Conheça os encantos de Mallorca e Menorca. Com os dois destinos, você tem o roteiro perfeito para a sua viagem
Mallorca é a maior das Ilhas Baleares, na Espanha, compostas também pela baladeira Ibiza, a pequena Formentera e a bela Menorca. Como em Barcelona, fala-se catalão (na verdade mallorquí, um dialeto local do catalão).
Desde o primeiro voo que pousou na ilha em 1950, Mallorca ganhou a reputação de destino de turistas empacotados ávidos por sol e calor. De fato, há áreas superlotadas entre junho e agosto – a praia baladeira de Magaluf, por exemplo, é tomada por “gringos”.
E na capital, Palma, podem atracar até seis navios que despejam 17 mil pessoas de uma vez só na cidade.
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Mas Mallorca é uma ilha grande e não é nada difícil se esquivar das multidões. Palma, como se é de esperar, é o centro do agito, mas também uma cidade adorável. Aliás, seu centro histórico é um novelo tortuoso de ruelas cheio de lugarzinhos interessantes.
Como chegar em Mallorca e Menorca
O jeito mais fácil de ir de uma para outra é de avião, saindo de Palma. Mas, você pode ir também com a balsa que parte da cidade de Alcúdia, no Norte de Mallorca, e chega em Menorca em uma hora e meia.
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O que fazer em Mallorca e Menorca
Começando por Palma, a vibrante capital de Mallorca
Inicie o roteiro pela Carrer Sant Miquel, uma das ruas mais movimentadas, com diversas lojas. Depois, conheça o Cappuccino Grand Café, que exemplifica bem as antigas mansões com pátios internos elegantes, colunas e pinturas enquadradas.
Em seguida, rume ao Mercat de l’Olivar, o mercadão da cidade, onde fãs de jamón podem ver peças inteiras dos tipos mais primorosos. Aliás, nos fundos há restaurantes onde você pode pedir e comer no balcão.
Dali é um pulo para a Plaza Major, um grande espaço com feirinha de artesanatos, músicos de rua e restaurantes com mesas na calçada. Próximo também está o prédio Can Forteza Rey, com azulejos coloridos no estilo modernista catalão.
Onde se hospedar em Palma?
Abelux: Hotel bem localizado, a poucos passos do centro e dos principais pontos turísticos da região. A hospedagem inclui Wi-Fi grátis, recepção 24 horas (que faz todo o diferencial durante sua estadia), limpeza diária, estacionamento e muito mais.
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A marcante Catedral Le Seu
Não precisa ter qualquer intimidade com religião para se enternecer com a Catedral Le Seu. A enorme estrutura predominantemente gótica demorou 300 anos para ser finalizada, em 1601, e exibe colunas altíssimas.
Os candelabros, as cadeiras do coro e a escultura de ferro sobre o altar são de Gaudí. No fim do corredor sul, outra adição moderna, uma parede colorida muito doida que o artista Miquel Barceló produziu. Aliás, pelas manhãs, a luz do Sol incide de tal modo pelos círculos de vitrais da igreja que tudo se ilumina com formas coloridas.
Dali tem mais arte no Es Baluard, museu instalado dentro de uma antiga fortificação à beira-mar e que expõe obras modernas e contemporâneas. Certamente vale pelas instalações e pelas vistas das muralhas e do café.
E, se já der fome, pare no Caballito del Mar para provar peixes fresquíssimos e bem temperados. Aliás, outro point da região é o Nassau Beach Club, que abre desde manhã, com guarda-sóis na areia, até de noite, quando há DJs e música lounge.
Praia encantadora de Mallorca
Grande parte da costa de Mallorca é recortada em calas, ou seja, pequenas baías com mar em vários matizes de azul e verde. Mas a faixa de areia (quando há areia) é apertada e pedregosa. Por isso, Es Trenc, a 50 quilômetros de Palma, é a melhor pedida para um dia de praia. Tem um cenário quase caribenho, com águas calminhas cor azul-piscina.
Conheça os vilarejos de Mallorca
Depois de visitar Palma, escolha qual parte da ilha voltar suas atenções. Eu indico ir ao Noroeste, onde está Deià. A região abriga a Serra de Tramuntana, patrimônio da humanidade pela Unesco. É um maciço montanhoso que se eleva do mar a até 1.400 metros de altitude.
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Além disso, pela estrada surgem outros vilarejos adoráveis como Valldemossa. A cidade serviu de refúgio para o compositor Frédéric Chopin e a escritora francesa George Sand entre 1838 e 1839. A casa deles virou um pequeno museu. Aliás, um dos pianos mais antigos e preservados tocado por ele está exposto.
Pertinho de Valldemossa, está o mirante chamado Sa Foradada: uma formação rochosa com um buraco no meio entre o azulão do Mediterrâneo. Então, pare o carro (alugar carro é essencial) no alto para admirar a vista e desça a pé até pertinho da água. Certamente valerá a pena.
Por fim, dirija mais 17 quilômetros até Port de Soller, outro vilarejo pitoresco. Dali saem passeios de barco que deixam ver a dramática Tramuntana do mar. O destino final do tour é Sa Calobra, uma prainha encaixada entre os paredões de 200 metros de altura do cânion Torrent des Pareis.
