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Nápoles, Capri e Sicília: roteiro pelo Sul da Itália

Em um Roteiro pelo Sul da Itália, desconfie se alguém disser que você vai adorar Nápoles de cara. Geralmente não é assim que acontece.

Afinal, ela é famosa por ser caótica, poluída e cheia de trânsito, especialmente no centro. Mas isso significa que você não vai gostar? Provavelmente quer dizer o contrário.

Intensa, é das cidades mais autênticas da Europa e difícil de comparar. Portanto, Nápoles é lugar vivo onde as pessoas estão nas ruas, conversando, divertindo-se e vivendo a vida.

Sul da Itália: Roteiro em Nápoles

Paisagem noturna de Nápoles
Nápoles (foto: shutterstock)

Nápoles é uma cidade que mantém, sem esforço, todos os seus sentidos ocupados. As cores ao entardecer, a vida de contemplação no cais do porto e o cheiro de pizza onipresente o dia todo.

No centro, ruas estreitas e prédios com roupas secando nas janelas chegam por vezes a cobrir o horizonte, mas algumas praças, como a Luigi Miraglia e a San Domenico Maggiore ajudam a respirar.

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Além disso, ela é também base para memoráveis passeios de um dia. Conhecer de perto o vulcão Vesúvio é quase tão fascinante quanto ir a Pompeia e Herculano ver com os próprios olhos o estrago de sua mais famosa erupção, no século 1º.

Aliás, também dá para fazer um bate-volta até a ilha de Capri ou então dormir lá. Afinal, todos esses são passeios mais do que recomendados, mas permita-se ficar em Nápoles por tempo suficiente para sentir a cidade.

À moda napolitana

O tempo passa, mas Nápoles parece não envelhecer. Sua longa história, que remonta aos gregos no século 8º a.C., inclui ainda o domínio bizantino, francês, espanhol e austríaco, sendo que cada um deixou sua marca.

Assim, a cidade se orgulha do Museu Arqueológico Nacional, um dos mais completos em todo o mundo.

Monastério de Santa Chiara
Monastério de Santa Chiara (foto: shutterstock)

No bairro de Spaccanapoli a catedral começou a ser erguida em 1272, mas foi praticamente destruída por um terremoto em 1456. Depois disso foi reerguida e tornou-se um complexo religioso, com a adição da Cappella di San Gennaro. As catacumbas de San Gennaro são uma das atrações mais visitadas da cidade.

Já a Certosa di San Martino, monastério inaugurado em 1325, ostenta uma vasta coleção de arte sacra para além da beleza do prédio em si. O claustro principal, bem como a coleção de presépios feitos por artesãos locais, são um espetáculo.

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Já o Monastério de Santa Chiara parece mais um parque num resort à beira-mar do que um retiro de freiras.

Aliás, não dá para não reparar no monumental edifício do lado Leste da Piazza del Plebiscito. O antigo Palazzo Reale, do século 17, é um dos quatro palácios usados ​​como residências pelos reis Bourbon.

Costuma não estar muito cheio e você pode combinar a visita com o Teatro San Carlo, anexo, um dos maiores da Europa.

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Sul da Itália: mais sobre Nápoles

A poucos passos dali, as cinco torres do Castel Nuovo chamam a atenção de quem passa pela Via Vittorio Emanuele III. Era a residência dos reis e vice-reis de Nápoles. A sala de armas, o pátio sul, a Sala Carlos V e a Sala della Loggia são geralmente abertos ao público.

Castel Nuovo
Castel Nuovo (foto: shutterstock)

Mais distante do centro e no meio de um belíssimo parque, o Palazzo Reale di Capodimonte nasceu como refúgio de caça para o Rei Carlos III.

Depois foi expandido para virar residência real e abrigar uma coleção de arte herdada por ele. Assim, formou a base para a Galleria Nazionale, uma das melhores coleções de arte da Itália.

No coração da cidade, descendo pela Via Duomo até a esquina com a Piazza San Gaetano, fica um insuspeito portal que parece levar a outra dimensão.

Nada de misticismo, estamos falando de passado mesmo – a 40 metros de profundidade. Com mais de cinco mil anos de história, a complexa rede de corredores, galerias, um aqueduto e até mesmo um teatro fazem da Napoli Sotterranea uma das atrações mais incríveis da cidade.

