A 30 minutos de Modena, dá para conhecer a produção, provar e comprar um dos produtos mais prestigiados da Itália: o vinagre balsâmico
Em uma rua quase sem movimento num vilarejo de Modena, no norte da Itália, uma portinha de madeira chama a atenção.
Ali, desde 1862, a Osteria di Rubbiara e Acetaia Pedroni segue firme e forte na produção do Aceto Balsamico Tradizionale di Modena (ou vinagre balsâmico), um dos produtos mais prestigiados da Itália.
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É até difícil crer que tudo começou sem grandes pretensões, lá no século 19, utilizando os barris de vinho e cerveja que sobravam da osteria para envelhecer o concentrado de uvas cozidas que dá origem ao aceto. Deu muito certo!
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História do vinagre balsâmico
A tradição sobreviveu nas gerações seguintes e, hoje, é o descendente do fundador, Italo Pedroni, quem acompanha cada detalhe de uma das produções mais antigas da região.
E o italiano conta que alguns desses barris originais permanecem na linha de produção. “Quanto mais antigo, melhor o produto. O sabor fica mais intenso”, explica.
Justamente por isso, os recipientes de quase dois séculos são usados apenas para os rótulos com pelo menos 12 ou 25 anos de envelhecimento (garrafas à venda a partir de € 40). Ou então no extravecchio Cesare, vendido a € 300, que tem notas de café tostado e chocolate.
Mas nem tudo é exatamente igual aos primórdios, quando a produção era praticamente um segredo de família.
Há cerca de 15 anos, Italo Pedroni decidiu criar as visitas guiadas para aumentar o movimento do local. Uma manhã é tempo suficiente para ver a produção do vinagre balsâmico, fazer a degustação e, enfim, terminar com um almoço tipicamente italiano.
O restaurante tem menu fechado, geralmente com entrada, duas massas, pelo menos um prato principal com carne, vinhos, licores e, claro, muito aceto. O queijo parmigiano reggiano, também importante nesta região da itália, casa perfeitamente com o vinagre balsâmico.
Por outro lado, combinações mais inusitadas rendem gratas surpresas: o aceto dá as caras até mesmo como calda do sorvete servido na sobremesa! Nem pense em recusar, porque é buonissimo, capisci?!
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Como o Aceto Balsamico é feito
Depois de levemente prensadas e bastante cozidas, as uvas dão origem a um concentrado que deve fermentar e descansar em barris de madeira por pelo menos 12 anos.
Esse é o tempo que define um autêntico aceto. Menos que isso, é chamado de condimento. O produto leva atestado DOP (Denominação de Origem Protegida), o que quer dizer que só pode ser chamado de Aceto Balsamico Tradizionale aquele fabricado na região da Emilia-Romagna.
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