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O que fazer em Braga, Portugal

Braga comemora mais de 2 mil anos de idade, atraindo fiéis e turistas em seu Santuário do Bom Jesus.

Braga, Portugal. (Foto: divulgação)

Há um ditado em Portugal que diz que Porto é para trabalhar; Braga, rezar; Coimbra, estudar; e Lisboa, comprar. Não que em Braga você não vá se divertir, trabalhar ou estudar, vai sim e muito, mas rezar é algo quase automático na cidade. O motivo é óbvio: Bragatem um patrimônio religioso tão grande que ganhou o título de Roma portuguesa.

Vista aérea da Catedral de Bom Jesus do Monte em Braga, Portugal. (Foto: shutterstock)

São mais de 30 igrejas e uma catedral, muitas reunidas no gostoso centro histórico que pega fogo no período das festas cristãs, em especial na Semana Santa e São João. Fora isso, Braga é a cidade mais antiga do país, com 2 mil anos, então imagina a quantidade de museus e pontos históricos para visitar. Quando foi fundada pelos romanos, entre 300 e 400 a.C., chamava-se Bracara Augusta.

Desse tempo, restaram apenas as termas, a Fonte do Ídolo e alguns sítios arqueológicos, como o que fica anexo ao restaurante Brac. Parei ali para comer achando que a grande sensação do almoço seria alguma delícia portuguesa servida junto com vinho verde.

Mal sabia que ele está conectado a uma antiga terma romana aberta ao público. Os clientes têm acesso pelo próprio restaurante e caminham por passarelas construídas sobre as ruínas. No mais, o Brac tem estilo moderninho, bar animado e um bufê de almoço honestíssimo.

O que fazer em Braga

As calorias da refeição podem ser gastas no centrinho de Braga, onde começa a peregrinação de entra e sai pelas igrejas. A primeira delas é a Sé de Braga, a mais antiga do país (século 11), erguida pelos pais do primeiro rei de Portugal, D. Henrique e D. Teresa (seus túmulos estão na capela D. Lourenço Vicente, adjacente à Catedral).

Sé da Braga (foto: shutterstock)

A apresenta duas torres na fachada e três naves. Ao longo dos séculos, passou por uma série de mudanças, inclusive de estilo, ganhando detalhes góticos e barrocos – foi quando abriram janelas, mudaram os altares, cobriram as paredes de pinturas e encheram a catedral de ouro vindo do Brasil.

Ao lado, com acesso a partir do claustro, o Tesouro da Sé reúne peças de arte sacra recolhidas ao longo de mil anos de trajetória cristã na cidade.

Saindo dali, nada melhor do que xeretar as dezenas de lojinhas que vendem artigos religiosos, terços, imagens de santos, relicários e livros.

A andança segue rumo à Praça da República. Os jardins floridos e a fonte luminosa criam um conjunto bonito junto à Igreja da Lapa e a Arcada, edifício do século 16 com 18 arcos que é bem simbólica nesse pedaço, tanto que muitos chamam a praça de Largo da Arcada. Escolha uma mesinha no Café Vianna ou no Astória, dois cafezinhos centenários, e aproveite o clima tranquilo do lugar.

Igreja da Lapa na Praça da República. (Foto: shutterstock)

Espiando a paisagem ao redor da praça, uma torre de granito desponta solitária – trata-se da única estrutura que restou do Castelo de Braga. Com 30 metros de altura, foi uma das cinco torres que serviam para vigiar a cidade.

Aproveite e estique até o Jardim de Santa Bárbara. No verão e na primavera, o espaço se enche de flor e traz cor em meio a tantas construções de pedra. Ele faz parte do antigo Paço Episcopal de Braga. Uma fonte com a estátua de Santa Bárbara reluz no meio do jardim.

Jardim de Santa Bárbara, em Braga (foto: shutterstock)

Segundo a tradição católica, a santa foi castigada pelo próprio pai, que não gostou que a filha tivesse professado a religião cristã. Depois de torturá-la para evitar que se convertesse, degolou a jovem com as próprias mãos.

Descendo a Avenida da Liberdade, o prédio pomposo do Theatro Circo chama a atenção. Vale a pena conferir se não há apresentação durante sua estada em Braga para conhecer esse belo espaço. Outro lugar lindo e cheio de história é o Palácio do Raio, que fica logo em frente à Fonte do Ídolo (relíquia da época romana que permanece intacta).

A fachada azul forrada de azulejos anuncia que o Palácio virou museu. O interior é belíssimo e repleto de elementos que exaltam o barroco e o estilo rococó. A visita mostra como o casarão desempenhou diferentes funções, uma delas a de hospital.

Muitos utensílios da antiga casa de saúde e de arte sacra estão expostos. É uma boa maneira também para conhecer dois importantes arquitetos bracaenses: André Soares e Carlos Amarante. O projeto do palácio é assinado por André Soares.

Santuário Bom Jesus de Braga

O cartão-postal de Braga fica em uma bela colina nas imediações da cidade. Ao chegar aos pés da famosa escadaria, o visitante pode optar por subir andando, de funicular (curiosamente, foi o primeiro a ser instalado em Portugal, em meados do século 19) ou continuar de carro até a igreja. Inclusive, se a sua ideia é explorar a região por inteiro, o ideal é fazer o aluguel de carro e aproveitar do seu jeito!

Santuário Bom Jesus da Braga (foto: shutterstock)

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A escadaria barrocaque leva ao topo é formada por 17 patamares decorados com várias imagens bíblicas que relembram a Via Sacra. Ao chegar ao alto, o mirante para a cidade apresenta vistas deslumbrantes. Além da Igreja (com interior amplo e sóbrio) e do Museu da Confraria (com arte sacra), o topo da colina é tomado por bons hotéis e restaurantes.

Tanto a igreja como a escadaria foram a inspiração para a construção do Santuário Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, Minas Gerais.

Onde se hospedar em Braga

Ficar hospedado em uma pousada é uma das experiências mais autênticas durante uma viagem a Portugal. Tive um gostinho e tanto na Pousada Mosteiro Amares, do Grupo Pestana, distante 18 quilômetros de Braga e bem próximo ao parque Peneda-Gerês.

Pousada Mosteiro Amares. (Foto: reprodução Booking)

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Antigo mosteiro do século 12, o edifício foi restaurado pelo premiado arquiteto Eduardo Souto de Moura (o mesmo do estádio de futebol). O prédio foi alterado para a nova função, mas pouco mudou da estrutura original que está em pé há mais de seis séculos.

As acomodações dos monges foram repaginadas em 32 amplos quartos, a grande lareira no centro do mosteiro virou uma deliciosa sala de leitura, outros ambientes ganharam sofás, tapetes e quadros e se tornaram saletas cheias de estilo.

A antiga cozinha é hoje o restaurante. Foi ali que saboreei um polvo à lagareiro divino, acompanhado de vinho verde. As antigas fornalhas para preparar os alimentos ganharam a função de lareiras e deixam o restaurante quentinho até mesmo nas noites mais frias.

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