Próximas a Orlando e com mar instagramável, as cidades de St.Pete e Clearwater são um complemento perfeito para uma viagem pós parques. Entardeceres maravilhosos, praias de cartão-postal e museus surreais são parte da programação.
É final de tarde e o sol começa a baixar. Pelicanos graúdos dão mergulhos rasos em busca da última refeição do dia. Ágeis, geralmente saem de papo cheio. Afinal, as águas claras do golfo do México favorecem a caçada. Fácil também é ver golfinhos, geralmente saltitantes ao pôr do sol.
Na costa oeste da Flórida, o sol se põe no mar, um espetáculo diário que merece ser desfrutado. Especialmente na cidade de St. Pete, cidade a pouco mais de 180 quilômetros de Orlando.
O sol é tão presente na cidade que virou até record registrado no Guinness Book. Em 1967, o astro rei brilhou por 768 dias consecutivos.
Como chegar e quanto tempo ficar
St. Pete e Clearwater ficam a cerca de 2 horas de Orlando. Alugar um carro é a melhor forma de fazer o percurso entre as cidades.
Três noites são suficiente para aproveitar os dois destinos. Pode ficar duas noite em Clearwater, se quiser algo mais badalado, e uma em St. Pete se quiser focar mais na parte cultural ou vice e versa. Ambas as cidades têm estrutura hoteleira completa.
Quando ir?
O melhor período para aproveitar a Costa Oeste da Flórida é entre abril e maio, meses de baixa temporada e fora da temporada de furacões. O inverno, entre novembro e fevereiro, é a alta temporada na região por conta dos norte-americanos que vivem nos estados mais frios e buscam as temperatura mais amena da Flórida.
Julho e agosto são os meses bem quentes na região, época de muito calor e pancadas de chuva ocasionais.
O que fazer em St.Pete?
The Dalí Museum
Destino cobiçado por suas praias, St. Pete faz sucesso também por conta do Museu Dalí, que reúne a maior coleção do artista espanhol fora da Europa. Vá por mim, você pode conhecer o museu antes mesmo das praias.
Em seu interior uma escadaria helicoidal celebra o amor de Dalí pelas espirais e pelas moléculas duplas de DNA, amplamente presentes em sua obra. Com pitadas de realidade aumentada – baixe o aplicativo do Museu e vá com a bateria do celular completa – você verá as obras tomando vida. Seria muito clichê dizer que é surreal?
São três andares que resumem a história do artista, além de um jardim recheado de surpresas e elementos matemáticos.
Procure o pequeno passarinho bigodudo, e escreva um desejo na sua pulseirinha de entrada para amarrar na árvore dos desejos. Todos os desejos são lidos uma vez por ano. Vai que ele se realiza?
A visita fica completa com a recém inaugurada – e paga à parte – Dalí Alive 360°, uma experiência imersiva pelas obras do pintor. São 40 minutos de projeções coloridas e envolventes.
LEIA TAMBÉM: Como é visitar o Museu de Salvador Dalí na Flórida
Chihuly Collection
St. Pete também abriga o Chihuly Collection, mostra permanente do artista norte-americano especializado em vidro soprado, Dale Chihuly. Com torres que pendem do teto, florestas cintilantes e barcos recheados de bolas coloridas, a mostra percorre a jornada artística de Chihuly.
Com o mesmo ingresso também é possível ver a demonstração, ao vivo, de como as peças de vidro são moldados e viram peças de arte.
Centrinho de St. Pete
O Museu Chihuly fica no centro de St. Pete, área bem agradável de caminhar e repleta de lojas, cafés e restaurantes. Para almoçar tenho duas boas sugestões.
Na Avenida central, o italiano Bonu’ Taverna Italiana conta com ambiente bem iluminado e uma vibe alegre do sul da itália. As pizzas – ou Pinsas – tem aquele formato ovalado típico de Roma e massa mais grossa. O fettuccine de funghi porcini com frutos do mar estava divino.
Na mesma avenida, o japonês Mangosteen faz o estilo fusion e mescla no cardápio pratos típicos do sudeste asiático.
