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O melhor de Aruba: praias, passeios e hotéis

Longe da rota de furacão, Aruba combina praias de cinema, aventura em cavernas, mergulhos em naufrágios e sol quase o ano inteiro

Dá para entender bem Aruba depois de subir no Farol Califórnia. Bem perto está o mar em seus múltiplos tons de azul, enquanto ao redor, há a paisagem semidesértica com caminhos de terra batida e cactos do tamanho de palmeiras.

Como imaginar uma ilha caribenha com um deserto que termina na praia? Pois é, assim é Aruba!

Farol California
Farol Califórnia rende vistas lindas a partir do seu mirante (foto: Kenny Theysen/divulgação)

O curioso é que essas paisagens tão diferentes estão concentradas em um território pequeno, de pouco mais de 190 km². Algo como a nossa Florianópolis na versão Caribe.

Ali, seis distritos fatiam o que há de melhor na “ilha feliz”, como diz o próprio slogan de Aruba.

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Prepare sua viagem para Aruba

Moeda de Aruba: Florim arubano. O dólar é amplamente aceito, mesmo nos estabelecimentos menores.

Fuso horário: -1 h em relação a Brasília.

Língua falada em Aruba: holandês e o papiamento são os idiomas oficiais. Aruba foi colonizada pelos holandeses e herdou o idioma de seus conquistadores como oficial.

Junto com o papiamento, a língua local que tem o espanhol e o português como base –  motivo de ser amigável aos nossos ouvidos. Porém, o inglês e espanhol são amplamente falados.

Palm Beach em Aruba
Palm Beach é o trecho mais animado da ilha (foto: shutterstock).

Vacinas e seguro para entrada em Aruba: Viajantes brasileiros precisam apresentar o comprovante de vacina contra febre amarela. Em relação à covid-19, não são necessários testes e nem vacina.

Para entrar na ilha, o viajante precisa preencher o formulário de imigração digital ED CARD ARUBA.

De qualquer forma, não dá para viajar sem um seguro de viagem. (Nossa equipe de jornalistas nunca viaja sem!)

Voos para Aruba

Não há voos diretos. Com conexão, voam Copa Airlines (Panamá) e Avianca (Bogotá).
American Airlines e United fazem parada em Miami (nesse caso, é preciso ter visto para entrar nos EUA).

Veja quanto custa um voo para Aruba.

Voos chegam em Aruba pelo Aeroporto Internacional Rainha Beatriz, distante 4 quilômetros da capital Oranjestad. Dali, você pode pegar um transfer para o hotel.

Além disso, a ilha também faz parte do itinerário de muitos navios de cruzeiro.

Quando ir para Aruba

Fora do cinturão de furacões e com clima sempre quente, a ilha pode ser visitada em qualquer época do ano.

Ou seja, a temperatura média é de 28 °C, subindo entre maio e outubro e permanecendo mais amena fora desses meses.

Passeios de barco em Aruba
Longe da rota de furacão, Aruba é um destino com sol o ano inteiro (foto: Tarcila Ferro)

Aliás, chove pouco em Aruba e o período de maior precipitação é de outubro a janeiro.

Além disso, Aruba está situada a apenas 45 quilômetros da costa da Venezuela, com condições climáticas semelhantes às da América do Sul.

Dirigindo na ilha

Dirigir em Aruba é extremamente simples e a CNH brasileira é aceita. Aliás, de carro, você consegue rodar a ilha inteira!

Porém, quem não quiser dirigir, pode contar com táxi (não há Uber nem outros aplicativos). Ainda há o Arubus, ônibus que cobre toda a área de hotéis de Palm Beach, a cada 15 minutos.

Já a rodoviária central de Oranjestad fica ao lado do terminal de navios de cruzeiro, perto do centro de compras Royal Plaza, ligando diversos pontos da ilha.

Finalmente, outra opção é contratar os tours em jipe ou quadriciclo para explorar o interior da ilha. As empresas buscam os turistas no hotel.

Melhores praias de Aruba

Sem dúvida, Aruba será um dos destinos mais fáceis de explorar. Não é exagero dizer que, em uma semana, é possível rodar a ilha toda, mesclando a delícia do ócio à beira-mar com atividades culturais e passeios de aventura.

Para a tarefa, alugue um carro logo que desembarca no aeroporto. Assim, você conseguirá conciliar boas horas de sol e mar por dia com atividades fora da praia.

