Apresentando: Emilia-Romagna e suas cidades, Bolonha, Parma e Modena, donas de várias vertentes da boa culinária!
A Emilia-Romagna é um dos pedaços mais saborosos do norte italiano. Fácil de encaixar em qualquer roteiro pelo país, a região tem como fio condutor a culinária, pois as cidades de Bolonha, Parma e Modena são o berço de vários ícones da gastronomia nacional.
A lista é longa e vai do aclamado macarrão à bolonhesa (aqui, chamado de ragù) ao queijo Parmigiano Reggiano, passando pelo Aceto Balsamico Tradizionale (vinagre balsâmico), a mortadela e o culatello, embutido à base de lombo de porco. Muitos deles ainda são feitos em endereços familiares, que conservam tradições centenárias…
Entre uma taça de vinho, queijos e uma massinha fresca, costuramos um roteiro passando por centros históricos, construções medievais, museus e toda aquela arquitetura que a gente só vê na Europa. Vamos? Ou como diriam os italianos: andiamo via!
O que fazer em Bolonha
No centro histórico, é fácil queimar as calorias dos exageros cometidos no Eataly subindo os 500 degraus que levam ao mirante da Torre degli Asinelli, com quase cem metros de altura.
Do século 12, a construção é ponto de referência no centro histórico de Bolonha junto à Torre Garisenda, sua irmã menorzinha e inclinada, tortinha mesmo, como a da cidade de Pisa. Juntas formam a atração Le Due Torri, bravas sobreviventes de um período em que a cidade somava mais de cem gigantes como estas.
Ali na Asinelli, dezenas de turistas sobem diariamente a escadaria para poder observar Bolonha do alto. Vale ir no final da tarde, quando os últimos raios de sol banham as construções em tons de ocre que pintam a cidade italiana, que em outros tempos era chamada de A Vermelha por conta das nuances amarronzadas dos edifícios medievais. Muitos deles hoje funcionam como lojas, mercadinhos, bares e até hotéis.
A visita à Piazza Maggiore vem logo na sequência. É ali que está a Basílica de São Petrônio, de fachada predominantemente gótica, construída em mármore e tijolos vermelhos. Com capacidade para abrigar mais de 28 mil pessoas, está entre os maiores templos católicos do mundo e guarda obras de artistas italianos importantes na região, como Francesco Francia e Lorenzo Costa.
De quebra, a construção ainda está pertinho de outro símbolo de Bolonha, a Fonte de Netuno, na praça vizinha. A estátua de bronze do rei dos mares tem três metros de altura e é tão impactante que é chamada de O Gigante pelos bolonheses.
Ela fica bem no centro da Piazza del Nettuno, em frente à entrada do Palazzo Re Enzo, construção do século 13 que hoje recebe mais de cem eventos por ano, entre convenções e iniciativas culturais.
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O que fazer em Parma
Cerca de uma hora por uma estrada cênica, boa e sem muito trânsito leva de Bolonha até Parma. Ali, encanta à primeira vista a tríplice de construções da Piazza Duomo. Lado a lado, estão a catedral do século 11, sua torre e o batistério.
Não dá para ficar indiferente, afinal são mais de 900 anos de história celebrados na estrutura do templo católico com fachada em estilo românico e interior repleto de afrescos do italiano Correggio.
Já o batistério tem um quê inusitado pela forma hexagonal e fachada com mármore rosado, mostrando a transição do estilo românico aos primórdios do gótico.
Piazza Giuseppe Garibaldi
Como Parma é pequena e a vida turística concentra-se no centro histórico, dá para seguir o passeio. Para fazer um giro completinho pela área, primeiramente, inclua uma passagem pela Piazza Giuseppe Garibaldi.
Pelo nome, é óbvio que o local conta com uma estátua em homenagem ao guerrilheiro que fez fama nas Américas. Como pano de fundo, está ainda o Palazzo del Governatore, que tem um relógio astronômico.
Mas a menina dos olhos de Parma é outro palácio, o Palazzo della Pilotta que está a dez minutinhos de caminhada. Ele é, na verdade, um complexo de prédios que começou a ser construído lá nos 1580 e já foi restaurado algumas vezes por conta de ataques durante a guerra.
Hoje vive tempos de paz como espaço cultural e compreende do Museu Arqueológico à Galeria Nacional, com obras de Da Vinci e outros gigantes da pintura italiana. Por lá também vale visitar o Teatro Farnese, todinho em madeira.
Veja onde comer em Parma
O que fazer em Modena
Se você está pela região da Emilia-Romagna, é quase uma heresia não reservar pelo menos um dia para conhecer a modesta Modena.
Os motivos são certeiros, então a primeira parada da agenda é conhecer a Torre Cívica, também chamada de Torre Ghirlandina, que é vista praticamente de toda a cidade com seus quase 87 metros de altura.
Ela é a torre da catedral do século 12, que, junto a construções centenárias como o palácio, renderam selo Unesco de aprovação como Patrimônio Histórico para a área.
Entretanto, história também se faz com pessoas, e são nomes como Italo Pedroni, da Osteria di Rubbiara e Acetaia Pedroni, que ajudam a manter vivas tradições centenárias.
Ele está à frente do endereço familiar de 1862, nos arredores de Modena, que resistiu até mesmo às guerras produzindo o Aceto Balsamico Tradizionale di Modena (o vinagre balsâmico, um dos produtos mais prestigiados da Itália).
O local é aberto para visitantes e tem um restaurante dedicado à harmonização de massas, carnes e até doces com o produto carro-chefe.
Com o mesmo perfil de pessoas comuns que criam tradições, a Cantina Gavioli começou a fazer seu nome com o fundador Pietro Gavioli na produção do vinho frisante Lambrusco lá em 1794.
Confira o roteiro completo aqui!
Onde se hospedar em Emilia-Romagna?
Bolonha
Grand Hotel Majestic Gia’ Baglioni
Cinco estrelas com 109 acomodações em um prédio histórico, a cinco minutos a pé da Piazza Maggiore.
Parma
Grand Hotel De La Ville
Contemporâneo, fica a dez minutos a pé da Piazza Giuseppe Garibaldi.
Modena
Hotel Milano Palace
São apenas 55 acomodações em uma propriedade centenária, próxima ao centro.
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