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Chicago: arquitetura nas alturas

Chicago é uma grande história de superação. Tudo parecia perdido depois que um incêndio destruiu boa parte da cidade em 1871. Mas ela foi lá e se refez de tal forma que agora pode se gabar, tranquilamente, de estar entre as mais lindas dos Estados Unidos. A reconstrução nas décadas seguintes, liderada por arquitetos de renome, como Frank Lloyd Wright, trouxe equilíbrio e homogeneidade aos prédios da “nova” cidade. A revolução foi tanta que Chicago viu nascer seu próprio estilo de arquitetura, que preconizava a alvenaria no lugar da madeira. Numa segunda etapa, materiais como aço e vidro vieram se juntar aos projetos, resultando em edifícios cada vez mais altos, que agora definem o horizonte da Chicago moderna.

Caminhar pela região do Loop hoje é praticamente um tropeço atrás do outro, porque é impossível não ficar olhando o tempo todo para cima, para os lados, para trás. Afinal, há muita beleza para tirar nosso foco do caminho à frente. Cada construção entorpece com sua própria personalidade, enquanto todas juntas compõem um conjunto harmonioso, lindo de arrepiar. Esse cenário, totalmente urbano, ganha boas doses de encantamento por ficar à beira do Lago Michigan. O maior dos Estados Unidos, é cortado pelo Rio Chicago, que, em dias ensolarados, assume tons de verde incríveis. Às margens deste último, foi inaugurado há poucos anos o Riverwalk, um calçadão de dois quilômetros que incorpora ainda mais o rio à vida da cidade, pontilhado de bares e restaurantes que fervilham no verão, como o City Winery, por exemplo. Dá até para alugar um caiaque e remar pelas águas do Chicago.

Centro de Arquitetura de Chicago

É interessante ter conhecimento prévio antes de explorar a cidade; assim, tudo faz mais sentido. Por isso, começar pelo Chicago Architecture Center (CAC) é uma boa. Sua localização é um cartão de visitas, em um dos cruzamentos mais emblemáticos da cidade: à beira do rio e junto à ponte DuSable, ao redor da qual resplandecem edifícios como o Wrigley Building, a Tribune Tower e a loja-conceito da Apple.

O CAC conta a história arquitetônica de Chicago, com exibições multimídia e painéis informativos sobre os bairros, os arquitetos e as obras em andamento. No primeiro andar, o destaque é a maquete que reproduz 5% da área urbana de Chicago, com mais de 4 mil construções de impressoras 3-D. Ali dá para ter noção de como a cidade se distribui em volta do Lago Michigan e como o Rio Chicago a corta. Recursos interativos iluminam os prédios mais famosos.

Há também uma reprodução de como o incêndio de 1871 se alastrou a partir de um estábulo de madeira. Diz a lenda que uma vaca teria derrubado uma lanterna, causando dois dias de fogo e cerca de 300 mortes em um verão anormalmente seco e quente. No segundo andar, fica uma galeria com mais de 20 modelos de prédios icônicos da cidade e do mundo.

Com o CAC, é possível agendar tours para explorar a cidade a pé, de ônibus ou de barco. Esta última opção é interessante, pois percorre três braços do rio em uma hora e meia, revelando ângulos dos arranha-céus Willis Tower e John Hancock Center. Protagonista da arquitetura local, essa dupla corresponde ao próximo passo de um roteiro pela cidade. Depois de absorver o contexto histórico, ver a cidade de cima confere uma magnitude mais prática. E ambos os prédios ostentam mirantes altíssimos com diferenciais.

Arquitetura em Chicago
Rio Chicago (foto: shutterstock)

Chicago vista de cima

Da década de 1970, a Willis Tower (antiga Sears) foi o prédio mais alto dos Estados Unidos, com seus 442m, até a inauguração do novo One World Trade Center, em Nova York. Seu observatório, o Skydeck, passou por uma renovação que transformou a fila em uma experiência. Antes seguir para o 103º andar, o visitante mergulha na história, na cultura e nas curiosidades de Chicago com instalações interativas. Uma delas aborda a arquitetura local, incluindo a maquete de um apartamento no Marina City, curiosa dupla de prédios em formato circular. A comida típica também tem vez, com direito a uma deep dish pizza gigante, além das personalidades que fizeram história em Chicago, como Michael Jordan, Oprah Winfrey e os Obama.

