Búzios dá as boas-vindas aos turistas! Saiba onde ir, comer e visitar na segunda cidade mais visitada do Rio de Janeiro.
A Suécia pode até estar entre os melhores países do mundo para viver, mas Felix e Petra não se intimidaram. Depois de rodar pelo Brasil, eles se mudaram para Búzios de mala, cuia e filha recém-nascida no colo em mais uma daquelas velhas histórias de gringos que caem de amores pelo nosso país e resolvem fincar raízes.
Com um plano em mente, o casal comprou uma casa a 30 metros da famosa Rua das Pedras e promoveu reformas ao longo de seis meses. Nascia, então, a Villa Balthazar, o lar-doce-lar que Petra e Felix hoje abrem para receber hóspedes, usando a vivência que adquiriram em andanças pelo mundo – ela, uma aficionada por decoração e design de interiores; ele, dono de uma vasta experiência em hotelaria.
Assim, ao redor da casa principal em que vive a família, cinco quartos decorados com zelo e bom gosto aconchegam visitantes como se fossem velhos conhecidos. Veja fotos e o preço da diária no Villa Balthazar aqui.
Orla Bardot
Petra e Felix não são, nem de longe, os primeiros estrangeiros a viver um caso de amor com Búzios. Afinal, a atriz Brigitte Bardot lançou moda há exatos 50 anos, quando, fugindo do assédio no Rio, retirou-se naquela então pacata vila de pescadores, a 180 quilômetros da capital. Quase ninguém conhecia o lugarejo; de repente, ele virou manchete e capa de revista.
A musa, aliás, nunca mais voltou a Búzios, mas ficou eternizada na Orla Bardot – o calçadão do centrinho – e na estátua que a representa sentada sobre uma mala em pose desleixada e cabelo desgrenhado. Foi assim, au naturel, que ela se fez feliz em Búzios.
Atualmente, há quem compare o balneário fluminense com a Riviera Francesa, atribuindo-lhe luxo e sofisticação. Pode ser que sim, mas não é a isso que Búzios se resume. Em alta temporada, por exemplo, há gente de todos os bolsos a encher as areias e as ruelas, de cruzeiristas de passagem a donos de mansões de veraneio.
Portanto, fugir do auge da estação (ou seja, do réveillon ao carnaval) é explorar uma Búzios mais fiel, na medida do possível, àquela que Brigitte conheceu, quando nem energia elétrica havia e a principal tarefa do dia era cozinhar, ela mesma, o peixe que o namorado trazia da pescaria.
O que fazer em Búzios?
Era a praia central que Brigitte via pela sua janela ao acordar todas as manhãs. Mas agora essa não é, nem de longe, a melhor de Búzios. Além de fotografar o visual pitoresco, em que barquinhos salpicam a água verde, não haverá muito que fazer por ali. Afinal, Búzios demanda carro – ou barco – para ser plenamente aproveitada.
O problema é o trânsito, que, no verão, torna-se insuportável. Entretanto, a boa notícia é que, se você se hospedar no centro e sair para explorar as enseadas cobertas pelas rotas do Aqua Táxi, tudo estará bem-resolvido.
Onde se hospedar em Búzios?
Pousada Bucaneiro
Próximo do centro, oferece suítes com cama queen size, Wi-Fi e piscina.
Villa Balthazar
Em poucos quartos decorados com capricho, um casal de suecos oferece aos hóspedes videoteca e uma pequena piscina.
Chez Pitu
De frente para a Praia de Geribá, tem 35 apartamentos com Wi-Fi, piscina e bar.
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Saindo da orla central, pequenas embarcações a motor levam, o dia inteiro, para praias como Azeda, João Fernandes e Tartaruga. Por fim, há a opção de fazer passeios de escuna que duram meio dia, passando por várias praias e algumas ilhas do entorno.
Explorando as praias em Búzios
De carro, chegamos a Geribá. Essa é a praia mais “normal” – estacionamentos, faixa de areia larga, quiosques, mesas com guarda-sóis, casas de veraneio, banheiros. Não é, portanto, o tipo que justificaria a nossa viagem desde São Paulo, mas justamente por ser ampla, fica confortável mesmo com bastante gente. E para famílias pode ser o ideal, por conta da boa estrutura.
