Com passagens aéreas, transfers e cruzeiro incluídos, pacote da MSC leva para conhecer o Caribe Sul e as Antilhas a bordo do navio Seaside, saindo da ilha de Martinica.
Quem me conhece sabe que cruzeiro é o meu estilo de viagem preferido: me encanta conhecer vários países em uma só viagem e ter a oportunidade de fazer uma imersão na cultura de cada povo, aproveitando toda a comodidade oferecida a bordo de um navio.
Mesmo sendo um tipo de viagem relativamente fácil, programar tudo direitinho é o ponto de partida para qualquer cruzeirista, independentemente do nível de conhecimento e familiaridade com o negócio.
Mas, desta vez, não precisei me preocupar com questões de logística. Meu destino foi uma viagem de sete dias pelo Caribe Sul e Antilhas a bordo do MSC Seaside. E, se você quer saber o motivo da minha preocupação zero, explico: esse roteiro, também conhecido como Caribe Sem Visto, é vendido em pacotes completos com aéreo, transfer e cruzeiro, tudo junto.
Lembre-se: viagem internacional pede seguro viagem!
E, para facilitar ainda mais, ao contrário da maioria dos itinerários caribenhos, que saem dos Estados Unidos, esse não existe visto americano. Isso porque o embarque ocorre na ilha de Martinica, aonde os cruzeiristas chegam do Brasil em voo direto da Gol, incluído no pacote.
Assim, logo no check-in em Guarulhos, a mala já é etiquetada e segue para o serviço de transporte até o navio no porto de embarque. A mesma coisa acontece na volta, quando o avião faz uma escala rápida, de menos de 50 minutos, em Manaus.
Roteiro
O roteiro de uma semana teve cinco paradas: Guadalupe, Antígua e Barbuda, St. Maarten, Barbados e Dominica. Dependendo da data de saída, outras ilhas também podem fazer parte do itinerário, como St. Kitts, Granada, St. Vincent, Trinidad e St. Lucia.
O embarque no navio em Fort-de-France, capital de Martinica, acontece praticamente durante todo o dia, com a partida programada para o final da tarde.
Primeira parada: Guadalupe
A ilha de Guadalupe, da qual Pointe-à-Pitre é a principal cidade, é um território ultramarino francês. Ela era chamada de Karukera – “a ilha das belas águas” – pelos povos originários que ali viviam antes da tomada dos espanhóis, que a rebatizaram em homenagem à imagem da Virgem Maria.
Desde a chegada dos europeus ao Caribe, o território já esteve sob domínio britânico e sueco, sendo oficialmente controlado pela França desde 1816.
Hoje, Guadalupe tem no turismo a sua principal fonte de receita. Durante a parada do MSC Seaside, há diversas opções de passeios. Você pode visitar um dos mercados ao ar livre de Pointe-à-Pitre ou o Museu Saint-John Perse, dedicado ao escritor que lhe dá nome, nascido na cidade e ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1960.
Em Guadalupe, também é possível fazer mergulhos de snorkel ou passar o dia em um dos diversos beach clubs espalhados por toda a ilha. Outra excelente opção é fazer um city tour para conhecer um pouquinho de cada lugar.
Assim, passei pela Cascade aux Ecrevisses, uma das cachoeiras mais populares da ilha e que sempre está cheia, e pelo Jardin de Valombreuse, que abriga diversas espécies nativas da ilha.
Segunda parada: Antígua e Barbuda
Ex-colônia britânica, o país, formado pelas duas ilhas maiores que lhe dão nome e por uma série de outras menores, tem St. John como capital, onde o visitante encontra museus históricos e artísticos, além de destilarias de bebidas.
Dizem que o arquipélago soma 365 praias, uma para cada dia do ano, e, embora eu não tenha acreditado muito, foi em uma delas que resolvi passar a manhã.
Tive o combo completo: areia branquinha, águas cristalinas e uma boa espreguiçadeira, alugada por US$ 25. Passeios também são pagos à parte: o jet-ski, por exemplo, sai por US$ 65, já as saídas para ver as tartarugas marinhas, US$ 40.
Na ilha ainda é possível conhecer a Catedral de São João, que, em 1683, era apenas uma pequena capela de madeira e o Old Fort James, construído pelos britânicos no século 17 para proteger a cidade dos invasores. Hoje em dia, os visitantes passeiam em meio a canhões e armas da época.
