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Salta e Jujuy: norte argentino com voo direto a São Paulo

A partir de julho, as províncias argentinas de Jujuy e Salta ficarão ainda mais próximas dos brasileiros. O motivo é o lançamento do voo direto, com três frequências semanais (segunda, quarta e sexta-feira), operado pela Aerolíneas Argentinas. A nova rota aérea é fundamental para promover o turismo e outras atividades comerciais entre a região norte da Argentina e o Brasil. Em julho, estará funcionando também a rota Salta-Bariloche, consolidando assim um corredor internacional.

SALTA E JUJUY EM 9 DIAS

O noroeste Argentino, repleto de belezas naturais, cativa a todos os seus visitantes. Paisagens únicas exaltam os sentidos: as colinas coloridas, o caminho Inca, os salares, sua gastronomia requintada e diferenciada, a maravilhosa Quebrada de Humahuaca, os imponentes Valles Calchaquíes e produtos turísticos únicos como a Rota do Vinho mais alta do mundo e o Tren a las Nubes, por exemplo. Estas são apenas algumas das atrações que podemos encontrar no destino. Além disso, por lá habitam diferentes espécies de aves e mamíferos, que complementam as paisagens, enchendo-as de vida pura e natural.

Portanto, veja um roteiro sugerido de nove dias para você que não quer perder nenhuma dessas atrações que só Jujuy e Salta podem te oferecer.

DIA 1

A Ciudad de Salta, que leva o mesmo nome da província, está localizada a 1.259 m acima do nível do mar e encanta a todos à primeira vista. Afinal, além de ser brindada pela natureza com sol o ano inteiro, ainda deslumbra os visitantes com sua beleza arquitetônica colonial.

Por isso, para começar o dia, nada melhor que um tour pela cidade para contemplar todas as suas belezas. Em primeiro lugar pela Plaza 9 de Julio, principal praça da cidade, com parada obrigatória na linda Catedral Basílica de Salta, datada do século 19. Em seguida, ao Museo de Arqueología de Alta Montaña (MAAM), que possui um rico acervo sobre a cultura Inca, além da exibição de três múmias de crianças Incas, as mais bem conservadas do mundo.

É também uma visita imperdível o Museo Güemes. O edifício do Museo, além de ser um dos poucos expoentes da arquitetura colonial no país, também foi morada do General Martín Miguel de Güemes. O oficial foi considerado herói nacional por sua participação na Guerra de Independência da Argentina. O Museo conta com tecnologia de ponta para que os visitantes imerjam na história do General. O local prende a atenção de adultos e crianças por meio de estímulos sonoros e visuais, com uma experiência sensorial inesquecível.

Do Teleférico San Bernardo, que leva ao topo da colina de mesmo nome e oferece uma linda vista da cidade, há ainda uma belíssima cachoeira artificial. A água corre por toda a extensão do morro, formando terraços artificiais e equilibrando assim a beleza da paisagem e a exuberância da vegetação.

Igreja de San Francisco (foto: divulgação)

DIA 2

A viagem de Salta a Cachí, por meio da Rota Nacional Nº 68, é um passeio por si só. Isso porque, no caminho, temos diversas belezas naturais, dignas de uma paradinha para foto. A Cuesta del Obispo; a Piedra del Molino, um dos pontos mais altos das montanhas (3.340 m de altitude), permite uma vista panorâmica da região e da Quebrada de Escoipe; o Parque Nacional Los Cardones, composto por um “mar” de cactos da espécie cardón e flores Amancay; e também a Recta del Tin-Tin, na qual se vê uma parte da trilha Inca que ficava na Argentina.

Chegando em Cachí, é possível visitar a Plaza 9 de Julio, onde temos a Iglesia de San José, uma pitoresca igrejinha que surpreende pela autenticidade, e o Museo de Arqueología Pio Pablo Díaz. O Museo recebe o nome de um habitante local que era observador e colecionador de peças que encontrava pelo Valles Calchaquíes, formando assim um vasto patrimônio arqueológico de itens de diferentes períodos históricos. Suas peças foram doadas para a criação do Museo.

Em seguida, saindo de Cachí, através da Rota Nacional Nº 40, passa-se pelo Valles Calchaquíes. Ali há o chamado Camino de los Artesanos, com uma gama de lojas artesanais locais, casas de chá e galerias de arte com um entorno mágico, rodeado de montanhas e natureza.

