Com ares mais intimistas do que os grandes navios de cruzeiro, o Celebrity Constellation aproveita-se de seu porte médio para enaltecer o itinerário pelo mar Adriático, passando por Itália, Montenegro e Croácia.

Embarcar em Ravena, na Itália, e navegar pelo mar Adriático até a outra costa da Itália foi a escolha que marcou minhas férias no verão europeu.
Durante onze noites, estive a bordo do Celebrity Constellation, navio da classe Millennium, operado pela Celebrity Cruises. O itinerário combinava sete escalas em destinos de forte apelo histórico, paisagens urbanas bem preservadas e experiências locais que fizeram valer cada desembarque.

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Celebrity Constellation
Com capacidade para pouco mais de 2.170 passageiros, o Constellation oferece uma experiência mais intimista, quando comparado aos navios maiores da frota. Isso se reflete tanto no ritmo a bordo quanto na circulação por restaurantes, bares e áreas comuns.
A proposta da Celebrity se mantém firme: sofisticação na medida, gastronomia de padrão elevado, serviço eficiente e destinos que falam por si.
Por dentro do Constellation
O Constellation foi inaugurado em 2002, passou por uma reforma recente e atualizou áreas como o spa, restaurantes de especialidades e espaços sociais.

Sua estrutura reflete o padrão dos navios de porte médio, com áreas mais compactas e uma ambientação que remete ao estilo clássico da companhia, com uso de madeira escura, mármore e obras de arte pelos deques.
A piscina principal concentra o movimento nas tardes de navegação, especialmente no trecho entre Kotor, em Montenegro, e Messina, na Itália, em que o calor era intenso. Já o Solarium, com teto retrátil, é um dos pontos mais disputados por quem busca silêncio.


As duas hidromassagens externas ficam bastante movimentadas no fim da tarde e noite adentro. A academia é ampla e bem equipada, com vista para o mar, e oferece aulas pagas de spinning e ioga, sob reserva.

O spa oferece diversos tratamentos, desde massagens até protocolos faciais, além de salão de beleza completo e barbearia. Há ainda sauna seca e a vapor, com vestiários amplos.

Quem busca tranquilidade encontra no Rooftop Terrace um espaço reservado com espreguiçadeiras voltadas ao mar, onde são exibidos filmes durante a noite. Minha filha, de 21 anos, assistiu a todas as sessões.
Gastronomia a bordo
Como em outros navios da Celebrity, o restaurante principal, San Marco, é dividido em dois turnos, com menu à la carte, e foi onde jantei a maior parte dos dias de cruzeiro. Com dois andares e vista panorâmica na popa do navio, o San Marco combina ambiente clássico e atendimento muito eficiente.
A cada noite, o cardápio traz variações de entradas, com destaque para o coquetel de camarão e a burrata. Nos pratos principais, não pude deixar passar a lagosta com purê de batatas e legumes ou o New York Steak, um corte de carne suculento com fritas. De sobremesa, é imperdível o tradicional Baked Alaska (à base de sorvete, bolo e merengue).
O Oceanview Cafe, bufê mais informal, serve todas as refeições do dia. No café da manhã, destaca-se pelas opções de panquecas, ovos preparados na hora, frutas e cereais.

No jantar, é comum encontrar pratos mais elaborados, como camarões grelhados e cordeiro, além dos clássicos como pizza, massas, hamburgueres, saladas e sopas. Toda noite, um país é homenageado pelo chef em uma das estações de comida. Sem dúvida as noites italianas e mexicanas foram o maior destaque da viagem.
Entre os restaurantes de especialidades, pagos à parte e com preços que variam de US$ 40 a US$ 60 por pessoa, estão o Tuscan Grille, de culinária italiana com cortes de carne, o Sushi on Five, voltado para cozinha japonesa e asiática e o Le Petit Chef, que combina jantar com projeções animadas em 3D sobre a mesa.

Este último continua sendo uma das experiências mais populares entre os passageiros, principalmente os que viajam com filhos pequenos.
Bares e lounges
O Celebrity Constellation conta com boas opções de bares e lounges distribuídos pelos deques. O Martini Bar, localizado no centro do navio, é o ponto de encontro no fim da tarde.
O balcão de gelo e os bartenders que preparam drinques com uma série de “acrobacias” chamam a atenção dos passageiros. Logo ao lado está o Rendezvous Lounge, com apresentações ao vivo de jazz e música internacional, geralmente antes ou depois do jantar. Vale demais a pena dedicar um tempo por ali curtindo uma boa música.
Na popa, o Sunset Bar tem vista privilegiada para o mar e é uma ótima pedida para quem quer acompanhar o pôr do sol durante a navegação. O Café al Bacio, na área interna, é mais procurado durante o dia, servindo cafés especiais, doces e lanches leves. Outro ponto bacana é o Mast Bar, localizado junto à piscina, ideal para bebidas rápidas e drinques tropicais.

O Fortunes Casino fica no centro do navio, no deque quatro, e conta com mesas de roleta, blackjack, pôquer e máquinas de slots em funcionamento até tarde da noite. Não é permitido fumar ali, o que melhora bastante a experiência para quem deseja apenas jogar por lazer. Durante as paradas, enquanto o navio está nos portos, o cassino não funciona, mas abre poucos minutos após a partida.
Já as lojas ficam concentradas no deque cinco, no lobby central. Há opções de joias, relógios, cosméticos, roupas casuais e itens de marca. As promoções são anunciadas nos jornais diários entregues na cabine – minha dica é esperar até as últimas noites de viagem, onde acontecem as liquidações de perfumes, óculos e bolsas.