Palm Beach: a mais famosa

Obrigatoriamente, a viagem começa por Palm Beach e Eagle Beach, praias situadas no Noroeste da ilha. É ali que estão a maioria dos hotéis, os cassinos e toda a atmosfera “estou no Caribe” pela qual um viajante anseia.

Palm Beach_ aruba
Boa parte dos hotéis se concentra em Palm Beach e Eagle Beach (foto: Rodrigo Cunha).

As redes hoteleiras surgem em sequência, compartilhando a mesma areia e conectadas por um aprazível calçadão.

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É um lugar para se estar de dia e à noite também, uma vez que o bulevard e Palm Beach é o mais animado, tomado por restaurantes de gastronomia diversa, bares e lojas concentradas em locais charmosos, como o Paseo Herencia.

Esse trecho é, inclusive, como uma pequena versão dos Estados Unidos, país que mais manda turistas para a ilha – está explicada a quantidade de redes de fast-food e de shoppings.

Eagle Beach: a praia mais linda

Por mais de uma vez, Eagle Beach foi considerada entre as praias mais lindas do mundo. Maior e mais famosa de Aruba, a enseada é aquele tipo de lugar que traduz o Caribe do imaginário coletivo, onde o mar é quase uma constelação de coloração azul-turquesa.

É ali que estão duas das árvores fofoti, também conhecidas como divi-divi, cujo formato retorcido foi forjado pela ação dos ventos constantes.

A selfie junto a elas é disputada, e a postagem nas redes sociais pode ser imediata graças ao Wi-Fi gratuito disponível para todos os visitantes.

Tão impactante quanto as enseadas são os entardeceres. Na praia de Arashi, a 10 minutos de carro de Eagle Beach, vi um dos pores do sol mais lindos da vida, daqueles que não vou esquecer jamais.

Parecia uma pintura de Monet, e ficou ainda mais lindo com o vaivém das velas dos barcos, que cortavam os raios de sol refletidos no mar.

praia de arashi, em Aruba
Pôr do sol na praia de Arashi é um dos mais belos da ilha (Foto: Tarcila Ferro)

Passeios em Aruba: snorkel e naufrágio

Com um mar cenográfico, os passeios de catamarã são parte importante de qualquer programação. Os tours partem dos píeres de Palm Beach, e empresas como a Pelican Adventures oferecem diversos tipos de roteiro, de navegação ao pôr do sol com champanhe até escunas com som alto, dança e drinques à vontade.

Snorkel no Caribe
Snorkel (foto: David Troeger/divulgação)

Fechei com a segunda opção: um passeio de duas horas com direito a snorkelling no arrecife de Boca Catalina, pequena baía isolada na praia de Malmok, e um segundo mergulho para ver o navio alemão Antilla, naufragado durante a Segunda Guerra Mundial.

Mesmo usando apenas máscara e snorkel é possível ver a embarcação no fundo – de forma embaçada, é preciso confessar.

Mas nada comparado a quem vai até ele com cilindro e vislumbra toda a vida marinha que nasceu ali ao longo das décadas. O passeio custa US$ 59 por pessoa. Vem ver o preço de mais passeio em Aruba.

Tour de quadriclo pela ilha

Tão surpreendente como o mar em Aruba é o seu viés árido. Para conhecer esse lado da ilha, reserve um dia inteirinho – vai por mim, você não vai se arrepender.

Nessa hora, quem não estiver de carro deve recorrer às agências locais que realizam passeios de jipes ou quadriciclos.

Acorde cedo e comece pela pitoresca Capela Alto Vista, a primeira igreja católica romana da ilha, construída em 1750 e reconstruída em 1953.

É pequena, isolada e rodeadas por cactos de um lado e terra batida e vegetação rasteira de outro. E, como o nome diz, a vista do alto é realmente linda.

Capela de Aruba
A capela é um dos pontos de parada dos passeios de jipe (foto: Tarcila Ferro)

De lá, é fácil chegar até as ruínas das Minas de Bushiribana, um forte que processava o ouro das colinas próximas no século 19. Não há muito para ver, além do esqueleto do que as minas já foram um dia, mas não perca a chance de tirar fotos das janelas de pedra enquadrando o mar.

Perto dali, Boca Mahos é um stop providencial: paredões rochosos represam o mar bravo, formando uma pequena e plácida lagoa, onde você pode nadar com peixinhos que adoram mordiscar nossos pés.

Os tours também são um bom jeito de conhecer as famosas pontes naturais de Aruba. Ao longo do tempo, a força da água e do vento foi esculpindo as rochas em formato de arcos.

