fbpx

25 atrações fora do básico em Lisboa

Lisboa entrou numa maré repleta de novidades. Seus bairros clássicos ganharam espaços culturais, hotéis-butique, restaurantes deliciosos… Tá muito bom!

Lisboa, Portugal. (Foto: shutterstock)

Novos ventos movem Lisboa; não mais aqueles que uma vez empurraram as naus rumo ao desconhecido. A capital portuguesa mostra agora uma bem-vinda mudança de atitude.

E o novo, aqui, não vem de iniciativas estrangeiras, como ocorre na “hipsterização” de outras capitais pelo globo: é dominado por projetos nacionais independentes e até familiares que sempre fizeram parte de Lisboa, mas que agora apostam na reinvenção – sem perder o charme. Veja, a seguir, 25 programas para se inteirar dessa nova Lisboa.

Mas antes de apresentarmos as atrações, a nossa dica fica para um aluguel de carro. Com o automóvel, você vai conseguir se deslocar melhor entre um ponto e outro, sem muito sufoco.

Passear

1. Avenida Ribeira das Naus

Merece aplausos a iniciativa de requalificar a área de 52 mil m² que liga a Praça do Comércio ao Cais do Sodré. Agora, o calçadão largo com partes jardinadas à beira do Rio Tejo recebe o pessoal andando de bicicleta, fazendo exercício, caminhando para o trabalho e até tomando sol de biquíni (!) no verão, com bons espaços para observar o pôr do sol. Note o carrinho da Pitcher Cocktails, instalado ali, que serve limonada, mojito e caipirinha em potes de vidro.

LEIA TAMBÉM: Lisboa e suas áreas boêmias: Bairro Alto e Cais do Sodré

Pitcher Cocktails / foto: divulgação

2. Lisbon Street Art Tour

Eis que Lisboa acompanhou a tendência mundial de grafitar os espaços urbanos. O passeio, lançado em 2014, sai da Praça Luís de Camões (é só aparecer) e conduz para uma caminhada de duas horas e meia pelos murais e intervenções de street art da cidade – o roteiro é renovado conforme novas obras vão surgindo.

Irônico que muitas estão nos arredores da Avenida Liberdade, uma das mais sofisticadas da cidade, como o sensacional mural dos brasileiros Os Gêmeos na Avenida Fontes Pereira de Melo.

3. Miradouro Amoreiras

Mais um mirante para a coleção de Lisboa. Aberto neste ano, fica no 18º andar das Torres das Amoreiras e permite vista panorâmica completa de 360 graus da cidade através de suas paredes de vidro, com o Tejo ao fundo, os telhados vermelhos, os monumentos e as torres das igrejas. Difícil alcançar essa amplidão de outros pontos. A entrada é pelo Amoreiras Shopping.

4. Museu do Dinheiro

Aberto em abril, deu nova roupagem à Igreja de São Julião, do século 17. Ali estão expostas, de modo interativo, moedas do mundo todo, incluindo algumas feitas com ouro trazido do Brasil, e painéis e plataformas que exploram a relação do homem com o dinheiro no decorrer da história.

Museu do Dinheiro. (Foto: shutterstock)

Comer

5. Tabik Restaurante

No belo edifício do Bessa Hotel, mas com entrada e gestão independente, o restaurante tem ambiente interessante, que mistura móveis e lâmpadas arrojados com representações de pinturas de Caravaggio e Velázquez.

O menu explora as criações do jovem chef Manuel Lino, que passou por casas estreladas na Espanha e voltou para focar em ingredientes portugueses em sua empreitada própria. Há opções à la carte (como o polvo grelhado com purê de cebola e rösti de batata) e degustação.

6. Wine Not

Em uma parceria com a produtora Casa Ermelinda Freitas, o novo espaço do Chiado é misto de loja de vinhos e bar. Cada petisco servido é pensado junto à harmonização: para os croquetes com mostarda dijon sugerem o Sauvignon Blanc, para as trufas de alheira com ovos de cordorna, o Pinot Noir.

7. Bastardo

Vários motivos para chegar junto no restaurante do Internacional Design Hotel: primeiro, o salão gracinha, com cadeiras de materiais e cores diferentes dispostas sobre tapetes e lustres de estilos distintos, mas que se complementam lindamente. Depois, o menu, igualmente lúdico, a exemplo do gin candy, drinque feito com gim e algodão-doce, e criativo: a feijoada de púcara (feita na panela de barro) é uma fusão do nosso prato com o frango na púcara “portuga”.

Restaurante Bastardo/foto: divulgação

8. Cevicheria

No Príncipe Real, zona descolada contígua ao Bairro Alto, tem chão de azulejos no salão e um enorme polvo pendurado sobre a cabeça dos convivas. O menu do chef Kiko Martins mescla elementos da cozinha peruana com a asiática e faz algumas incursões lusas, vide o ceviche de bacalhau com vinagre de alecrim, servido com purê de grão-de-bico, azeitonas e broa de milho com chouriço. Entre os pratos quentes, a pedida são os “quinotos”, risotos feitos com quinoa.