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Gastronomia autêntica de Mallorca
Para conhecer um pouco da tradição de vinho de Mallorca (são 60 vinícolas ao todo na ilha), não deixe de visitar a Bodega Mortitx. Na sala de degustação, onde explicam sobre a produção, servem os rótulos da casa – o branco L’u Blanc, feito com uvas Malvasia e Chardonnay, dá vontade de levar na mala.
Chegando a uma península no Norte de Mallorca, a praia de Formentor tem águas clarinhas e faixa de areia extensa. Certamente boa para caminhar. Alguns hotéis grandes se aproveitaram do visual, como o Barceló Formentor. Aliás, mesmo que não se hospede ali, você pode comer nos bares pé na areia como o Platja Mar e aproveitar as espreguiçadeiras.
Depois, vá ao Mirador des Colomer. Lá assomam formações rochosas enormes sobre o mar, um dos panoramas mais espetaculares de Mallorca. Em seguida, continue pelas curvas insanas até dar em Cap Formentor, onde um farol coroa o conjunto.
Por fim, termine em Port de Pollença, uma cidadezinha com praia vistosa e uma orla com hotéis e restaurantes. Aliás, a dica é o comer no Argos, com uma estrela no Guia Michelin. Ali, você poderá provar pratos como o cocido madrileño e mallorquinos: uma das sobremesas da casa é nada menos do que um sorvete de sobrasada. Que me desculpem os alemães, mas Mallorca é muito mais que praia.
Menorca vs Mallorca
O território de Menorca é cinco vezes menor que de Mallorca, e quase plana: o ponto mais alto da ilha tem 300 metros. E se Mallorca tem glamour e chega a lutar contra o ingresso exagerado de turistas, Menorca se mantém low-profile, como um segredo bem guardado do Mediterrâneo.
Depois de conhecer Mallorca, saiba o que fazer em Menorca
Praias de água turquesa e natureza preservada
Declarada Reserva da Biosfera pela Unesco em 1993, Menorca deteve o desenvolvimento e conseguiu manter seu território preservado. Portanto, há poucos hotéis grandes, navios de cruzeiros não são frequentes e a vida noturna é mansa.
Aliás, você já percebe o território semivirgem quando sai da capital Maó e adentra a estrada única que corta a ilha, a Me1. O caminho é plano e rural. Entre as praias não há uma rodovia costeira, e sim o Camí de Cavalls, uma trilha a ser percorrida a pé que traça 185 quilômetros no perímetro do litoral.
E que litoral. A beleza da sucessão de seis praias do Sul da ilha, da Cala en Turqueta até a Cala Mitjaneta, é difícil de colocar em palavras. A areia é branquinha, a vegetação nativa colore de verde a paisagem. Aliás, lá você pode fazer um passeio de lancha e curtir a brisa deitado na proa com uma cerveza Illa, feita em Menorca. De caiaque ou de prancha de stand up paddle, você explora cada cantinho daquele mar quase impossível.
A costa Norte de Menorca tem aparência selvagem: sedimentos de origem vulcânica deixaram rochas escuras e areias pretas, amarelas, vermelhas. As enseadas são bem maiores, a água atinge tons de lápis-lazúli. Mas, o melhor visual é certamente do mirante da Platja de Cavalleria, onde se pode ver o sol do fim da tarde.
Conheça os vilarejos low-profile de Menorca
Há muitos motivos para se afastar do mar e conhecer o interior de Menorca, pois é farto em sítios arqueológicos. O Torralba d’en Salord, por exemplo, é uma vila megalítica, com agrupamentos de pedra que podem ter tido múltiplas funções, entre espaços funerários e templos religiosos, a partir do ano 1000 a.C.
Percorrendo mais 12 quilômetros em direção ao miolo da ilha chega-se a Es Mercadal, um vilarejo simpático de casinhas brancas. Aproveite e entre então no prédio do Centro Artesanal de Menorca para conhecer o trabalho dos artesãos.
Depois, instale-se numa mesa do Es Moli d’es Raco, um restaurante inserido dentro de um moinho. Afinal, lá você pode se deliciar com mexilhões cozidos, berinjelas recheadas e polvos grelhados.
Onde ficar em Menorca
Um dos melhores lugares de Menorca para se hospedar é o centro histórico de Ciutadella, a antiga capital da ilha, com vários hotéis-boutique. Certamente difícil guardar a câmera na bolsa entre aquelas ruelas cheias de personalidade.
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Além disso, pare no mercado da Plaza de la Libertad e nas lojinhas de avarca: a sandália típica de Menorca. Certamente você já a viu em algum shopping no Brasil, mas nada como as originais, né?).
Gastronomia em Menorca
O lindo Port de Ciutadella é o lugar mais agitado de Menorca no verão. Há mesas dispersas ao ar livre no Passeig des Moll. Reserve então uma no Café Balear para provar a lagosta mais famosa da cidade. Outra dica é o Jazzbah, cujo rooftop animado tem bandas ao vivo.
Mas o point mais interessante da vida boêmia de Menorca é o Cova d’en Xoroi. Trata-se de um bar formado por cavernas interconectadas na beira de um penhasco no vilarejo de Cala en Porter. Transite pelos vários ambientes e experimente a pomada (um drinque feito com gim e refrigerante de limão).
Certamente um belo fechamento para aqueles dias em Mallorca e Menorca, dupla de ilhas que se complementam tão bem.
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