Pontes-Aruba
As pontes naturais são um dos símbolos de Aruba (Foto: Tarcila Ferro).

A maior das pontes, símbolo de Aruba, desabou em 2005, mas há outra menor, Baby Bridge, que é cenário disputado para fotos entre os turistas. Ali, placas sinalizam sobre o risco de caminhar em cima da ponte, mas o aviso parece não existir para muitos turistas.

Parque Arikok: surpresa no Caribe

Os passeios citados podem ser feitos pela manhã, e o período da tarde fica reservado para o Parque Arikok. É um dos lugares mais incríveis da ilha, soma 36 km² e cobre 20% do território de Aruba.

Automóveis de passeio circulam bem por ali, mas não há acesso para as piscinas naturais que ficam dentro do parque. Apenas quem estiver em um veículo 4×4 ou a cavalo consegue chegar.

Praia Boca-Prins
A praia de Boca Prins revela o lado mais selvagem de Aruba (foto: Tarcila Ferro)

Passeio de bicicleta e trekking são outras formas de explorar a área. Além disso, o parque tem um centro de visitantes bem estruturado e um centro eólico (ingresso: US$ 11 por pessoa).

Aliás, é preciso ter em mente que o Arikok é um lugar de praias selvagens, a exemplo de Boca Prins, ladeada por costões rochosos, e Dos Playa. Ou seja,  ambas contam com faixas de areia fina e branca, mas os banhos não são indicados por conta do mar tempestuoso e das pedras.

Na época de reprodução das tartarugas, alguns trechos ficam com acesso restrito.

Cavernas no Parque Arikok

Ao Sul de Boca Prins, a caverna Fontein empolga com um amplo salão natural forrado de estalactites, estalagmites e inscrições rupestres feitas por índios arawak há cerca de mil anos.

Guias ficam na entrada para acompanhar os visitantes, sem custo adicional (mas gorjetas são muito bem-vindas).

Já a mais fotogênica das cavernas é a Guadirikiri, acessada por uma estradinha vicinal. É preciso subir um lance de escadas e entrar por um corredor de teto baixo até atingir as áreas principais.

A luz natural entra por erosões no teto, o que conferindo uma aura quase mágica ao lugar.

cavernas em Aruba
Caverna Guadirikiri (foto: Tarcila Ferro).

A caverna termina em um portão; a partir dali, morcegos vivem em paz e não querem ser incomodados por turistas xeretas.

Motorizados com 4×4 conseguem vencer o terreno acidentado e chegar até Conchi, a piscina natural formada por uma depressão em uma rocha vulcânica. Nada como um mergulho para se recuperar dos solavancos.

Farol Califórnia: passeio obrigatório

De quebra, o Farol Califórnia é ali do lado e também reserva suspiros nos finais de tarde, especialmente por contada sua vista em 360 graus. Seu topo é alcançado depois dos 117 degraus de uma escadaria circular e estreita (ingresso:US$ 5). Lá em cima, tire o chapéu e segure o vestido, porque o vento não perdoa.

Um dos ícones da ilha, esse farol de pedra foi batizado em homenagem ao navio SS Califórnia, naufragado na costa de Aruba em 1910.

Quem desejar prolongar o tempo por ali, pode reservar uma mesa no restaurante italiano Faro Blanco. Nada melhor que escolher uma mesa externa com vista para as ondas quebrando nas pedras.

San Nicolas: arte nas ruas

Durante muito tempo, o único motivo para o viajante ir para o Sul da ilha era aproveitar o dia na plácida Baby Beach, distante 45 minutos de carro de Palm Beach. Mas, o cenário começou a mudar há poucos anos, quando o abandonado bairro de San Nicolas virou um espaço fervilhante de street art.

Nos anos 1980 e 1990, refinarias chegaram a Aruba, interessadas em extrair o petróleo que jorrava por ali. San Nicolas ganhou vida com o movimento de estrangeiros e trabalhadores vindos de toda a ilha.

Assim, com o declínio da atividade no país, porém, o bairro foi à deriva. Assim, o vento de mudança começou a soprar em 2016, quando o empresário Tito Bolivar viu em construções e muros abandonados um espaço fértil para criar um corredor de arte.

Chamou artistas de diversas parte do mundo para se revezarem na criação dos temas, tamanhos e propostas de cada mural.

