1. Praça Dam
O coração histórico de Amsterdã guarda o Monumento Nacional, um obelisco que serve de memorial da Segunda Guerra. Por ali ficam também a filial holandesa do museu de cera Madame Tussauds, a loja de departamentos Bijenkorf, com seis andares, e a Nieuwe Kerk, igreja desativada que agora sedia exposições. O epicentro da praça é o Palácio Real (€ 10), erguido no século 17 como prefeitura. Hoje é um dos três palácios da Holanda a sediar eventos oficiais da família real. Alguns aposentos abrem para visitação pública.
2. Museumplein
Os principais museus de Amsterdã se concentram ao redor da Museumpleim, uma grande praça gramada onde também está o famoso e instagramadíssimo letreiro I Amsterdam (desafio da viagem: conseguir uma foto só sua em frente a ele). O grande destaque aqui é o Rijksmuseum, museu nacional dedicado à arte do país que passou por uma bela repaginada, mantendo a austeridade de seu prédio-castelo. São 8 mil obras divididas em salas cronológicas desde a Idade Média, com foco sobretudo no século 17, a chamada Era de Ouro da pintura holandesa. Há trabalhos
de Vermeer, Jan Steen e Frans Hals – a peça mais importante é A Ronda Noturna, de Rembrandt. Também há esculturas, itens arqueológicos e artefatos que remetem à história marítima da Holanda – espere ver referências ao Nordeste brasileiro por lá.
Em outra ponta da praça, é a vez de mais um artista de peso brilhar no Museu Van Gogh (€ 18). O acervo em homenagem ao famoso pintor holandês tem pinturas, desenhos e cartas escritas por ele. Entre as obras-primas, estão as telas Os Comedores de Batatas e Girassóis. A loja de suvenir, de quebra, têm várias peças bacanas e criativas inspiradas em Van Gogh. Logo ao lado, ainda na Museumplein, o Stedelijk (€ 17,50) é o museu de arte moderna e contemporânea da cidade, com fachada futurista e acervo de Matisse, Mondrian, Kandinsky, Picasso, Monet…
3. Outros museus fora da Museumplein
Quem quiser mergulhar ainda mais fundo na vida e na obra de Rembrandt pode conhecer a casa em que ele morou e trabalhou, hoje museu que recria cômodos do século 17 e expõe trabalhos artísticos (€ 13). Outro destaque é a filial do museu Hermitage, que, em um casarão do século 17 à beira do Rio Amstel, expõe peças selecionadas do acervo da matriz russa, como pinturas e esculturas (€ 25). No campo das ciências, faz bonito, já por fora, o Nemo é um ótimo e divertido museu para crianças, que podem interagir com experimentos e tecnologias didáticas (€ 16,50).
4. Museus de história local
Amsterdã é uma cidade curiosa em todos os sentidos, incluindo sua engenhosa rede de canais construída há 400 anos. Para conhecer essa história, o Grachtenhuis (€ 15) é um pequeno e gracioso museu multimídia que ocupa os cômodos de uma autêntica casa burguesa do século 17, à beira de um dos canais principais. Em cada uma das salas, há algo para ser explorado, como a grande maquete de uma tradicional casa amsterdanesa, os projetos da construção dos canais e o passo a passo de toda a obra. Maior em acervo e também com apelo interativo, o Museu Histórico de Amsterdã (€ 13,50) funciona em um prédio de tijolos vermelhos que já foi convento e orfanato. Hoje reúne telas, estátuas, artefatos navais e cartografia para ilustrar a história da cidade.
5. Casa de Anne Frank
Um dos mais importantes sítios do Holocausto preserva os corredores estreitos e os cômodos claustrofóbicos do anexo onde Anne Frank e sua família se esconderam por dois anos na década de 1940 – e onde ela escreveu o diário que se tornaria um dos mais importantes títulos da literatura mundial. A atração é disputada: ingressos só podem ser adquiridos on-line, com hora marcada para a visita. Compre o mais breve possível – a venda é liberada
com antecedência de dois meses. Uma pequena parte dos ingressos é disponibilizada pela internet no próprio dia. Saiba mais no site (€ 10).
6. Coffeeshops
Não é lenda: os cafés para fumar maconha realmente existem e são muito populares nos roteiros turísticos. Tanto é que a cidade não aderiu à lei que proíbe o uso da cannabis por não moradores, como outras cidades holandesas fizeram. Logo, não há mal nenhum em visitá-los, o erro é achar que Amsterdã se resume a isso ou então desrespeitar algumas regrinhas básicas, como ser maior de 18 anos, limitar a quantidade a cinco gramas por dia, não fumar perto de escolas. Uma vez dentro de um coffeeshop (que por lei não pode fazer nenhuma propaganda do lado de fora nem vender álcool), você pode escolher entre as muitas opções do “cardápio” exposto nas paredes, que variam em potência e país de origem – é melhor pedir ajuda ao atendente. Ainda que não sejam os melhores, há uma porção de coffeeshops na região do Red Light District, outra lenda real da Amsterdã, com prostíbulos que se enfileiram na rua e exibem mulheres em vitrines (fotografar, jamais!).