Terceira parada: St. Maarten
Esta foi, sem dúvida, a minha ilha queridinha da viagem. St. Maarten – ou St. Martin – é um dos destinos mais populares do Caribe e tem como curiosidade o fato de ser uma ilha dividida entre o lado holandês e o francês.
Chegando ao porto, você estará no lado holandês da ilha, conhecido pelas compras, galerias de arte, fortalezas e cassinos. Já o lado francês é um pouco mais isolado e é famoso por sua culinária e lojas de luxo.
Em qualquer parte, há belas praias. A mais famosa é Maho, ao lado do aeroporto, em que os aviões pousam praticamente na areia. Com areia branquinha e mar azul turquesa, ela fica lotada de gente que vem ver, a menos de 20 metros da pista, aeronaves pequenas e grandes dando rasantes sobre suas cabeças.
O ponto é tão turístico que tudo por ali gira em torno dos pousos e das decolagens. Bares e todo o comércio local estão voltados para a pista do aeroporto, como o Sunset Bar & Grill, o restaurante mais famoso de Maho Beach e o preferido para quem quer passar horas vendo os aviões, cujos horários de pouso e decolagem podem ser consultados em uma prancha de surfe.
O enorme deque, com mesas voltadas para a praia e sempre lotado, é o mais concorrido não só pela localização, mas pelo serviço, que é excelente.
Agora, se o seu foco é fazer compras, não deixe de visitar as lojas da Front Street, em Phillipsburg, localizadas bem perto do porto e com bastante coisa legal.
Quarta parada: Barbados
Esta ilha caribenha ganhou fama como terra natal da cantora Rihanna, mas também é muito conhecida pela produção de cana-de-açúcar, que alimenta fábricas de rum como a da Mount Gay, fundada em 1703 e aberta para visitação em tours com degustação.
Optei por curtir um pouco do mar caribenho em Pebbles Beach, a pouco mais de 20 minutos de caminhada do porto, que fica na capital Bridgetown.
Durante o trajeto, que corta o centro da cidade, avistei prédios históricos e comércios locais, além de acompanhar de perto um pouco do dia a dia do povo de Barbados. Outras sugestões de praias são Dover, Bathsheba e Crane, com areia em tom rosa.
Para quem curte aventura, visitar a caverna Harrison’s Cave pode ser uma excelente opção. Já para quem gosta de esportes, um passeio interessante é o Kensington Oval, estádio onde acontecem partidas de críquete, modalidade superpopular em Barbados.
Quinta parada: Dominica
Roseau é a maior cidade e capital da ilha de Dominica, que, originalmente habitada pelo povo kalina, passou pelas mãos dos franceses, que deixaram grande influência na arquitetura durante séculos 16 e 17, antes de os britânicos se instalarem em definitivo. Desde 1978, Dominica é um país independente.
Com o mar de um lado e grandes montanhas do outro, Dominica tem clima de floresta tropical, perfeito para atividades ao ar livre. Localizada no centro de Rouseau, a região do porto é bem movimentada.
Por ali, minha sugestão é visitar o French Quarter, onde ficam prédios históricos, como a catedral, além de lojas e restaurantes bem movimentados. A poucos minutos caminhando, é possível visitar o pequeno Museu Nacional de Dominica e o Mercado Velho de Roseau, antigo centro de comércio de africanos escravizados durante a época colonial.
Fui conhecer também a Jacko Falls, uma das cachoeiras mais bonitas de Dominica, onde a queda d’água forma uma deliciosa piscina cristalina de temperatura agradável. Depois, segui para uma espécie de boia cross, que é a descida do rio feita sobre boias. Mas, vale saber, com o nível da água baixo como estava, a chance de encalhar é maior do que a adrenalina.
Para quem quer praia, uma boa recomendação é Champagne Beach, a menos de cinco quilômetros de Roseau – ela é conhecida pelas bolhas que saem debaixo d’água e que dizem fazer até cócegas nos banhistas (daí também o nome).
A próxima temporada do roteiro Caribe Sem Visto tem previsão de início em novembro de 2023 e deve se estender até abril de 2024. Acesse o site da MSC para conferir mais informações.
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