Alguns dos principais edifícios de Buenos Aires estão ao redor da Plaza de Mayo, área central da cidade nomeada em homenagem à Revolução de 25 de Maio de 1810. Foi esse evento o responsável pelo pontapé inicial para a independência da Argentina.
Ali, destaca-se a fachada da icônica Casa Rosada, sede do governo argentino que salta aos olhos com sua tonalidade peculiar.
Foi de suas sacadas que a ex-primeira-dama Evita Perón fez grande parte dos seus discursos inflamados que conquistaram o país.
Mas não fique só com aquela foto em frente ao prédio, pois o interior é tão atrativo quanto. Aos sábados, domingos e feriados, há visitas guiadas gratuitas pela construção. Ou seja, há muito mais para descobrir na Casa Rosada além de sua fachada.
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Dessa forma, o tour passa por cômodos como o Salón Blanco, com decoração em mármore, bronze, belos lustres e elementos refinados. Assim como o pátio de traços coloniais com jardim, outro destaque do lugar.
A visita dura cerca de 30 minutos e pode ser agendada, com até 15 dias de antecedência a data desejada, pelo site oficial.
O formulário de agendamento pede data, quantidade de visitantes e horário. Existem alternativas das 10h às 18 horas, a cada 15 minutos. A maior parte dos tours é em espanhol, porém, há opções com explicações em inglês ou português (sinalizadas no site).
Antes de tudo, é necessário agendar o tour guiado pela Casa Rosada com pelo menos 15 dias de antecedência.
A história da Casa Rosada
A Casa Rosada ocupa o espaço onde antes ficava a Fortaleza Real de San Juan Baltasar de Austria. Erguida pelo explorador espanhol Don Juan de Garay, após a fundação de Buenos Aires, em 1580, é um dos grandes simbolos da capital.
Posteriormente, em 1595, o governador Fernando de Zárate –que sucedeu Garay– ordenou a construção de um fosso, ponte levadiça e muralhas ao redor do castelo.
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No entanto, com a Independência da Argentina, em 1818, a fortaleza perdeu sua finalidade. Na metade do século 19 foi erguida a Aduana Taylor, o primeiro edifício público de Buenos Aires.
Após um período de abandono, o prédio recuperou protagonismo como sede do governo a partir de 1862. Bartolomé Mitre se instalou ali com seus ministros e revitalizou a antiga residência oficial do forte.
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Origem da cor rosa
Por outro lado, seu sucessor, Domingo Faustino Sarmiento, decidiu embelezar a sede do Poder Executivo Nacional. Assim, ele acrescentou jardins e pintou de rosa, que com o tempo passou a ser chamada de Casa Rosada.
Existem várias histórias sobre a origem da cor da fachada. Porém, a mais plausível, é que o tom foi o resultado da mistura de cal com sangue de boi –muito usado na época para acabamentos externos.
Contudo, durante a presidência de Sarmiento foi projetado o primeiro Palácio dos Correios, no espaço sul do terreno que ficou livre pela demolição do forte, finalizado em 1878 e inaugurado pelo presidente Nicolás Avellaneda no ano seguinte.
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O Palácio dos Correios ocupava grande parte da sede do governo, motivo pelo qual o presidente Julio Argentino Roca solicitou em 1882 um projeto de ampliação.
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O edifício atual é o resultado da fusão de duas construções anteriores: o Palácio dos Correios, na esquina das ruas (calles) Hipólito Yrigoyen e Balcarce e a sede presidencial.
Assim, para unir os dois edifícios, o arquiteto italiano Francisco Tamburini, responsável pelo projeto do Teatro Colón, fez um grande arco central na entrada de rua Balcarce.
A reforma, no entanto, eliminou os vestígios do antigo forte, preservando alguns muros e uma fenda que pode ser vista no atual Museu do Bicentenário. Outra atração que vale muito a pena visitar juntamente com o tour pela Casa Rosada!
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