Cevicheria / foto: divulgação

9. Nanarella

Dedicada a produzir “gelados” artesanais com ingredientes sazonais e naturais, a sorveteria em São Bento usa técnicas italianas que o casal Filippo Licitra e Constanza Ventura trouxe de sua terra natal.

Num balcão que deixa ver a confecção dos sorvetes, são servidos sabores como melão, maçã e canela, cheesecake e Oreo, com creme de leite batido. Os bancos próximos da Praça das Flores e do Jardim da Assembleia acolhem os clientes e compensam a falta de mesas.

10. A Fabulosa

O café capricha na ambientação hipster minimalista, com paredes brancas e fotos antigas de funcionários do mês. O balcão vistoso exibe bolos e croissants, mas a especialidade da casa são os croquetes graúdos, servidos individualmente em sabores como carne, frango e camarão (que dá para comprar e levar para comer no hotel).

Destaque também para as “fabulosas”, sanduíches em brioches ou ciabatta: o de rosbife vem com espinafre e cebola caramelizada. Aos sábados, tem brunch.

11. Mercado da Ribeira

Todo o alarde ao redor do mercadão gerido pela revista Time Out é justificável. Isso porque seus 30 quiosques dão a oportunidade de provar, em versões menores e mais baratas, preparações dos maiores chefs do país, como Alexandre Silva, Henrique Sá Pessoa e Miguel Laffan, e ainda providenciam sushi (no Confraria), hambúrgueres (no Honorato), embutidos (na Manteigaria Silva), bolos de ovos de chorar (no Nós é Mais Bolos).

Mercado da Ribeira / foto: shutterstock

Comprar

12. A Vida Portuguesa

É uma loja portuguesa, com certeza: em lindas embalagens “retrô”, são vendidos desde chás, farinha, chocolate, conservas e granola até sabonetes, cadernos, roupas, artigos de decoração e utensílios de cozinha, todos de legítima fabricação no país – talvez você encontre algo que já tenha visto na casa da sua avó.

A primeira unidade fica no Chiado, em uma antiga fábrica de perfumes, e a segunda no Largo do Intendente, maior e mais charmosa, graças ao espaço de 500 m² que também vende móveis.

13. Embaixada e Entretanto

Os dois espaços próximos a Príncipe Real usam o mesmo conceito: reocupam dois palacetes do século 19 com lojas de design. As antigas salas foram tomadas por bolsas, joias, sapatos, roupas, objetos de decoração, cosméticos e acessórios. A Embaixada também tem galeria de arte, bar e restaurante com varanda externa.

A Vida Portuguesa / foto: divulgação

Badalar

14. Damas

Podia estar na Rua Augusta, em São Paulo, mas a fachada forrada de azulejos denuncia: estamos no bairro da Graça, em Lisboa, colado em Alfama. Pensado pelas amigas Clara Metais e Alexandra Vidal, o lugar reviveu uma antiga panificadora fechada há dez anos.

Aberto a partir das 13h, ele serve tanto para o almoço quanto para uma noite no boteco com petiscos (como moela e espiga de milho na manteiga) e casa de shows, com apresentações de bandas e DJs. Muito “giro” (bacana), como diriam por lá.

15. Rua Cor-de-Rosa

A Rua Nova do Carvalho, primeira marca da revitalização na região do Cais do Sodré, já foi uma viela suja à beira-rio, habitada por prostitutas e marinheiros. Em 2013, foi fechada ao trânsito, teve seu pavimento reformado e pintado de rosa, e suas paredes grafitadas.

Agora, em sua extensão festiva, distribuem-se mesas ao ar livre em frente a lugarezinhos como o Povo, um restaurante para ouvir fado intimista e não turístico; o bar Sol e Pesca, com suas latas de conserva usadas na decoração; o Bar da Velha Senhora, com espetáculos burlescos; e a música eclética da balada Music Box.

Rua Cor-de-Rosa / foto: lisbonlux

16. Ático

É só a temperatura esquentar que reabrem as dezenas de bares rooftop, a maioria nos terraços dos hotéis de Lisboa. O Ático, no topo do NH Lisboa Liberdade, tem vista sensacional, cadeiras com guarda-sóis e uma piscina (que clientes do bar também podem usar).

Os drinques criativos, pensados pelo barman Diego Cabrera, embalam festas com DJs ao pôr do sol e acompanham tapas e petiscos do menu.
»Avenida da Liberdade, 180 B, nh-hoteles.pt, diariamente, das 11h à 1h

Ático / foto: lifecooler

Tudo Isso Junto

17. Bairro de Marvila

Polos criativos rumam para o leste da cidade (para os lados do famoso Oceanário de Lisboa), a exemplo do bairro de Marvila, onde antigos armazéns estão virando bares, restaurantes e galerias de arte.