Ademais, não se pode também deixar de conhecer os povoados de Seclantás, Molinos e Angastaco. Este último onde se localiza a famosa Quebrada de las Flechas, aliás. O desfiladeiro é um monumento natural, cuja origem remonta há 15 ou 20 milhões de anos. Além disso, foi formado por um lago que atualmente já não existe mais.

Por fim, termina esta excursão chegando à cidade de Cafayate, com seus diversos hotéis.

Quebrada de las Flechas (foto: divulgação)

DIA 3

Cafayate é uma pequena cidade a 160 km de Cachí, que surpreende pela beleza do desfiladeiro que leva seu nome e pela qualidade do seu vinho branco Torróntes. A uva é originária da Espanha, mas atualmente, a Argentina é sua principal produtora.

Em Cafayate, não se pode deixar de visitar o Museo de la Vid y el Vino, que expõe de maneira interativa sobre as vinhas e os vinhos da região. Na praça principal da cidade, localiza-se a centenária Catedral Nuestra Señora del Rosario de Cafayate, que também vale uma visita. Enquanto isso, nos arredores, temos o Mercado Municipal de Artesanías de Cafayate, ótimo para comprar lembrancinhas de viagem.

Cafayate é a segunda principal região viticultora da Argentina e sua Ruta del Vino é a mais alta do mundo. Sendo assim, recomenda-se visitar duas vinícolas e almoçar em uma delas, degustando seus deliciosos vinhos.

No final da tarde, um passeio inesquecível é certamente uma cavalgada na região de Los Médanos. A 8 km do centro de Cafayate, é uma região que surpreende. Afinal, entre vales, vinhas, montanhas, casas, campos de golfe e pólo, surgem também dunas de areia branquinha, como se estivéssemos perto da praia. Isso porque, a milênios atrás, a região já foi um oceano.

Cafayate (foto: divulgação)

DIA 4

Voltando à cidade de Salta através da Rota Nacional Nº 68, uma das mais belas estradas do mundo, temos a reserva natural Quebrada de las Conchas, um grande vale em tons avermelhados e alaranjados que se misturam entre as curvas formadas pelo choque de placas tectônicas. Nessa região, temos muitas formas esculpidas pela natureza na rocha, mas os pontos de destaque ficam para os grandes paredões da Garganta del Diablo; o Anfiteatro, uma enorme concha acústica natural erodida no rochedo; e o mirante Tres Cruces, onde se permite ver todo os Valles Calchaquíes.

Ao final do dia, recomenda-se conhecer um dos muitos restaurantes e bares de Salta e provar seus petiscos locais.

Quebrada de las Conchas (foto: divulgação)

 

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DIA 5

Saindo da cidade de Salta pela manhã, pega-se a Rota Nacional Nº 51 na direção de Puna, passando pelas cidades de Campo Quijano, também conhecida como “Portal dos Andes”, última cidade povoada antes da Quebrada del Toro, onde encontraremos colinas coloridas e cactos gigantes.

É indicado tomar um café da manhã rural em El Alfarcito, uma pequena comunidade que se encontra no caminho. A viagem continua pela Quebrada de las Cuevas para enfim chegar a San Antonio de los Cobres, onde se pega o Tren a las Nubes. Depois de uma hora de excursão, chega ao Viaducto La Polvorilla, a 4.200 m acima do nível do mar, considerado uma das obras mais imponentes da engenharia do século passado. Desce-se do trem nesse ponto para conhecer o lugar e, após trinta minutos, pega-se o trem para retornar a San Antonio de los Cobres.

Tren a las Nubes (foto: divulgação)

DIA 6

A 90 km de San Antonio de los Cobres pela Rota Nacional Nº 40, encontramos as Salinas Grandes que ligam as províncias de Salta e Jujuy. Essa enorme planície quase que desértica, localizada a uma altura média de 3.600 m acima do nível do mar, é a terceira maior salina do mundo, com cerca de 12 mil hectares. Em época de chuvas, forma uma lâmina de água de 30 cm, que produz uma visão inigualável do lugar.

É uma paisagem emblemática da Puna Jujeña, alcançada percorrendo a Rota Nacional 52 por aproximadamente 50 km até a Cuesta de Lipán, uma bela estrada sinuosa com seu pico a 4.170 m acima do nível do mar. Caminhando alguns km dentro do salar, os visitantes se surpreendem com a proposta de hospedagem: dormir em um “Glamping”, de maneira criativa e diferenciada, no meio dessa imensidão.

