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Todos os detalhes do passeio de trem Curitiba Morretes

Como é o passeio de trem Curitiba Morretes, que percorre trechos da Serra do Mar ao longo de 3 horas. O trajeto com diversos túneis e pontes é tido como um dos mais belos do mundo.

O passeio de trem Curitiba Morretes é o segundo atrativo mais procurado no Estado do Paraná, perdendo apenas para as Cataratas do Iguaçu.

Ferrovia Curitiba-Paranaguá
Trecho da Ferrovia histórica Curitiba-Paranaguá (foto: divulgação)

O tour é feito pela ferrovia histórica Curitiba-Paranaguá e o trajeto liga a capital paranaense à cidade de Morretes. O trecho inverso também é realizado.

O passeio é aquele tipo de experiência marcante, exatamente pela beleza de todo o trajeto.

O visual que passa pela janelinha do trem é orquestrado pela Mata Atlântica e revela trechos de natureza intocada, com cânions forrados de verde, desfiladeiros, rios, paredões rochosos e cachoeiras robustas.

Assim, toda essa beleza pode ser contemplada graças à Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá. A obra pioneira impressiona ao colecionar 110 quilômetros de trilhos, 41 pontes e 13 túneis (o maior deles tem 457 metros de extensão).

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Vista do vagão Guardiões do Marumbi (foto: Tarcila Ferro)

Como é o passeio de trem Curitiba  Morretes

O trem faz dois roteiros. Pela manhã, a saída é do Terminal Ferroviário de Curitiba, rumo à cidade de Morretes. O retorno para a capital é no período da tarde.

Nas duas situações, a viagem leva cerca de quatro horas e os passageiros realizam apenas a ida ou a volta de trem; o outro trecho é feito de van.

Há diversas opções no site da Serra Verde Express, única companhia que detém a concessão da ferrovia para fazer o passeio de trem  Curitiba Morretes. 

Optei pelo passeio Pacote Pôr do Sol Completo, incluindo o traslado de carro até Morretes (almoço na cidade e a viagem de trem de volta a R$ 338 por pessoa).

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Trem Curitiba Morretes
O passeio de trem Curitiba Morretes têm saídas de Curitiba e de Morretes ( foto: divulgação)

Morretes é uma cidadezinha histórica que fica a 68 quilômetros da capital paranaense. O caminho até lá segue pela pitoresca Estrada da Serra da Graciosa.

Antigamente usada por tropeiros (trabalhadores que conduziam o gado por longas distâncias), a rota conserva trechos do calçamento de paralelepípedo. Curvas sinuosas, canteiros floridos e belas montanhas completam o visual.

A Estrada da Graciosa foi declarada pela Unesco como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

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Uma das paradas durante o passeio de trem Curitiva a Morretes é no Parque Temático Hisgeopar (passeio opcional, com ingresso a R$ 30).

É um espaço com maquete animada que conta a história do Paraná, com destaque para a geografia, os ciclos de produção da região e a construção da rodovia.

Onde comer em Morretes

A chegada em Morretes é próximo ao meio-dia, hora em que os restaurantes já estão a mil. O barreado, o prato típico do Paraná, é servido em todos os restaurantes. Experimentá-lo é quase uma obrigação!

Jantar em Curitiba, Paraná
Barreado do restaurante Nhundiaquara (foto: Tarcila Ferro)

A receita é simples e ainda como na época dos tropeiros. Em uma panela de barro, um ou mais tipos de carne bovina de segunda são cozidas lentamente junto com cebola, alho, pimenta, louro e toucinho.

Então, quando a carne está desmanchando, é adicionada a farinha de mandioca, formando o pirão de barreado.

Há diversos endereços especializados no prato, que ficam ao redor do Rio Nhundiaquara e da antiga ponte metálica, um dos cartões-postais dali.

Entre os mais tradicionais, o restaurante e hotel Nhundiaquara faz história na região há 75 anos.