Comece com o “pequeno almoço” no Café com Calma, um espaço florido com paredes de azulejos brancos e menu com croissants, bolos, tortas, sopas e sucos naturais. Siga com um tour pela Fábrica de Armas Braço de Prata, que antigamente servia à indústria bélica, mas hoje é ocupada por livrarias, restaurantes, exposições de arte e uma animada programação de saraus e shows – toda quinta, às 22h30, há apresentação de jazz.

Continue para ver a Underdogs, dedicada à arte urbana, e em seguida as galerias Murias Centeno e Ár Sólido, de arte contemporânea. Passe no Tap Room da Dois Corvos para provar as cervejas artesanais feitas ali e escolha entre jantar no restaurante Entra, da cozinha de autoria do chef Pedro Marques, e o Dinastia Tang, com comida chinesa e uma bela ambientação oriental.

18. Palácio Quintela no Chiado

Mais recente palácio que ganhou banho de loja no interior, suas salas do século 18, com pinturas elaboradas nas paredes, vitrais e afrescos no teto, foram reabertas este ano com sete restaurantes (sushi, frutos do mar, hambúrgueres e embutidos), um bar com cervejas, vinhos, drinques e programação cultural de shows, DJs e mostras de arte.

Palácio Quintela No Chiado / foto: lisbonlux

19. LX Factory

Uma fileira de armazéns do século 19, até há pouco esquecidos, foi transformada em uma ilha de criatividade, cuja oferta de lojas, restaurantes e bares se expande a cada ano. Hoje, além das pioneiras livrarias Ler Devagar e a Landeau, que clama vender o melhor chocolate da cidade, temos também a creperia Chef Nino, a loja de vinhos More Than Wine e o belo restaurante Rio Maravilha.

Este último, instalado na antiga sala de convívio dos que trabalhavam ali – a decoração ainda mantém a vibe industrial –, serve um mix de receitas brazucas com portuguesas do chef Diogo Noronha, e tem vista para o rio e a Ponte 25 de Abril. Em tempo: é uma boa para visitar no caminho de volta de Belém.

20. Casa Independente

Outro antigo palacete lindamente reformulado, mantendo um mobiliário de época. Apareça para uma refeição na Tasca Tropical, que serve petiscos e comida “portuga” caseira (com massas frescas e receitas de bacalhau) num aprazível pátio externo com jardim. Ou vá de café/coquetel no Salão Tigre ou, ainda, escolha alguns dos shows, DJs e sessões de poesia.

Dormir

21. Pousada de Lisboa

Que tal se hospedar em plena Praça do Comércio? Num edifício do século 17 amarelo-ouro, o hotel tem acomodações elegantes e vistas imbatíveis para o Tejo. As áreas comuns contam com spa, piscina e um restaurante de comida regional instalado sob os arcos da construção.

22. Santiago de Alfama

O mais recente cinco estrelas da cidade tem toda a bossa de ficar em um palácio do século 15 em Alfama, numa rua de paralelepípedos. O hotel dispõe de 19 quartos com decoração minimalista e áreas comuns com uma bela coleção de arte. O restaurante Fábrica das Camisas tem deixado uma legião de fãs.

23. Independente Hostel & Suítes

São dois casarões bem diante do Miradouro São Pedro de Alcântara. Um é hostel, com beliches de madeira rústica combinadas com o resto do mobiliário vintage. No outro, são suítes, cada uma decorada de modo distinto.

Há três restaurantes “bombados” ali: o Trincas, de comida portuguesa, o Insólito, num terraço ao ar livre, e o Decadente, com drinques criativos.

24. Memmo Alfama

O rooftop do hotel, com bar de vinhos e piscina vermelha de borda infinita com vista para o Tejo, podia ser um cartão-postal de Alfama. Os quartos têm decoração contemporânea em tons de bege e branco.

Memmo Alfama/foto: divulgação

25. LX Boutique Hotel

Em meio à badalação da Rua do Alecrim, o hotel tem cinco andares temáticos: no dedicado a Fernando Pessoa há livros do autor, no de Fado tem papel de parede com guitarrinhas portuguesas. O restaurante serve um dos melhores sushis da cidade.

Lx Boutique Hotel/foto: divulgação

LEIA TAMBÉM:

7 dicas para fazer compras em Lisboa

Lisboa e suas áreas boêmias: Bairro Alto e Cais do Sodré

8 coisas para fazer nos bairros de Belém e Alcântara, em Lisboa

Alfama: o que fazer no bairro mais português de Lisboa   

Lisboa: o que fazer no Chiado, bairro cultural da cidade