Lá em cima, o destaque fica por conta do The Ledge, cabines de vidro projetadas para fora do prédio. Você olha para baixo e vê a cidade sob seus pés, o que garante doses de frio na barriga e fotos incríveis. Há filas à parte para pisar na atração, com tempo cronometrado, dependendo da quantidade de visitantes. Apesar de ser o período de maior espera, ver o pôr do sol e a cidade se iluminando conforme anoitece é um desbunde.

Ou então do John Hancock Center, o quarto prédio mais alto da cidade. A torre preta com um par de antenas no topo também tem seu próprio mirante, o 360 Chicago, no 94º andar. Além de sair à frente no quesito “vista panorâmica mais bonita” (mais próximo ao lago), o observatório também tem sua própria atração com adrenalina. Pago à parte, o Tilt é uma plataforma de vidro que inclina até ficar 30 graus para fora do prédio, deixando o visitante quase de cara para o chão lá embaixo. Uma verdadeira obra de arquitetura tecnológica.

Arquitetura de Chicago
Skydeck (foto: Ranvestel Photographic/Alice Achterhof)

Pelo Lago Michigan

Um bom jeito de ver o skyline de Chicago é navegando pelo Lago Michigan. Exclusivos – e com precinhos mais salgados, aliás – os veleiros da empresa Come Sailing fazem passeios privativos de duas horas (comesailing.us). Eles saem do Monroe Harbor e vão contornando a orla até o Navy Pier, complexo de entretenimento com apelo familiar que reúne restaurantes, parque de diversões, cinema, teatro, beer garden e o Museu das Crianças.  Além disso, do Navy Pier saem tours de barco mais econômicos, podendo incluir refeições a bordo (navypier.org/cruises-and-tours). E, no verão, ainda dá para aproveitar o lago de outra forma. Nas cerca de 25 praias com areia de verdade, espalhadas ao longo de 40 km de costa. Entre as mais populares, estão a North Avenue Beach e a Oak Street Beach, próximas à zona turística.

Praia em Chicago
North Avenue Beach (foto: shutterstock)

 

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Prepare sua viagem!

Moeda: Dólar (US$)

Fuso horário: -2h em relação a Brasília

Na rede: choosechicago.com

Vacinas: É preciso apresentar comprovante de vacinação completa contra covid-19, tanto para entrar nos EUA como para retornar ao Brasil. No momento da sua viagem, confira informações atualizadas sobre necessidade de teste antígeno ou PCR.

Visto: É necessário. Veja mais em br.usembassy.gov/pt/visas-pt.

Como chegar: A United tem voos diretos entre São Paulo e Chicago (Aeroporto Internacional O’Hare), que duram cerca de 10h. Com conexão em outras cidades, voam também Copa, Latam, American, Delta, Air Canada e Aeromexico.

Como se locomover: O centro financeiro e coração pulsante de Chicago é a região conhecida como Loop, onde ficam a Willis Tower, o Art Institute of Chicago e o Millenium Park, por exemplo. Os principais atrativos turísticos se espalham ao redor de um trecho de pouco mais de 2 km da Michigan Avenue. Então, com um pouco de disposição, dá para fazer tudo a pé. Os trens urbanos conhecidos como L percorrem trilhos elevados que passam por entre os prédios, compondo o cenário típico da cidade. Mas há também linhas subterrâneas, além de conexão com o aeroporto O’Hare. O bilhete avulso custa US$ 2,50; o diário ilimitado sai por US$ 5; e o de três dias, US$ 15.

Chicago CityPASS: Para aproveitar os pontos turísticos com desconto e prioridade de acesso, é interessante comprar o CityPASS, bilhete eletrônico que engloba o Shedd Aquarium, o Skydeck (mirante da Willis Tower) e o Field Museum, mais duas escolhas entre o Art Institute, o Museum of Science and Industry ou o 360 (mirante do John Hancock Center). Custa US$ 109, o que gera uma economia de 50% em relação à compra de todos esses ingressos avulsos. Entretanto, é necessário reservar horário em algumas atrações. citypass.com

Parque em Chicago
Lincoln Park (foto: shutterstock)

 

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