Palazzo Reale di Capodimonte
Palazzo Reale di Capodimonte (foto: shutterstock)

Por outro lado, dois outros endereços são mais do que recomendados para aproveitar ao ar livre e sentir o verdadeiro astral napolitano.

O primeiro deles é o porto, de onde saem os barcos para Capri, Ischia e Ilhas Eólias. O outro é Santa Lucia, um dos bairros onde isso fica ainda mais latente, nas encostas de Pizzofalcone.

Hotéis em Nápoles


Hotel Naples 
Numa das ruas mais centrais de Nápoles, Corso Umberto I, é um quatro estrelas justo que entrega mais do que a ótima localização. O estilo sóbrio porém moderno da decoração combina com o prédio de mais de 100 anos. Reserve aqui.

Hotel Bella Napoli
Localizado a menos de 500 metros da Estação Central, a partir da qual você pode pegar o trem Circumvesuviana ao longo da Costa Amalfitana para Pompeia e Sorrento. O hotel aceita pets, tem quartos para famílias e oferece wi-fi gratuito. Reserve aqui.

UNAHOTELS Napoli
Está a apenas 5 minutos a pé da Estação Central de Nápoles e oferece amplos quartos com ar-condicionado, frigobar e menu de travesseiros. O wi-fi é gratuito e o restaurante do hotel o restaurante oferece especialidades napolitanas e mediterrâneas. Reserve aqui.

A partir de Nápoles: Pompeia

Seguindo o roteiro pelo Sul da Itália, a 25 quilômetros de Nápoles, Pompeia é um dos lugares mais impressionantes não só da Itália como da Terra. Porque cristaliza diante dos olhos o poder da natureza e como dela dependemos e somos reféns.

Ruínas de Pompeia e Monte Vesúvio ao fundo
Ruínas de Pompeia e Monte Vesúvio ao fundo (foto: shutterstock)

Uma vez lá, você não demora a entender os porquês de tanta comoção. A cidade sofreu com o vulcão Vesúvio e, cerca de dois mil anos depois, ao escavar as cinzas, arqueólogos encontraram vestígios muito bem preservados.

Dentro do parque e com entrada incluída no ingresso, fica o Museu Vesuviano, onde há ótimas explicações e objetos da vida cotidiana.

A principal entrada das ruínas é pela Porta Marina, uma das oito da cidade murada e repleta de torres.

Você logo passa pelo Templo de Vênus, à época um dos mais ornados e um dos primeiros a serem saqueados. Seguindo pela Via Marina surge o mais antigo dos edifícios religiosos de Pompeia, o Templo de Apolo, e logo adentra o Fórum, coração da rotina local.’

Pelas mansões de Pompeia

Além disso, as mansões de Pompeia permitem ter uma ideia de como era a vida doméstica na época. Entre as mais icônicas, estão a Casa do Fauno, a Casa dos Vettii e a Vila dos Mistérios, que tem 90 quartos e preserva vestígios de uma produção de vinho.

No Lupanar, certamente haverá fila para entrar: o principal prostíbulo da cidade ainda tem quartinhos com camas talhadas em pedra e afrescos muito sugestivos nas paredes.

Ruas e casas de Pompeia
Ruas e casas de Pompeia (foto: shutterstock)

Ao passar pelo Fórum Triangular, você alcançará os teatros Pequeno e Grande, assim como a caserna dos gladiadores. A poucos passos dali surge o Anfiteatro, o mais antigo construído pelos romanos de que se tem notícia. Certamente mágico.

Hotéis em Pompeia 

Hotel Forum
A diária do quarto inclui estacionamento 24 horas e café da manhã. A localização é um dos pontos fortes, já que o hotel está situado em frente à entrada das escavações de Pompeia, a apenas 5 minutos a pé da praça principal. Wi-fi gratuito está disponível em todas as áreas da propriedade. Reserve aqui.

Resort Bosco De Medici 
Distante apenas 700 metros das Ruínas de Pompeia, dispõe de restaurante vinícola e uma piscina com vista panorâmica do Monte Vesúvio. É possível agendar passeios de degustação de vinhos e as suítes possuem banheira de hidromassagem com opções de cromoterapia. Reserve aqui.