7. De Pijp
Equivalentes aos pubs ingleses, os bruine cafés têm pinta de bares antigões, escuros, apertados, daqueles em que você pega a cerveja direto no balcão – uma verdadeira instituição holandesa. Os mais populares se concentram no bairro De Pijp, que já foi uma região degradada e hoje é um reduto bacaninha. Eles se enfileiram por uma rua onde só passam pedestres, como o tradicional Café Krull e o moderninho Her Paardje. O bairro abriga também o mercado a céu aberto o Albert Cuyp Market, que abre todo dia, menos domingo, e é um excelente local para provar clássicos holandeses, como os biscoitos stroopwafels e o arenque cru. Mas a atração mais turística do bairro é mesmo a Heineken Experience (€ 18), antiga fábrica que a marca de cerveja transformou em museu interativo para contar sua história, mostrando a produção passo a passo, inclusive com um simulador 4-D (em que você se sente a própria cerveja). No final, vem a degustação.
8. Passeio de bike
Apesar de ser totalmente bike-friendly, Amsterdã não tem um sistema de aluguel de bicicletas com várias estações, como em Paris ou Nova York, por exemplo. Mas é possível alugar com empresas especializadas, como a Macbike (a partir de € 5/hora), que oferece também passeios guiados e temáticos pela cidade. Vai bem tomar cuidado ao pedalar, porque ao ciclista de primeira viagem pode causar confusão o emaranhado de gente, bike e bonde – apesar de haver ciclovia em boa parte das ruas. Dá para passear sem medo pelo Vondelpark, a área verde queridinha dos locais. Aproveite para circular também pelas chamadas Nove Ruas, um conjunto de ruelas charmosinhas no bairro Jordaan, cheias de lojas e restaurantes.
9. Passeio pelos canais
Os barcos são ótimos meios para conhecer a cidade. Afinal, são mais de cem quilômetros de canais concêntricos, parte de um engenhoso sistema do século 17 que ainda envolve diques e moinhos de vento para conter o avanço da água (Amsterdã está quatro metros abaixo do nível do mar). Explore as possibilidades dos barcos tipo hop-on-hop-off (suba e desça quantas vezes quiser dentro edGede um prazo limitado) ou dos passeios de uma hora de empresas como Stromma ( a partir de € 15), Blue Boat (a partir de € 16) e Lovers (a partir de € 13), com píeres espalhados pelos canais. Alguns roteiros podem incluir jantar à la carte, pizza, hambúrguer – ou ainda ser feitos em pedalinhos.
10. Noord
Uma balsa gratuita saindo da Estação Central leva rapidinho à zona norte (Noord) da cidade, que vem se revitalizando e atraindo o público sobretudo aos arredores da A’Dam Toren, antiga sede da Shell, com 22 andares (portanto, um arranha-céu para os padrões holandeses). Desde 2016, abriga hotel, escritórios, mirante, restaurantes (incluindo um giratório no topo), casa noturna, bares e o radical Over the Edge, balanço mais alto da Europa, na beiradinha do prédio. Outra atração para conferir na área é o Eye Filmmuseum, com exibições relacionadas a cinema e programação de filmes em um prédio todo moderninho.
Bate-volta pelos arredores
1. Zaanse schans
Aquele típico retrato holandês, com moinhos de vento, vacas pastando, fábricas de queijos e de tamancos, casas de fachadão reto e janelões, passeio de barco e aluguel de bike: essa é Zaanse Schans, a dez quilômetros de Amsterdã, que reproduz uma vila antiga, como se fosse uma espécie de museu a céu aberto. Para chegar, há trens e ônibus desde a estação central.
2. Keukenhof
O maior jardim do mundo, a 40 quilômetros de Amsterdã, funciona todo ano, apenas de março a maio, com mais de 7 milhões de tulipas, narcisos, lírios e jacintos. A cada ano, um tema inspira a decoração do jardim e a configuração dos canteiros. Em 2019, será “flower power”. Saiba mais no site, € 18
3. Fábrica de queijos
Assim como pela cerveja, a Holanda é famosa também por causa dos queijos, principalmente o gouda. É possível visitar fazendas produtoras, como a Henri Willig, que tem quatro propriedades nos arredores de Amsterdã. O tour gratuito e sem necessidade de agendamento apresenta a produção do queijo e também dos clássicos tamancos clogs, feitos de madeira desde, pelo menos, o século 13 e usados até hoje no campo. No final do tour, esbalde-se na deliciosa loja de queijos, chocolates, mostardas, vinhos e stroopwafels.