Arte em San Nicolas
San Nicolas (foto: Tarcila Ferro)

Seis anos depois, os quarteirões do bairro contam com 50 obras, e Tito organiza um walking tour de duas horas para mostrá-las (US$ 30).

Entre um mural e outro, estique até o Charlie’s Bar, um clássico local aberto há 80 anos, com decoração apinhada de itens retirados do fundo do mar começou. É um lugar gostoso para petiscar e tomar uma cerveja Balashi, produzida na ilha.

Baby Beach, beleza escondida

E a ida a San Nicolas não fica completa sem reservar boas horas para aproveitar Baby Beach.

Seu formato de meia-lua cria uma lagoa calma e deliciosa para banho, motivo de ser considerada uma das melhores enseadas para crianças. Leve petiscos ou belisque algo por ali, no restaurante gracinha Big Mama’s Grill.

Afastados da orla, há excelentes pontos para mergulho, e quiosques na praia se encarregam de oferecer equipamentos, além de espreguiçadeiras e guarda-sóis para aluguel.

Mangel Halto e outras descobertas

Quando estiver voltando, pare para conhecer Mangel Halto e sua vegetação de mangue. O deque de madeira com escada que chega próximo à água azul virou a foto desejo das redes sociais.

A avenida principal, Lloyd G. Smith Boulevard, é cheia de vitrines grifadas, além de ótimas lojas para pechinchar perfumes, joias, roupas, eletrônicos, bebidas, queijos holandeses e charutos cubanos, com impostos bem baixos.

Ou seja, ainda há shopping centers, como o luxuoso Renaissance Mall, o Renaissance Market Place e o Royal Plaza.

Na parte cultural, o Forte Zoutman figura como o edifício mais antigo do país, construído em 1798 para proteger a ilha dos piratas e hoje convertido em museu histórico.

Vale espiar também a Torre Willem III, bem pertinho, que servia como farol e torre do relógio.

Gastronomia: do mar à terra

Os sobressaltos que marcaram a história de Aruba, com a passagem dos espanhóis, ingleses e escravos africanos até o estabelecimento definitivo dos holandeses, temperam a gastronomia típica. A grande especialidade é o keshi yena – carne de frango ou vaca temperada e envolta por uma farta camada de queijo holandês.

Especialidade de Aruba
Keshi Yena (foto: divulgação)

Já o peixe crioulo (pisca hasa crioyo) é preparado com molho de tomate, cebola, pimentão e alho, podendo ser servido com o pão típico pan batiou a polenta funchi, por exemplo. Além disso, ensopados (stoba) de carne, cabrito e mariscos também são bastante tradicionais.

O que comer em Aruba

De entrada, ou mesmo no café da manhã, é comum pedir pastechi (frito e recheado como o nosso pastel), kroket ou frekkedel (bolinho de peixe). Algumas dessas receitas podem ser provadas no The Old Cunucu House, com 30 anos de tradição.

Para um jantar a dois, o Passions on the Beach, restaurante do hotel Amsterdam Manor, serve principalmente peixes e frutos do mar frescos em mesas espalhadas pela areia, à luz de tochas.

Até chef tarimbado, que já cozinhou para o papa João Paulo II, abriu casa em Aruba: Vittorio Muscariello é o responsável pela Hostaria Da’ Vittorio, onde trabalha com ingredientes vindos diretamente da Itália em um forno à lenha, feito com pedras do vulcão Vesúvio, perto de Nápoles.

A fachada tipicamente arubiana esconde um pequeno pedaço da Itália, com receitas elaboradas à semelhança das originais.

Aliás, para driblar o calor deliciosamente constante da ilha, o drinque típico é o Aruba Ariba.

A bebida é feita à base de Coecoei (licor local de agave e rum), vodca, rum, creme de banana e sucos de laranja, abacaxi e cranberry, finalizado com licor Grand Marnier. É refrescante, diverso e gostoso, assim como tudo em Aruba!

Oranjestad: a capital da ilha

Quem chega a Aruba em um cruzeiro tem como primeira impressão da ilha a capital, Oranjestad.

Cidade portuária que preserva ainda os traços e contornos da arquitetura holandesa, como as construções estreitas e coloridas em formatos curiosos, a capital funciona como um centro agitado de lazer e compras (a quantidade de joalherias chama a atenção).

Capital da ilha
Oranjestad (foto: shutterstock)

Distante apenas três quilômetros do aeroporto internacional e dez quilômetros de Palm Beach, é um passeio superfácil de encaixar no roteiro.

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