Quem visita a Ilha de Páscoa, um pequeno pontinho quase imperceptível na imensidão do Pacífico, no meio do caminho entre Santiago do Chile e a Polinésia Francesa, certamente tem uma experiência única.
Aliás, pouca gente sabe, mas Páscoa – afastada cerca de 3.700 quilômetros da América do Sul – fica no chamado Triângulo Polinésio, formado também pela Nova Zelândia e tendo o Havaí como ápice.
Para chegar na Ilha de Páscoa são cinco horas de voo desde a capital chilena até o desembarque no aeroporto de Mataveri. O predomínio do castelhano garante ao passageiro que ele segue no mesmo país. Mas, ao pisar na ilha, a sensação já não é de estar no Chile.
Para se envolver em uma experiência endêmica, abaixo estão oito coisas para fazer na Ilha da Páscoa. Confira:
O que fazer na Ilha de Páscoa
Caminhadas energéticas
Certamente o trekking é a melhor forma de integrar-se à experiência da ilha. Há explorações feitas a cavalo e de bicicleta, que também são interessantes. Mas nada como andar a pé para entender a alma de uma terra solitária, que passou por incríveis turbulências.
Entretanto, há como contratar um guia com carro por cerca de R$ 250. Assim, você conhecerá os principais pontos turísticos em um dia. Mas a escolha está bem longe da ideal, pois pressa não combina com a aura da ilha.
Parque Nacional Rapa Nui
Assim que chegar ao aeroporto, é recomendado já comprar a entrada para o Parque Nacional Rapa Nui, tombado pela Unesco em 1995 como Patrimônio da Humanidade.
Aliás, o bilhete sai por cerca de R$ 270, válido por dez dias, e dá acesso a todos os lugares, com retorno ilimitado, exceto na área chamada de Quinze Moais e no vulcão Rano Rararaku, onde a entrada é limitada apenas a uma visita por pessoa.
Atividades do hotel Explora
O luxuoso hotel Explora oferece mais de 30 atividades. De barco a bicicleta, todas são customizadas e conduzidas pelos guias, quase todos rapa nui. Aliás, os passeios já estão no pacote all-inclusive, que gira em torno de US$ 4.500 por casal, para três diárias.
As saídas são selecionadas e adequadas ao preparo e à disposição de cada um. Mas há algumas imperdíveis e prioritárias, como a visita à Pedreira (La Canteira), aos pés do vulcão Rano Rararaku. A caminhada até onde foram esculpidos 95% dos cerca de 900 moais existentes é certamente essencial para entender essa cultura que durou séculos.
Ao longo da trilha, passa-se ao lado de gigantes abandonados, de diversos tamanhos e formatos. Aliás, o maior transportado até a costa chega a dez metros, com aproximadamente 80 toneladas.
Mas o mais brutal não chegou a sair de sua fonte. Ele mede 21 metros e segue preso nas paredes do vulcão, em um dos sítios arqueológicos mais extraordinários do planeta, onde se encontram 396 moais.
Ioga e as esculturas de pedra na Ilha de Páscoa
Com formatos de rostos, as estátuas representavam a alma de pessoas importantes da sociedade. As esculturas encontradas pelos europeus foram derrubadas e danificadas. Portanto, todos os expostos na ilha passaram por minuciosas restaurações, como na famosa Ahu Tongariki, por exemplo, onde se encontram 15 enormes moais que formam um dos principais cartões-postais de Páscoa.
Além disso, com sorte, é possível encontrar pessoas praticando ioga em um cenário espetacular, entre os gigantes de pedra e a fonte vulcânica que os gerou.
Praias da Ilha de Páscoa
Outra ahu imperdível é a da praia de Anakena. Linda e de areia clara, seu cenário é único, afinal, em nenhum outro lugar do mundo é possível banhar-se tendo como vista uma baía protegida por sete moais no topo da orla.
A pequena Ovahe completa as opções de enseadas de areias brancas. É aproveitável principalmente quando a maré está baixa. Aliás, a sua costa é famosa para a prática do snorkel.
Além disso, também é possível encarar um moai frente a frente, a alguns metros de profundidade, em um dos icônicos mergulhos da ilha. Páscoa ostenta uma das maiores visibilidades do Pacífico, ultrapassando 50 metros.
Visite a Ana Kakenga
Para fechar a experiência dos moais, vale o passeio de uma tarde, com início em Ahu a Kivi, a única plataforma que traz sete estátuas completas viradas de frente para o litoral.
De lá, começa uma rústica caminhada por falésias, rumo à impressionante Ana Kakenga, um caminho tubular subterrâneo formado pelo fluxo de lava, que leva a dois mirantes sensacionais do Pacífico em formato de janelas naturais.
A exploração acaba em Ahu Tahai, já em Hanga Roa. A área, também protegida pela Unesco, abriga três plataformas de moais. Aliás, é um dos lugares mais cobiçados para assistir ao pôr do sol. É lá também que está a Ko Te Riku, a única estátua com olhos restaurados.
Conheça detalhes da história do homem-pássaro
Uma das maneiras mais intensas de conhecer detalhes sobre a competição que elegia o rei de Páscoa por um ano é por meio de uma caminhada de nove quilômetros. O início é na plataforma Tahira.
O trajeto contemplativo serpenteia a costa. Certamente você refletirá sobre o que é estar em um lugar tão afastado da civilização. Aliás, o isolamento é tão desafiador que, dependendo da época, embarcações não conseguem aportar e a ilha fica sem suprimentos, às vezes por até um mês.
Ande pelas ruas de Hanga Roa
Por fim, conheça a tranquila e serena Hanga Roa. A capital é o único local com aparência de algo que possa ser considerado uma cidade. Na verdade, falamos de algumas poucas ruas com razoável oferta turística de restaurantes, bares e casas noturnas. Além disso, você encontrará uma pitoresca igreja e dois mercados de artesanatos (o de frutas e legumes é mais autêntico e mais barato).
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