De barriga cheia, aproveite para caminhar pelas ruas do centro e fazer pequenas descobertas. Você vai adorar a vibe da Book + Bottle, mistura de livraria e adega, e vai ficar curioso pela Sans Market Zero Waste Store.
A loja é focada em substituir artigos de plástico de uso único por alternativas sustentáveis. Ainda divide espaço com uma loja de plantas linda, onde você pode provar um gole de Kava-kava, bebida milenar típica das ilhas Fiji.
St. Pete Píer
Estique o passeio rumo ao St. Pete Píer. A forma mais legal de chegar até ali é fazer o trajeto de patinete alugado pelo aplicativo da VEO. A corrida custa US$1 para desbloquear e mais alguns centavos de dólar por minuto. Dirija com cuidado!
Frequentado por turistas e locais, o Píer combina vários elementos deliciosos de uma cidade litorânea. Há espaços para prática de atividades ao ar livre, parquinho para os pequenos, uma praia de águas tranquilas, feirinhas de artesanato e para fechar ainda tem vistas lindas da baía de Tampa.
Meu restaurante preferido do pedaço é o Teak, no topo do Pier Point. O edifício de concreto e vidro, que marca a arquitetura do St. Pete Pier, oferece a melhor vista da cidade. Peça a tábua de queijos e aproveite para beber cerveja local.
Praias de St. Pete
Agora que você já conhece a parte urbana de St. Petersburg, que tal desbravar as praias da região? St. Pete é rodeada de ilhas desertas de areia branquinha. Seu menu de praias inclui desde as praias de St. Pete Beach (cidade vizinha, mas tão coladinha que você mal vai notar que mudou de município), quanto às praias de Fort de Soto e as areias intocadas de Egmont Key.
Escolha um hotel pé na areia para entrar no clima do lugar. Para uma experiência única, a sugestão é o icônico The Don CeSar – mais conhecido como Palácio Cor de Rosa.
É um hotel histórico com excelente estrutura de lazer e programação animada com aulas de ioga e atividades de recreação aos finais de semana. O balanço na areia rende fotos super instagramáveis e o serviço de praia e piscina é excelente.
Parque Estadual Fort de Soto e a Fort de Soto Beach
Quando o quesito é beleza, todos os elogios vão para o parque Estadual Fort de Soto e a Fort de Soto Beach (North Beach). Trata-se de uma praia premiada com as águas mais lindas do pedaço. Para chegar ao mar você cruzará um rio de águas bem rasas e cristalinas. O cenário é simplesmente espetacular.
Aproveite sua visita ao parque para explorar as ruínas da fortaleza histórica de 1900, que deu origem ao nome do parque. Suba no topo da estrutura para fotografar a praia com estilo.
Vale ainda percorrer as ciclovias de bike elétrica (que podem ser locadas) e remar pelas águas calmas do estuário que serve de morada para dezenas de espécies de peixes, siris, pássaros, golfinhos e peixes-boi. Uma imersão na natureza local salpicada de surpresas.
O ponto de aluguel dos caiaques é o Top Water Kayak Outpost e duas horas custa a partir de US$ 35.
Fort de Soto também é o ponto de saída das balsas rumo a Egmont Key, uma ilha deserta dona de mais uma fortaleza histórica e uma praia lindíssima. Não há nenhuma estrutura por lá, assim, é preciso levar água, comida e se tiver, equipamento de snorkel.
A água super transparente é ideal para mergulhar. Quem curte os privilégios e os desafios de ter uma ilha pra chamar de sua vai amar o rôle.
Cerveja artesanal de St. Pete
St. Petersburg também é conhecida pela cerveja artesanal. Há mais de 30 cervejarias artesanais na região e quem pretende visitar várias delas pode baixar o passaporte digital “Gulp Coast para obter descontos e receber mimos.
Destaque para a Green Bench Brewing Company que reúne uma seleção incrível de cervejas, em um ambiente alto-astral. Quem não gosta de cerveja, encontra boas opções de vinho.
