Esticada indispensável para quem está em Belém do Pará, a Ilha de Marajó é uma bela e impactante introdução à Selva Amazônica.
A Ilha de Marajó é pedaço de Brasil ainda pouco conhecido, encravado na mais densa floresta tropical do mundo, com o plus de ter sua paisagem pontilhada de mangues.
Maior arquipélago flúvio-marítimo do planeta, banhado pelo Oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Tocantins, a ilha é maior que países como a Bélgica e possui o mais vasto rebanho de búfalos do Brasil.
Entretanto, a dica para quem vai passar dois dias ali é concentrar a viagem em Soure, ou seja, a principal cidade da ilha (ao todo são 12).
Como chegar a Ilha do Marajó
Para chegar em Source ou Salvaterra, a partir de Belém, os viajantes contam com os catamarãs de alta velocidade da Empresa Master Motors.
Eles partem ao lado da Estação das Docas e fazem a travessia em duas horas até Soure (bilhetes custam R$ 56,10). Os barcos são modernos, com bar, televisão e wifi.
Para se programar, os horários de partida da lancha para o trajeto Belém-Salvaterra-Soure: Segunda, Terça, Quinta e Sexta partida às 8h15; Quarta e Sábado às 8h40. Domingo não há operação.
O retorno Source-Salvaterra-Belém acontece sempre às 5h30 da manhã.
A Expresso Golfinho não faz reservas de passagens e a compra é realizada diretamente no Terminal Hidroviário de Belém. Mais informações da empresa pela conta oficial no instagram @oficialmastermotors.
A empresa conta com quatro lanchas em operação, entre elas a Expresso Golfinho. Todos as embarcações contam com climatização e poltronas.
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Outra opção para chegar, apesar de ser mais em conta R$ 40, é bem mais demorada é fazer o trajeto até Source com as balsas de linha, que também partem do Terminal Hidroviário de Belém.
A viagem leva cerca de 3h30. O Terminal oferece 10 embarcações diárias para a ilha do Marajó, com 20 operações entre embarques e desembarques de aproximadamente 1.700 usuários rumo ao arquipélago, o correspondente a 80% do público do local.
Quando ir para Ilha de Marajó?
De julho a dezembro, chove menos e as temperaturas ficam perto dos 30 °C na Ilha de Marajó. Por se tratar de uma região amazônica, chove bastante e o calor é constante, por isso o ideal é evitar o período de verão.
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Roteiro pela Ilha de Marajó
Nos primeiros minutos em Marajó, você vai perceber que o pavimento nas ruas é raro e que as motos são o meio de transporte mais comum (muitos mototáxis se oferecem para levar os visitantes do porto até o hotel).
Além disso, búfalos circulam tranquilamente como donos do pedaço. Mas a ilha é enorme e se você não estiver com um passeio contratado, vale a pena alugar um carro para rodar por lá. Outro motivo é que boa parte das pousadas não cobra estacionamento.
Como o calor é sempre persistente na região, nada melhor que começar o passeio pelas praias.
Portanto, a primeira parada é em Barra Velha, a cerca de três quilômetros do centro da cidade. O local tem acesso fácil e é uma bela introdução às belezas naturais marajoaras. Ou seja, prepare seu equipamento para algumas fotos “instagramáveis”.
Por lá, árvores com raízes e caules à mostra surgem no meio da areia e as águas são mais escuras (isso acontece porque a maioria das praias combina mar e rio).
Em algumas épocas, como no inverno, a maré costuma subir e deixar a vegetação de mangue ainda mais aparente.
Sendo assim, na hora de colocar o pé na água, fique atento às arraias. Para evitar um pisão indesejado, caminhe sempre arrastando os pés, principalmente nas partes mais rasas.
Cerâmica Marajoara
Para conhecer mais da famosa cerâmica da região marajoara, vale esticar até o Ateliê Arte Mangue Marajó. Trata-se de um misto de loja, oficina e escola de produção de cerâmica. Aliás, funciona sob a direção de Ronaldo Guedes, um dos artistas mais conhecidos do Pará.
Além de ver belos vasos, esculturas e adereços, o visitante pode fazer sua própria peça em (aula paga à parte) – ele molda e finaliza com a pintura.
Mais atrações na ilha
Seguindo a linha de experiências típicas, a Fazenda São Jerônimo rende pelo menos meio período de diversão.
O espaço serviu de cenário para a novela global Amor, Eterno Amor, de 2012, e a terceira edição do reality show No Limite. Hoje, é famosa por oferecer tours de barco, trilhas em meio a áreas de mata preservada e passeios de búfalo.
Dito isso, também faz parte das atividades oferecidas passeio de canoa e caminhada pela passarela de madeira rodeada por cenários de mangues.
Comunidades locais
Para conhecer mais da vida do marajoara, certamente nada melhor que entrar em suas comunidades. A Praia do Pesqueiro, a dez quilômetros de Soure, é uma bela introdução à região.
Há casinhas em estilo palafita de cor rosa, azul e verde, que ficam ainda mais vivas e enfeitadas durante a época do Círio de Nazaré, em outubro.
A praia soma quatro quilômetros de areias claras e telhadinhos de sapé fazem as vezes de guarda-sóis. Além disso, passeios de búfalos, canoa e trilhas ecológicas também são ofertados ali.
Já a Vila do Céu é um local ainda intocado, acessado por uma barquinha. Entretanto, há um restaurante que só abre com agendamento prévio e que funciona de forma colaborativa: são os próprios moradores que atendem os turistas.
O PF dali é feito com peixe da região (filhote ou dourado, que vivem em água salobra), arroz, feijão e farofa. Dá para passar a tarde tomando cerveja, enquanto se curtem a praia e as dunas combinadas com a cor do mar dessa ilha incansavelmente mágica.
Onde se hospedar na Ilha de Marajó
O Hotel Marajó é bem localizado, situado a apenas 500 metros do centro de Soure. Além da piscina ao ar livre, os hóspedes podem desfrutar de passeios a cavalo, trilhas a pé, bar e restaurante.
Mais uma opção é a Pousada O Canto do Francês com quartos com ar-condicionado, banheiros privativos, roupa de cama e banho, wi-fi e estacionamento gratuito. O café da manhã também já está incluso o valor das diárias.
Já a Pousada Aruanã fica a 2,8 km da Praia do Garrote e conta com piscina ao ar livre, quartos com TV e ar-condicionado, banheiros privativos com banheira, além de ter piscina e churrasqueira. Café da manhã continental incluso no valor das diárias.
Confira mais opções de hospedagem na Ilha de Marajó, aqui!
Separamos também opções para ficar hospedado em Belém do Pará. Nossa dica é o Atrium Hotel Quinta De Pedras. Nos hospedamos nesse hotel e gostamos do fato de ele fica localizado em um prédio histórico original do século 18.
Além disso, está situado ao lado do Mangal das Graças e dispõe de 59 acomodações, sendo algumas com antessala e jacuzzi. Reserve aqui.
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Onde comer
Na Ilha de Marajó, nossa dica é o restaurante Delícias da Nalva, que aposta em receitas da região, como carne de búfalo e peixes.
Já em Belém do Pará, tem a Barraca da Maria do Carmo, especializada no caldo de tacacá, o Brasileirinho, que serve frutos do mar, feijoada e pizzas, e o Amazon Beer, que oferece cervejas produzidas com ingredientes da Amazônia.
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