Masp vai ganhar mais espaço de exposição com um novo edifício de 14 andares. O novo local será conectado ao edifício histórico de Lina Bo Bardi por uma passagem subterrânea este ano.
Um dos principais cartões-postais de São Paulo está prestes a crescer. O Museu de Arte de São Paulo deve inaugurar no segundo semestre de 2024 um projeto inédito de expansão. O novo espaço será conectado a um novo prédio à sede original de 1968, cujo desenho assinado por Lina Bo Bardi.
Novo prédio do Masp
Com 14 andares, o edifício prevê um aumento de quase 7 mil m2 na área total do museu, ocupados por sete novas galerias, salas de aula, laboratório de restauro, restaurante, loja e áreas de eventos. Assim, a capacidade expositiva vai crescer em 66%, garantindo mais espaço e visibilidade para o acervo do Masp, que atualmente expõe apenas 1% do seu total de 11 mil obras.
Assinada pelo arquiteto Júlio Neves em parceria com o escritório Metro, a expansão na Av. Paulista conversará com o desenho original de Lina Bo Bardi, sem competir nem sequer interferir, de forma a respeitar o contraste das superfícies ásperas e sem acabamentos do concreto com a leveza e a transparência do vidro.
Nesse sentido, o novo projeto terá pavimentos transparentes junto ao chão, em um aceno ao vão livre – que, com a expansão, deixa de abrigar as bilheterias e passa a assumir unicamente a função original de praça para convívio da população e integração com o espaço público da cidade.
Soluções sustentáveis também são prioridade no projeto, com o intuito de diminuir a pegada de carbono e o consumo de energia, com destaque para a malha metálica que revestirá a fachada – para além do apelo estético, a estrutura também permitirá a formação de uma camada de ar para favorecer a climatização natural do ambiente interno.
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Exposições
A ideia é que o novo anexo abrigue mostras temporárias, enquanto a sede histórica exponha peças da coleção permanente, que tem desde pinturas até vídeos, produzidos em diversos períodos no mundo todo.
Isso sem abrir mão, é claro, dos icônicos cavaletes de vidro suspensos, que expõem as obras no segundo andar e subvertem o modelo tradicional europeu, possibilitando ao público contornar as obras e até mesmo observar seu verso.
Sob a promessa de ser uma das mais modernas infraestruturas museológicas da América Latina, o projeto tem custo estimado de R$ 180 milhões, totalmente financiado por doações de pessoas físicas.
Tal ampliação certamente se refletirá, também, no protagonismo cultural exercido pelo primeiro museu de arte moderna do Brasil, fundado em 1947 pelo empresário e mecenas Assis Chateaubriand, inicialmente em um prédio na Rua 7 de Abril, no Centro de São Paulo.
Como forma de homenagear outros dois responsáveis pela história do Masp, o anexo vai receber o nome do primeiro diretor artístico do museu, Pietro Maria Bardi, enquanto a sede homenageará a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi. Assim, segue preservada – e amplificada – a história do Masp, um dos maiores ícones da arte brasileira.
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