Em seu casarão com varanda sobre o rio que dá nome ao lugar, o prato vem com arroz, banana, maionese de batata, salada verde, filé de peixe à milanesa e camarão (R$ 77,50). A versão sem frutos do mar custa R$ 59,50.

Além disso, há ainda há opção vegana, em que a carne é substituída por proteína de soja e tofu.

Como escolher o vagão

Barreado devorado, em seguida, vamos até a estação ferroviária para pegar o trem de volta, às 15h. A estação é pequena e o embarque é feito pela ordem dos vagões. Estes se dividem em categorias.

Pets são permitidos no Serra Negra Express
Vagão pet friendly (foto: divulgação/Serra Verde Express)

Primeiramente, a opção turística – a mais simples, conta com poltronas fixas e não tem decoração . A mais luxuosa são as litorinas, com ambientes finamente decorados, ar-condicionado e assentos aconchegantes.

As diferenças são grandes entre elas, principalmente em itens como espaço, conforto e serviço de bordo.

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Jantar no Serra Verde Express
Interior do vagão imperial (foto: divulgação/Serra Verde Express)

Na hora de escolher o vagão, é importante ter em mente que o passeio de trem de Curitiba a Morretes é uma experiência totalmente contemplativa.

O tipo de vagão, portanto, influenciará diretamente no resultado do passeio.

Por isso, o recomendado é investir nas categorias melhores, com janelas amplas, mais espaços entre as poltronas. E, de preferência, que tenha um terraço de observação, como no caso do vagão Guardiões do Marumbi.

Diferentemente de um deslocamento de avião, em que o principal é o transporte em si, a graça do trem está no seu caminho. Nossa viagem , cujo nome é uma homenagem aos montanhistas que ajudam a preservar a região.

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Detalhes do passeio de trem

O trem viaja a uma velocidade média de 35 km/h e os principais pontos do trajeto são explicados pelo guia, responsável também por servir o lanche e as bebidas.

São mais de 30 destaques pelo caminho, avisados com antecedência para todos prepararem os celulares para fotografar em movimento, afinal, o trem não para.

Os momentos mais lindos ficam reservados para a travessia do Viaduto do Carvalho, em que o trem parece flutuar sobre um abismo verde. Com 84 metros e cinco pilares sustentando a estrutura de ferro, é um dos cartões-postais da ferrovia.

Varanda panorâmica no trem curitiba morretes
Alguns vagões contam com varandas panorâmicas (foto: Tarcila Ferro).

Logo na sequência, é a vez da ponte São João. Com 118 metros de extensão e a 58 metros de vão livre, ela foi construída na Bélgica e trazida em pedaços para ser montada aqui, em 1884.

Mais fotos são tiradas na belíssima Cachoeira Véu da Noiva, com 70 metros de queda e contornada por mata.

O trem também passa pela Estação Marumbi, um dos principais pontos de acesso à cadeia de montanhas de mesmo nome, formada por oito cumes.

O lugar é venerado não só por montanhistas, mas por todos os passageiros que têm a chance de vê-la bem de perto, através da janelinha do trem.

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História da ferrovia

A ferrovia entrou para os livros de história como sendo a primeira a ser projetada por engenheiros negros, os irmãos Rebouças, em 1870, enquanto a escravidão ainda era vigente no país.

Os irmãos se recusaram a usar mão de obra escrava e contaram com a força de trabalho de nove mil trabalhadores livres. Foram eles que deram vida a esse projeto desafiador, incluindo viadutos com mais de 500 toneladas de ferro, sem o uso de máquinas.

Na inauguração de um dos trechos, a própria Princesa Isabel esteve presente, aliás.

A construção da ferrovia foi um divisor de águas para o crescimento do Paraná, ao conectar o Porto de Paranaguá às regiões produtoras do estado e do Centro-Oeste do Brasil.

Até hoje é um meio de ligação vital para o escoamento de grãos e outros produtos, transportados pelos trens de carga da empresa de logística Rumo.

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