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Conheça Tucumán, no norte da Argentina

Montanhas, belas paisagens e muita história. Conheça uma opção diferenciada de roteiro concetrado no norte da Argentina, especialmente na Província de Tucumán.

Tucumán
As Ruínas de Quilmes é um sítio arqueológico nos Vales Calchaquíes, Província de Tucumán, Argentina. (Foto: shutterstock)

Uma viagem que reserva muitos encantos e lugares incríveis. São mais de 500 mil habitantes que vivem na região de San Miguel de Tucumán, capital da Província de Tucumán, no norte da Argentina.

A região oferece uma experiência inesquecível, principalmente para aqueles que buscam viagens para contemplar a natureza e conhecer novas histórias. Acompanhe mais uma de nossas viagens pelo Norte da Argentina!

Uma nova viagem pelo Norte da Argentina

Uma a uma, as oferendas devem ser jogadas em um buraco cavado na terra, aos pés de uma pilha de pedras. Água, milho, alfarroba, folha de coca, nozes, passas.

Para cada uma, faz-se um pedido ou um agradecimento a Pachamama, a Mãe Terra cultuada pelos povos indígenas dos Andes. Assim, reproduzindo um ritual religioso ancestral, começamos nossa visita pela Cidade Sagrada de Quilmes.

Os quilmes são um povo indígena que, atravessando os Andes por volta de 800 d.C., vieram se refugiar nos Valles Calchaquíes, hoje parte da província de Tucumã. Ali construíram uma ampla cidade aos pés da montanha, que chegou a abrigar 3 mil pessoas em seu auge.

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Tinham língua e costumes próprios, como o culto à Pachamama. Depois de uma breve dominação pelos incas, defenderam-se contra a invasão espanhola por cerca de 130 anos, sendo um dos últimos bastiões de resistência no continente americano.

Os 1.700 mil sobreviventes foram obrigados a caminhar cerca de 1.500 quilômetros até Buenos Aires, onde menos da metade conseguiu chegar. Lá, foram exilados em uma região vizinha à capital, que hoje corresponde à cidade moderna de Quilmes – onde nasceu a cervejaria de mesmo nome.

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A Província de Tucumán

Na província de Tucumán, por outro lado, estão as ruínas do lar original desse povo, que constituem o mais extenso assentamento pré-hispânico já localizado na Argentina.

Conhecido como Cidade Sagrada dos Quilmes, o sítio arqueológico fica a 55 quilômetros de Cafayate e a 185 quilômetros de San Miguel de Tucumán, capital da província. Depois do ritual a Pachamama, a visita ali começa pelo Centro de Interpretação, conduzida por guias que, como descendentes dos quilmes, preservam a cultura e as tradições de seus ancestrais.

Ruínas de Quilmes
Ruínas da cidade sagrada de Quilmes. (Foto: Cristiane Sinatura)

Além de expor artefatos encontrados nas escavações, como vasos e utensílios domésticos, o museu interativo investiga aspectos cotidianos da antiga cidade, como alimentação e vestuário, e exibe um vídeo emocionante em que habitantes reais da região interpretam o violento massacre dos quilmes pelos espanhóis.

O que fazer pela região

Depois de apresentado o panorama histórico, é hora de seguir para as ruínas do lado de fora. Concentradas na encosta da montanha, elas correspondem a apenas uma parte de tudo o que foi a cidade.

De qualquer forma, graças às fundações feitas de pedra empilhada, em formato retangular ou circular, é possível imaginar como teria sido a vida ali. Para otimizar o relevo inclinado, as construções se organizavam de tal forma que o teto de uma ficava no mesmo nível do chão da outra.

Algumas eram residências, outras eram, provavelmente, templos – como a que tem buracos redondos escavados no chão, que se acreditam serem recipientes para oferendas.

Vista do alto das ruínas (é possível avançar bastante montanha acima), a paisagem árida dos Valles Calchaquíes se revela salpicada de cactos gigantes, cuja madeira vira matéria-prima para os suvenires vendidos nas lojinhas do complexo.

Ruínas de Quilmes e San Miguel

As ruínas de Quilmes podem ser uma esticada para quem está em Cafayate, na província de Salta, ou podem ser a porta de entrada em um roteiro mais extenso pela província de Tucumán.

A capital, San Miguel, é o destino final do voo sazonal da Aerolíneas que parte de São Paulo (com conexão em Salta).

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San Miguel

Apesar do apelo corporativo, San Miguel de Tucumán também reserva alguns atrativos para os visitantes. A cidade é terra natal de Mercedes Sosa, uma das cantoras argentinas mais famosas de todos os tempos.

Quem vem das ruínas de Quilmes a San Miguel pode aproveitar, ainda, para fazer uma parada em Tafí del Valle no meio do caminho. Nessa região, é forte a produção de laticínios, em meio a uma mescla de paisagens que adiciona florestas verdes às montanhas áridas.

Tafí del Valle
Tafí del Valle. (Foto: Cristiane Sinatura)

Seguindo a mesma receita desenvolvida pelos jesuítas séculos atrás, o queijo de Tafí é considerado um patrimônio gastronômico da Argentina. Feito com leite de vaca e maturado por até 90 dias, ele é produzido em cinco versões: natural, com pimenta ají, páprica, orégano e pimenta-do-reino.

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Um dos lugares para ver a produção de perto, ou mesmo passar uma noite, é a Estancia Las Carreras, construída por jesuítas em 1718. Hoje, além de funcionar como fazenda, também é hotel e restaurante, há mais de 300 anos sob os cuidados da mesma família. No Norte de Argentina, as tradições ancestrais são verdadeiros legados, que tornam essa região tão peculiar.

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El Cadillal

A meia hora de San Miguel de Tucumán, fica o lago El Cadillal, destino de fim de semana e de veraneio para os moradores locais. Às suas margens, o complexo turístico Puerto Argentino reúne restaurante, anfiteatro em estilo grego e estrutura para práticas esportivas, como caiaque, mountain bike, parapente e trilhas.

É interessante visitar, também, o Museu Arqueológico El Cadillal, com acervo sobre os povos pré-hispânicos que habitaram a região, incluindo peças encontradas nas escavações feitas para a construção do dique. Um teleférico leva ao topo do Cerro Medici, com vista para as montanhas e o lago.

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