho é cuidar de cada detalhe, tirando dos noivos a responsabilidade de se preocupar com os procedimentos. Cada casal pode escolher a cerimônia que se encaixa melhor no seu bolso”, analisa a cerimonialista Letícia Fülöp, da assessoria Mais ArtEventos, que realiza casamentos nas terras do Mickey em parceria com a agência Qualité Turismo.

A forma mais prática de organizar um destination wedding, portanto, é contratando pacotes de agências e operadoras, sejam as de turismo convencionais, como a Teresa Perez e a própria Terramundi, ou as especializadas nesse nicho, como a Tailor Made Travel, a Casando no Caribe e a Aonde Casar. Também é possível fechar negócio diretamente com hotéis que realizem celebrações – vale lembrar que eles, na maioria das vezes, não entram apenas com a locação do espaço ou o fornecimento de comida, mas sim com a organização completa do evento, incluindo mimos especiais para os noivos, como tratamentos de spa e upgrade na acomodação.

 

Shangri-la Villingili  (foto: divulgação)

 

Existem muitas opções de pacotes, em geral combinados com a hospedagem, que podem incluir apenas uma cerimônia simbólica ou também os trâmites civis, além de serviços como música e fotografia. É comum que haja o trabalho de um coordenador ou cerimonialista – incluído ou extra. Em geral, recepção com coquetel e jantares podem ser adicionados à parte. Quanto ao orçamento, o céu é o limite, principalmente se envolver convidados e serviços customizados. Mas o que muita gente não imagina é que um destination wedding não necessariamente sai mais caro que um casamento convencional, considerando que, hoje em dia, mesmo as celebrações simples e pequenas raramente ficam abaixo de R$ 50 mil no Brasil. Além disso, enquanto uma festa dura poucas horas, o casamento-viagem se estende por dias, o que também dilui os gastos. “O prazo ideal para iniciar as negociações é entre oito e dez meses antes do evento. Assim os noivos podem planejar o orçamento e avisar os convidados para que se organizem com antecedência”, recomenda Alessandra Verna, da Tailor Made Travel.

 

Resorts e agências que organizam destination weddings

Maia Luxury Resort

Hilton Labriz, Silhouette Island

❖  Tailor Made Travel

Tereza Perez  

Bonvenon

 

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