Terra Mia
Situado a 1,5 km das Ruínas de Pompeia e a 2,5 km do Fórum, os quartos dispõem de cozinha totalmente equipada com lava-louças, além de TV de tela plana com canais via satélite. Os hóspedes podem andar de bike nas proximidades. Reserve aqui.

Sul da Itália: Herculano e Vesúvio

Contudo, se seu interesse em arqueologia não se saciar com Pompeia, considere visitar Herculano. Também no trajeto da ferrovia Circumvesuviana, mas muito menos famosa do que a vizinha, Herculano era uma vila de pescadores com 4 mil habitantes.

Mas diferentemente de Pompeia, aqui foi uma lama vulcânica que cobriu a cidade, que só foi descoberta por escavadores amadores em 1709. Muita coisa foi preservada e belos mosaicos, banhos públicos e pórticos podem ser visitados.

Vista aérea do Monte Vesúvio
Vista aérea do Monte Vesúvio (foto: shutterstock)

Por fim, quem resolver visitar o vulcão provocador de tudo isso encontrará no Monte Vesúvio um baita destino de bate-volta a partir de Nápoles. Várias agências oferecem tours combinando visitas a Pompeia com uma esticada até a cratera do vulcão.

Pelo caminho, algumas pequeninas chaminés exalam um desagradável odor de enxofre, comprovando que se trata de um vulcão ainda ativo. Lá do alto, a mais bela vista de Nápoles e Capri anula qualquer desconforto.

Sul da Itália: rumo a Capri

Com vários horários ao dia, os barcos rápidos e as balsas rumo a Capri saem dos portos de Beverello ou Calata Porta di Massa, em Nápoles (entre € 14 e € 25 o trecho). O tempo de viagem varia entre 50 minutos e uma hora e meia.

De Sorrento, o ponto de partida é a Marina Piccola e o trajeto dura até meia hora (entre € 17 e € 21 o trecho). Vale lembrar que a frequência dos barcos muda conforme a época do ano. O funicular para subir da marina de Capri até o centrinho custa € 2, assim como o ônibus até Anacapri. Veja mais detalhes aqui.

Aliás, a pé leva cerca de 20 minutos por ruelas-escadarias que serpenteiam entre casas morro acima. Quem, no entanto, quiser aproveitar a praia, nem precisa subir: a enseada principal fica ao lado da Marina Grande e é famosa por seus beach clubs.

Turistas nadam em praia de Capri com os faragliones ao fundo
Turistas nadam em praia de Capri com os Faraglioni ao fundo (foto: shutterstock)

Como chegar perto dos Faraglioni

Um bom jeito de chegar perto dos Faraglioni e ainda cobrir os outros destaques é o passeio de barco ao redor de Capri. Há várias empresas que oferecem o serviço na própria marina, logo na saída da balsa que vem do continente.

A volta pela ilha dura cerca de duas horas, passando pelo Arco Natural (outra formação rochosa icônica) e pelas grutas Verde, Bianca e Azzurra – esta última é a mais famosa.

Piazza Umberto I
Piazza Umberto I (foto: shutterstock)

Agora, quem sobe até o centrinho de Capri desemboca na Piazza Umberto I, mais conhecida como Piazzeta, rodeada de cafés e restaurantes. A Via Camerelle é a que coleciona vitrines grifadas. 

Pela Via Dalmazio Birago se chega até Certosa di San Giacomo, monastério do século 14 com uma capela. A partir dali, a Via Krupp é um caminho cheio de curvas que desce as encostas até a Marina Piccola.

Conhecendo mais de Capri

No outro extremo da ilha fica a cidade de Anacapri, calminha e – boa notícia! – com preços menores. Ela pode ser alcançada de ônibus ou barco desde Capri, ou a pé por quem tiver disposição.

O destaque aqui é a Villa San Michele, erguida sobre as ruínas de uma antiga vila romana. Logo ao norte da Piazza Vittoria, o complexo abriga esculturas romanas de dois mil anos, além de render vistas impressionantes de Capri.

Hotel em Capri:

Hotel La Minerva
Linda localização, com uma superpiscina voltada para o mar. Os 19 apartamentos com terraços privativos se espalham em seis níveis pela encosta. Reserve aqui.

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