Uma pequena caminhada leva até Ferradurinha, uma enseada pequena e linda de viver, rodeada, no alto dos montes, por casarões de novela. A moda da vez ali, como em qualquer outra faixa de areia do Brasil, é o stand up paddle, mas nós optamos pelo bom e velho caiaque.
Não muito longe da areia, um casal de tartarugas veio nos cumprimentar durante a remada, espichando a cabeça para fora da água.
Outras opções de praias
No dia seguinte, a água gelada de Ferradurinha e companhia nos fez voltar as atenções para as praias do outro lado da península, onde o mar tem temperaturas mais amigáveis.
De Aqua Táxi (mas também pode ser por trilha, desde a Praia dos Ossos), descemos na pequena Azeda, que tem ligação com a ainda menor Azedinha. Aqui a coisa é mais rústica.
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Vendedores ambulantes e barraquinhas improvisadas dão conta de suprir a demanda, alugando cadeiras e guarda-sóis e servindo porções. Banheiro? O tio da barraca aponta o mar…
Dedicamos também um dia todo à Praia da Tartaruga, onde o sol se põe por último – e as pedras que avançam sobre a água formam um belo cenário. Ali, o restaurante da Pousada Tartaruga é disputado, mas se já estiver cheio, nada que caminhar pela estreita faixa de areia não resolva com sua sucessão de quiosques. Alguns, bom saber, exigem consumo mínimo para liberar o uso das cadeiras.
Festas pé na areia
É nos beach clubs que Búzios revela sua faceta glamourosa. A Praia Brava, que não tem esse nome à toa, exibe dois deles: o Rocka Bar, mais low profile, bom para almoçar (com reserva), e o Silk, esse sim ostentação pura, para quem quer curtir uma balada em plena luz do dia, com champanhe e DJ em lounges ao redor da piscina.
Sorrisinho amarelo, obrigada, até logo. Até porque eu queria banho de sol e de mar, e aqui a praia é mera figurante – bravinhas do jeito que as ondas são, não poderia ser diferente. Mais reclusa, à direita, depois das pedras, o canto da enseada chama a atenção pela cor da areia, de um rosa vibrante. Menos “ver-e-ser-visto”, mais “relaxar-e-desligar”.
Onde comer em Búzios?
Uma boa dica na Praia de Geribá é o restaurante Salt, que fica na Pousada dos Gravatás. O menu contemporâneo tem toque fusion – daí a inspiração tailandesa que divide espaço com os risotos, as massas e os peixes.
Veja aqui uma boa opção de hotel pertinho da Rua das Pedras
Para uma comida mais caseira e “sustanciosa”, o Restaurante do David é uma escolha clássica – especialmente a moqueca e os frutos do mar na pedra. Quando a vontade de uma carninha com vinho falou mais alto, escolhemos o argentino Estância Don Juan. Por fim, para a dupla drinque & petisco, uma boa dica é o Anexo Al Mare, que traz culinária mediterrânea na Orla Bardot.
Porto da Barra
Quem quiser fugir um pouco do eixo Rua das Pedras-Orla Bardot, naturalmente mais movimentado, pode ir até Porto da Barra, na vila pesqueira de Manguinhos. Trata-se de um polo de gastronomia que reúne restaurantes, galerias de arte e lojas.
Um dos restaurantes por lá é o Cigalon, cuja inspiração para os pratos veio da França e oferece menu bastante diversificado, com a assinatura da chef Sonia Persiani. É um lugar que, certamente, agradará os mais diversos paladares.
Já a turma da balada, por sua vez, pode optar pela pioneira Privilège. Deve ser aí que Búzios se veste com as pompas de Riviera mediterrânea…
De qualquer forma, é a vida, é bonita, e eu fico com a pureza da declaração de Brigitte, que, em carta escrita no fim do ano passado, celebra assim o seu amor por esse lugar: “Viva Búzios”… Sábia BB.
Agora me conte, você já esteve em Búzios? Se sim, deixe aqui nos comentários uma dica de restaurante ou escapadinha que realmente vale a pena e te encantou?
Se ainda não esteve, ficou alguma dúvida? Sentiu falta de alguma informação? Me conta aqui nos comentários?!
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