Glamping (foto: divulgação)

DIA 7

Após conhecer as Salinas Grandes, outra parada obrigatória em Jujuy é o vilarejo de Purmamarca, que significa na língua quéchua “Cidade da Terra Virgem”. Possui uma arquitetura pré-hispânica e já foi um antigo paradouro do caminho Inca, sendo hoje Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Pela manhã em Purmamarca, não se pode deixar de visitar sua principal atração: o Cerro de los Siete Colores, uma montanha composta por sete cores bem definidas que nem parecem de verdade. Suas camadas são resultado de sedimentos marinhos, lacustres e fluviais.

A visitação à Iglesia Santa Rosa de Lima não pode ser esquecida. Afinal, é uma pequena igreja datada do século 17 e com diversas peculiaridades que valem a pena à visitação. Em seguida, pelos arredores da cidade por 3 km, encontra-se o Passeo de los Colorados, passando pelo leito de um afluente do Río Purmamarca. Pode-se observar figuras talhadas pela natureza nas laterais das montanhas, bem como realizar passeios com lhamas. 

Ao longo da mesma rota ao norte por aproximadamente 25 km, chega-se a Tilcara. A exatamente 1 km dali fica o Pucará de Tilcara, o sítio arqueológico mais importante da Argentina. Tal área foi um assentamento dos povos pré-colombianos. Isso porque localiza-se em uma área estratégica, no cruzamento de antigas estradas, as quais permitiam controlar o acesso à toda a região noroeste. Possui 15 hectares e se divide em setores como habitação, currais, o centro cerimonial e cemitério, por exemplo.

Retornando a Tilcara, temos a formosa Iglesia Nuestra Señora del Rosario, considerada Monumento Histórico Nacional. Sem dúvida, sua beleza se amplia pelo cenário natural ao redor, onde colinas coloridas servem como pano de fundo.

Purmamarca e Tilcara possuem pousadas e hotéis de diferentes categorias com atendimento personalizado e lindas paisagens.

Cerro Siete Colores (foto: divulgação)

DIA 8

Continuamos mais alguns km ao norte para chegar à Uquia, uma pequena cidade no coração da Quebrada de Humahuaca, a qual guarda um testemunho único do encontro entre duas culturas, materializado na forma de conquista e dominação. As paredes simples e esbranquiçadas de sua Iglesia de São Francisco de Pádua, construída em 1691 e Monumento Histórico Nacional desde 1941, exibem um tesouro artístico de grande valor, que cada vez mais visitantes descobrem. É uma das duas únicas coleções no país de Ángeles Arcabuceros, pinturas feitas no século XVII por indígenas da Escola Cuzqueña.

De lá, é possível fazer passeios à Quebrada de las Señoritas, composta por formações rochosas das idades pré-cambriana e cambriana. Possui rochas de tons cinza, azulado e esverdeado, formadas por arenito vermelho e argila.

A poucos minutos de carro de Uquía chega-se à cidade de Humahuaca, também na província de Jujuy, nomeada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade na categoria Paisagem Cultural em 2003. É um assentamento indígena que dá o nome ao desfiladeiro da Quebrada de Humahuaca, uma antiga estrada comercial do Império Inca.

A cidade é pequena, mas com intensa atividade cultural e com a atração da “benção de São Francisco Solano”. A imagem articulada em escala humana sai todos os dias ao meio-dia e dá a benção ao povo. Um compromisso obrigatório, aliás, é visitar o imponente Monumento aos Heróis da Independência. A obra reconhece os “Heróis Anônimos” da guerra, imortalizando o grito de liberdade dos indígenas e gaúchos em busca da soberania argentina.

Seu principal ponto turístico é sobretudo a Serranía de Hornocal, uma cadeia rochosa formada por montanhas de 14 cores. A sua formação calcária provém de vários minerais que, através da erosão, deixam formações triangulares nas montanhas. 

Serranía de Hornocal (foto: divulgação)

DIA 9

Enfim, retornando à cidade de Salta, a última parada deve ser na cidade de San Salvador de Jujuy, capital da província. Ela está localizada em um vale atravessado pelos rios Grande e Xibi-Xibi ou Chico, a 1.259 m acima do nível do mar. Muitos de seus edifícios públicos são verdadeiras joias dignas de apreço, entre as quais se destaca a Casa de Gobierno de Jujuy, com seu pavilhão histórico que conserva relíquias na Argentina, incluindo a Bandeira Nacional da Liberdade Civil. Além disso, a arquitetura religiosa também faz parte das atrações da cidade, com edifícios únicos. Entre elas, a Iglesia Catedral e a Iglesia San Francisco, com seu Museo de Arte Sacro, por exemplo.

Jujuy (foto: divulgação)

 

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