Na mesma rua da Ópera Garnier e da Galeria Lafayette, Sofitel Le Scribe une história e elegância em um dos pontos mais desejados da capital francesa
Uma caminhada curta de pouco mais de 300 metros me colocou em frente à dourada Ópera Garnier. Andando mais alguns metros, cheguei às portas da Galeries Lafayette e só precisei de 17 minutos para adentrar o Museu do Louvre, em um trajeto feito pela notória Avenue de l’Opéra.
No quesito localização, o Hotel Sofitel Le Scribe Paris Opéra supera as expectativas.
Porém, sua boa localização não é suficiente para descrevê-lo. Ícone da cidade desde os anos de 1860, quando ainda era o Grand Hôtel de Paris, essa discreta propriedade histórica era uma espécie de refúgio para artistas da época.
Serviu de residência para figuras lendárias nos tempos da Belle Époque, como o escritor francês Marcelo Proust e a artista Josephine Baker – se o nome não lhe soa familiar, Baker foi um ícone cultural dos anos de 1920, atuou como espiã durante a Segunda Guerra Mundial e depois foi ativista pelos diretos civis da população negra.
Dito tudo isso, corta para 1984. O hotel foi adquirido pela rede Sofitel, que investiu na modernidade de suas instalações, sem abrir mão de sua bagagem histórica. Totalmente remodelado em 2020, preservou sua elegante e simétrica fachada, herança do estilo haussmanniano – o barão Haussmann é a pessoa por trás da reforma urbana de Paris no século 19.
Giro pelo interior do Sofitel Le Scribe
Depois das portas de vidros automáticas, o interior do hotel revela a combinação do clássico com o contemporâneo. O lobby não é grande, mas adornado por lustres de cristal e piso de mármore. Ali está o restaurante Rivages, com seu jardim de inverno central e cardápio mediterrâneo inspirado nos sabores e no frescor da Riviera Francesa.
Outro clássico é o Le Café Scribe, aberto onde já funcionou uma antiga boutique Louis Vuitton – acreditem, a primeira da cidade. Ali, coffee lovers se derretem pelos cafés grifados e chás da marca francesa Betjeman & Barton.
Ainda há o bar do Le Scribe, que, assim como o resto do hotel, tem sua parcela de história e clientes célebres como Ernest Hemingway e Marlene Dietrich.
O café da manhã fica reservado para outro salão, com uma mesa de madeira central recheada de mini croissants, potinhos de geleias, cestas com diversos tipos de pães, tábuas de queijos e embutidos, parfait de frutas, cereais, frutos secos e outras delícias que compõem um belo desjejum à moda de Paris.
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História e conforto
Com pouco mais de 200 acomodações, o hotel reserva em sua categoria de entrada quartos de 20 m², com cama queen size e vista para o pátio. Boas doses de conforto estão reservadas para as suítes, que representam cerca de 20% das acomodações.
O destaque fica para a Junior Suite, com cama king, sofá-cama e vista para a Rue Scribe. A Honeymoon Suite tem uma banheira no meio do quarto, enquanto as suítes duplex contam com janelas de seis metros de altura.
Orçamentos bem rechonchudos encontram vez na pomposa suíte Terrace, no último andar, que se abre para um pátio interno.
Na companhia de duas crianças, fiquei em uma confortável Junior Suite conjugada, com vista para a rua, closet maior que o armário da minha casa, carpete fofinho daqueles em que seu pé afunda, banheiro com bancadas de mármores, pias duplas, banheira e produtos Hermés.
Adorei o detalhe de decoração do quarto, com uma falsa lareira encravada na parede, usada não para lenha, mas para apoiar livros e flores, um toque a mais de aconchego a essa experiência histórica, sofisticada e repleta de sabor.
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