Aqui vale um parêntese. O nome Green Bench (banco verde) passa despercebido por um visitante comum, porém é uma referência aos bancos verdes, os únicos em que a população negra podia se sentar na época da segregação racial.
Despojada, a 3 Daughters Brewing fica em um espaço gigante com área para jogos e programação com food trucks. A cerveja mais popular da casa é a Beach Longe Ale, que cai redondinha no paladar de quem está acostumado com as cervejas brasileiras. Para quem gosta de algo mais intenso, pode experimentar as diversas opções IPAs.
Rumo a Clearwater: o que fazer por lá?
Uma estrada costeira conecta St. Pete Beach a Clearwater. São 35 quilômetros, 40 minutos de carro, entre um destino e outro.
Como o nome diz, Clearwater é famoso pela cor de sua água: ora em tons de ázul, ora em tons de verde.
De frente para o mar, uma passarela de madeira forrada de restaurantes turistões e bares serve também como ponto de saída para passeios de barco de pesca e o divertido passeio pirata, que faz a alegria da criançada e distribui tiros de festim pela baía.
O tour é uma ótima oportunidade para ver golfinhos. Cerveja e vinho são servidos a bordo.
De volta ao pier, esticar até a Mad Beach Brewing Company é uma boa pedida para mais uma cervejinha e o restaurante dali serve pratos mexicanos coloridos.
Indian Rocks
São 5 km de praia, mas ela é tão escondida que acaba passando batido pelos roteiros turísticos. Sorte a nossa! São 27 acessos diferentes e pouquíssimas vagas de estacionamento, assim a dica é chegar cedo ou usar o trolley da PSTA ($2,25 leve trocado) que faz uma rota pelas praias da região.
Praia de Clearwater
A praia de Clearwater é de águas claras e a faixa de areia é extensa, margeada por um calçadão animado. É possível alugar barracas e espreguiçadeiras em vários pontos da praia e quiosques dão conta dos petiscos e porções.
Em frente a faixa de areia, há desde hotéis caprichados como o Opal Sands, umas das únicas opções pé na areia da região, como alternativas mais econômicas, a exemplo do Clearwater Beach Hotel.
Já o Píer 60 é o ponto focal de Clearwater. É um antigo píer de madeira frequentado pelos pescadores e com vistas lindas do mar e dos pelicanos comilões, que se aglomeram na esperança de abocanhar um pedaço de peixe recém-pescado. Há um parquinho coberto para as crianças e todo final de tarde um mercadinho de artesanato se forma ali.
O começo do píer é um área aberta ao público, já para acessar o seu mirante precisa pagar US$2. O ingresso vale a pena pela vista da praia e as fotos.
Para comer o restaurante Palm Pavilion fica na areia é bem movimentado e serve drinks geladíssimos ao som de música ao vivo. Aproveite para provar o peixe local, a garoupa (em inglês grupper) e de sobremesa, vá de torta de limão.
Clearwater Marine Aquarium
Aproveite a viagem para conhecer o Clearwater Marine Aquarium, um centro de resgate e reabilitação de animais marinhos. Mais de 2500 animais foram resgatados pelo centro na última década. Boa parte deles retorna à natureza depois dos cuidados.
Os que não têm condições de sobrevivência ficam no Aquário de Clearwater.
Esse é o caso dos golfinhos Winter, que usava uma prótese no lugar da nadadeira, e da Hope, ambos estrelas de um documentário. Winter morreu em 2021, mas sua história continua a motivar e a emocionar os visitantes.
Além de golfinhos, o aquário serve de lar para tartarugas marinhas, pelicanos e peixes variados.
O Clearwater Marine Aquarium também organiza expedições marinhas para monitorar as águas da baía, pagas à parte. Uma chance de observar como os biólogos contam e catalogam os animais.
Essa é uma experiência rica em conhecimento, mas que exige um bom conhecimento de inglês para entender as explicações dos biólogos.
E pra fechar a visita, um belo pôr so sol está sempre a nossa espera em Clearwater. O entardecer por ali é verdadeira celebração da vida e das cores da Flórida.
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