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Chicago: arte em toda parte

John Hancock Center fica na Magnificent Mile, trecho da Michigan Avenue que é conhecido como o principal lugar para compras de luxo em Chicago. Ali estão as lojas mais sofisticadas que você espera encontrar nos Estados Unidos, como Bloomingdale’s, Nordstrom, Macy’s, Saks, Gucci, Armani e afins. Mas também há vitrines mais acessíveis, como as da H&M, Forever 21 e TJMaxx. Para outras marcas queridinhas, vale bater perna pelo miolo do Loop, nos arredores da State Street, onde tem Primark, Uniqlo, Target e OId Navy.

É descendo pela Michigan Avenue que se chega a um ícone de Chicago: o Millenium Park. Mais que o pulmão verde da cidade, o parque é conhecido pela enorme escultura Cloud Gate, que, por conta do seu formato de feijão, ganhou o apelido The Bean. Assinada pelo artista Anish Kapoor, ela tem 110 toneladas. Além disso, sua superfície em aço inoxidável reflete o céu e os prédios ao redor, rendendo alguns dos cliques mais famosos da cidade. O desafio ali são dois: encontrar sua própria imagem refletida no espelhão e conseguir um pedacinho sem ninguém para tirar uma foto.

Outra instalação artística no Millenium Park é a Crown Fountain, videoescultura formada por um espelho d’água e duas torres estampadas com imagens do rosto demoradores reais da cidade – que, de tempos em tempos, espirram água pela boca. No parque fica também o Jay Pritzker Pavilion, concha acústica projetada pelo arquiteto Frank Gehry, que sedia shows, apresentações cênicas, projeção de filmes e festivais de música (como o Chicago Jazz Festival) no verão, sempre gratuitos. Já no inverno, o Millenium ganha uma pista de patinação no gelo com acesso igualmente grátis e empréstimo de patins. Mas é preciso fazer a reserva on-line antes.

Museus e institutos de arte em Chicago

Arte, como já deu para ver, é uma força motriz de Chicago, e seu principal expoente está bem ao lado do Millenium Park. Basta atravessar a rua, ou uma passarela suspensa, para chegar ao Art Institute of Chicago. Fundado em 1879, está hoje entre os maiores museus do país. Coroada por dois imponentes leões de bronze na fachada de estilo clássico, a sede original ganhou reforço há cerca de dez anos com um anexo moderno, desenhado pelo arquiteto italiano Renzo Piano.

Programa para um dia inteiro, se feito sem pressa, o conjunto se desdobra em um delicioso labirinto de seções temáticas, onde estão expostas cerca de 300 mil peças. É um deleite a ala de arte impressionista, com obras de Monet, Renoir, Degas e Manet. A parte moderna e contemporânea também dá show, com trabalhos de Picasso, Van Gogh, Salvador Dalí e Andy Warhol. Arte islâmica, asiática, têxtil, americana e clássica são outros temas muito bem cobertos. Destaque ainda para a curiosa e interessante coleção decenários em miniatura, que reproduzem detalhadamente aposentos residenciais de diversas épocas e lugares do mundo.

Outro endereço imperdível é o Museum of Contemporary Art (MCA), que sediou a primeira exposição de Frida Kahlo nos Estados Unidos. Dedicado à arte contemporânea, o acervo tem cerca de 2.500 peças, produzidas desde a década de 1920. As exposições temporárias costumam cobrir todo formato de arte, inclusive os pouco convencionais, desde pinturas em tela até obras com óculos de realidade virtual. O Marisol, restaurante do museu, está funcionando com cardápio e espaço reduzidos para refeições rápidas, mas, antes da pandemia, costumava ser um prato cheio para o brunch de domingo.

Instituto de Arte Chicago
Art Institute of Chicago (foto: shutterstock)

Arte de rua de Chicago

Para ver arte, porém, não é preciso ir a museus. As ruas da cidade também servem de palco para obras públicas a céu aberto, principalmente na região do Loop. Na Brunswick Plaza, por exemplo, fica a Miró’s Chicago, escultura de uma mulher feita com aço, concreto, bronze e cerâmica, encomendada ao artista catalão Joan Miró, em 1981. A 200m dali, na Chase Tower Plaza, um bloco de concreto ostenta o mosaico Four Seasons, de Marc Chagall. Picasso, por sua vez, surge com uma escultura sem nome nesse mesmo perímetro, na Daley Plaza.

Ao redor dessa obra de formas indefinidas, acontece, todo fim de ano, o Christkindlmarket, um simpático e gostoso mercado de Natal inspirado na Alemanha, com tendas de madeira vendendo artesanato e delícias típicas do país europeu, como glühwein (vinho quente), pão com salsicha tipo bratwurste panqueca de batata.

Por outro lado, a cena cultural de Chicago não é feita apenas de artistas de renome internacional. No chamado Wabash Arts Corridor, uma área ao longo de dez quarteirões na zona universitária de South Loop, espalham-se cerca de 40 murais de grafite, feitos por artistas dos cinco continentes, a convite da Columbia College. Em seu site, essa faculdade disponibiliza mapas para quem quiser seguir a trilha dos murais (wabashartscorridor.org).

Indo um pouco além do “corredor” original, o projeto irradia também para o Loop, onde, próximo à Macy’s da State Street, um mural do brasileiro Eduardo Kobra homenageia o músico Muddy Waters, considerado o pai do blues de Chicago. E então chegamos a mais um elemento vital que compõe o ritmo da cidade: a música.

Grafite em Chicago
Wabash Arts Corridor (foto: shutterstock)

Mais atrações culturais para visitar

+ Field Museum: no Museum Campus (parque à beira do lago que reúne três instituições culturais), está o museu de história natural Field. Tem dioramas de mamíferos, hall de pedras preciosas, tumba e múmias egípcias de 5 mil anos e alas sobre a evolução do planeta. A grande estrela aqui é Sue, o esqueleto de tiranossauro mais completo do mundo, com 13m de comprimento e quatro de altura. Ela ganhou recentemente a companhia do titanossauro Máximo, maior dino já encontrado, com quase 40m de extensão.

+ Shedd Aquarium: vizinho ao Field, o aquário é lar para cerca de 32 mil animais de 1.500 espécies, como polvos, pinguins, baleias beluga e golfinhos, por exemplo, que podem ser vistos através de túneis subaquáticos. Outra atração é o Wild Reef, que simula um recife nas Filipinas, onde habitam mais de 30 tubarões. Janelas curvas colocam os visitantes cara a cara com eles, enquanto tanques abertos permitem tocar nos corais. Além disso, tem cinema 4-D com vários filmes de temática marinha.

+ Adler: fechando o trio de atrações culturais do Museum Campus, este é o primeiro planetário do país. Tem teatros e observatório, bem como exposições sobre a chegada à Lua, o sistema solar e o universo.

+ Museum of Science and Industry: subindo em direção ao Norte da cidade, o museu de ciência e indústria é o maior do gênero no Ocidente. Tem simulador de tornado, um submarino alemão capturadona Segunda Guerra e maquete que reproduz uma viagem de trem através dos Estados Unidos, com 500 réplicas em miniatura que vão de Chicago a Seattle.

Mural em Chicago
Mural de Muddy Waters (foto: shutterstock)

 

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