O destino pernambucano é quente e agradável em qualquer época. Por isso, aproveite as dicas e relaxe em meio a paisagens paradisíacas.
Tem pousadinha barata, tem resortão com música na piscina, tem hotel de luxo discreto. Porto de Galinhas não se discute: é lugar para todos. Um dos destinos mais procurados do Brasil atrai casais em lua de mel, famílias com crianças e turistas – e sabe bem como receber todos eles.
A 70 km de Recife, a praia de Porto de Galinhas pertence ao município de Ipojuca e tem apenas 4 km de extensão. Mas o nome pegou entre os turistas e acabou envolvendo também as dez enseadas vizinhas.
Piscinas naturais em Porto de Galinhas
Em parte, o que fez a fama local foram as piscinas naturais formadas durante a maré baixa – um cartão-postal indiscutível. No passeio mais popular da região, jangadas vêm e vão ao sabor do mar cristalino e morno, carregadas de turistas.
Represadas pelos recifes de corais a cinco minutos da costa, as piscinas se mostram verdadeiros aquários, cheinhas de peixes pequenos e famintos (entretanto, cuidado com as mordidinhas).
Os jangadeiros oferecem ração para atraí-los e óculos com snorkel para quem quiser ver embaixo da água, de uma transparência quase inacreditável. O passeio das jangadas acontece todos os dias, de acordo com a tábua das marés.
Não fossem as piscinas em tons caribenhos, a praia principal seria, provavelmente, a menos atrativa, já que vive cheia.
A vantagem é, certamente, o fato de que o centrinho colado a ela reserva pousadas para quem prefere economizar.
Passeio pela vila
À noite, é programa certo: lá, especialmente na Rua da Esperança, exclusiva para pedestres, o comércio fica aberto até tarde na alta temporada.
Há desde barracas de artesanato até lojas de design mais sofisticadas, como a Gatos de Rua, do artista plástico Beto Keller.
Espalhadas pelas ruas da vila, há esculturas de galinhas coloridas, adornadas e fantasiadas – obra do artista local Carcará, que reaproveita troncos de árvores.
É no centrinho, também, que ficam restaurantes bacanas, como o Beijupirá, famoso por mesclar frutos do mar e ingredientes tropicais em seus pratos, e o Domingos.
A noite da vila rende bem para quem é fã de uma balada. A Praça das Piscinas, de frente para a praia, concentra o agito, especialmente no Café do Brasil, que tem mesas no calçadão.
Mas isso é só para começar. Lugar de forró, hino local, é na Birosca da Cachaça e na Lua Morena, casas com música ao vivo e instrutores de dança – que é para ninguém, gringo ou brasileiro, ficar parado.
Onde se hospedar em Porto de Galinhas
Afastados da vila, os resorts à beira-mar se distribuem pelas praias vizinhas, especialmente Muro Alto e Cupe – e são daqueles que podem facilmente dar conta de todas as necessidades dos hóspedes, a ponto de eles não precisarem sair de lá para nada – do requintado Nannai Resort & Spa ao família Summerville.
O Nannai, por exemplo, é um resort no qual gostamos muito de ficar hospedados. Ele está localizado no município de Ipojuca, a apenas 9 km de Porto de Galinhas e a 50 minutos do aeroporto do Recife.
Com conceito pé na areia, tem como um dos pontos fortes as piscinas naturais de água morna que se formam bem à sua frente, na Praia de Muro Alto.
Além de relaxar em meio a paisagens paradisíacas, os hóspedes podem desfrutar do Nannai Spa by L’Occitane, espaço de 1.700 m2 com nove ambientes de tratamentos, saunas seca e a vapor, sem contar a piscina externa aquecida com hidromassagem. Faça aqui sua reserva no Nannai.
O Summerville, por sua vez, é ideal para quem gosta de praticar esportes. Isso porque o resort conta com quadras de tênis e de futebol, bem como quadras de futebol de areia, vôlei de praia e pistas de corrida.
Localizado na Praia do Muro Alto, o resort oferece wi-fi em suas acomodações, além de piscina ao ar livre, academia e sauna. Faça sua reserva aqui.
Outros passeios em Porto de Galinhas
Por fim, para ir além do seu quadrado e conhecer outras enseadas, existem os passeios de bugue, conhecidos como “ponta a ponta”, que vão desde Muro Alto até Pontal de Macaraípe.
Pontuado por alguns pit stops, com direito a banho de sol e mar, o trajeto é feito quase todo por estrada, não pela areia, já que algumas áreas são protegidas para a desova de tartarugas marinhas.
Outro programa muito comum na região é o mergulho com cilindro, uma extensão profissional daquilo que se vê no passeio de jangada. A melhor época é entre outubro e março, quando a visibilidade em mar aberto atinge 25 metros.
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O mergulho pode chegar a 33 metros de profundidade, especialmente nos arredores da Ilha de Santo Aleixo, onde há embarcações naufragadas.
Mas não é preciso ser mergulhador para aproveitar as belezas dessa ilha – há um passeio bate-volta de catamarã a partir de Porto de Galinhas que, além de passar por Santo Aleixo, leva até a Praia de Carneiros, considerada uma das mais bonitas e rústicas do estado.
Maracaípe: a vizinha descolada
Pouco antes de a moda do stand up paddle ganhar os litorais mais badalados do mundo inteiro, tive meu primeiro contato com o pranchão em Maracaípe, praia vizinha a Porto de Galinhas.
Eduardo Fernandes, o Rato, foi meu instrutor, passando os macetes para ficar em pé na prancha e remar sem perder o equilíbrio. Para não ter erro, trocamos o mar bravo pelas águas calmas do Rio Maracaípe. Além de stand up paddle, ele ensina também surfe tradicional, kitesurfe e windsurfe.
Não poderia haver lugar melhor: Maracaípe é conhecida pelas ondas fortes, sediando cerca de 300 campeonatos de surfe por ano.
É badalada como a Maresias paulista, principalmente na Vila de Todos os Santos, onde se concentram ateliês, bares e restaurantes, como o relaxante Restaurante do João, que mais parece uma casa de praia, de frente para o mar, com piscina e redes penduradas entre os coqueiros.
Mandaram vir as especialidades: caldinho de peixe e de feijão, a cioba frita com macaxeira, o bolinho de feijoada, a moqueca e a vatapinha – vatapá de galinha, um clássico da casa.
Dali, pode-se seguir até Pontal de Maracaípe, de onde saem os passeios de jangada pelo mangue para ver os cavalos-marinhos. Desde 1995, o projeto Hippocampus se dedica à preservação desses animais.
Treinados, os jangadeiros dirigem-se para o habitat deles e, cuidadosamente, colhem com um pote de vidro um casalzinho de caudas entrelaçadas para que os turistas possam fotografar. Depois, devolvem-nos à agua. Os cavalos-marinhos são, afinal, símbolos de Porto, quase tanto quanto as galinhas.
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