Além das lojas duty-free, há um pequeno mercadinho com produtos de conveniência e lembranças personalizadas do navio.
Cabine sem janela vale a pena?
Durante a viagem, fiquei em uma cabine interna, localizada no deque 3, na região central do navio. O ambiente era silencioso e bem isolado acusticamente, o que proporcionou boas noites de sono.
A disposição do espaço era funcional, com cama de casal, armário amplo, escrivaninha, box com cortininha e boa pressão do chuveiro. Apesar da ausência de janelas, a iluminação indireta ajudava a tornar o ambiente mais aconchegante.


Para quem prefere passar mais tempo fora da cabine e prioriza economia, é uma boa escolha, mas sugiro você investir um pouco mais e priorizar uma cabine com vista ou varanda, principalmente se esse for o seu primeiro cruzeiro.
No meu caso, como fechei poucos dias antes do embarque, era a única opção. A cabine dos meus filhos, embora interna, tinha uma ampla janela, o que muda bastante a experiência.

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Roteiro
Conheça as sete paradas do roteiro do Celebrity Constellation
Zadar (Croácia)
Zadar foi a primeira parada do roteiro e surpreendeu pela combinação entre história antiga e vida urbana ativa. A distância do porto até o centro histórico é de 15 minutos de táxi, a um custo de € 20, tabelado entre os taxistas do porto. Chegamos pela Porta da Terra Firme, uma imponente entrada que ostenta o leão de São Marcos, símbolo do período de dominação veneziana.

O que visitar
Dentro das muralhas, a cidade revela ruínas romanas integradas à paisagem moderna. Caminhei pelas praças cercadas por colunas, vestígios do antigo fórum, e visitei a Igreja de São Donato, construção circular do século 9º, ao lado da catedral.

Subi ao top do campanário, de onde se tem uma vista panorâmica das ruínas, das igrejas medievais, do mar Adriático e das muralhas que cercam a cidade. Ao lado, o museu arqueológico expõe artefatos encontrados em escavações locais.
Igreja de São Crisógono
Também explorei a região do antigo mosteiro beneditino e passei pela Igreja de São Crisógono, em estilo românico, com fachada preservada e pouco movimentada. Perto dali, um café local instalado sob as muralhas rouba a cena, com mesas externas e ambiente tranquilo, ideal para uma pausa antes de seguir.

À tarde, fui até o calçadão que leva ao famoso Órgão do Mar. Degraus de pedra descem até a água e transformam o movimento das ondas em sons harmônicos graças a pequenas aberturas por onde as ondas entram.
O local atrai moradores e turistas ao pôr do sol, que em Zadar é tratado como um ritual coletivo. As pessoas se acomodam nas escadas, algumas mergulham no mar e outras apenas ouvem o som vindo das tubulações sob os pés.
Depois do espetáculo natural, segui caminhando pelas ruelas, passando por igrejas menores, a Praça do Relógio e várias praças com restaurantes movimentados. Um detalhe interessante é o mapa em relevo da cidade, posicionado em frente ao estacionamento próximo ao porto, que ajuda os visitantes a se localizarem.

Dubrovnik (Croácia)
Em Dubrovnik, a chegada do navio já oferece uma experiência visual marcante: o porto é cercado por colinas verdes e mar azul. Ao fundo, desponta a famosa muralha da cidade antiga. Logo ao desembarcar, peguei um táxi e segui pela estrada costeira, fazendo uma parada estratégica em um dos mirantes com vista para toda a baía.
O que visitar
Com a vista registrada, o táxi me deixou em um ponto próximo ao portão de Pile, uma das entradas da muralha. Logo no início está a Fonte de Onofrio, onde aproveitamos para reabastecer as garrafinhas com água fresca.
O centro histórico é totalmente cercado por muralhas e mantém sua estrutura medieval muito bem preservada. Caminhei pela Stradun, a principal rua, que liga os dois portões da muralha.
A via é inteiramente feita de pedra polida, flanqueada por construções antigas e uma sequência de cafés, sorveterias e lojas de suvenires. Um destaque é o Monastério Franciscano, cuja torre pode ser avistada de vários pontos da cidade.

Outros passeios pela região
Saindo da via principal, entrei nas ruelas laterais. Algumas delas são escadarias que sobem em direção às partes mais altas da cidade murada. Uma dessas escadas leva a pequenas praças escondidas e restaurantes ao ar livre, encaixados entre as construções de pedra clara.
Continuei o passeio e alcancei a Praça Luža, onde estão a Igreja de São Brás, o Palácio Sponza e a imponente Catedral da Assunção da Virgem Maria, com sua cúpula elevada visível de vários pontos do centro.
Ainda nas proximidades, o Palácio do Reitor se destaca pelo pórtico com colunas góticas e renascentistas. Esses edifícios históricos ajudam a entender por que Dubrovnik é considerada uma das cidades medievais mais bem preservadas do mundo.

Na parte externa da muralha, caminhei até a área onde se avistam os fortes de Lovrijenac e Bokar, localizados em penhascos que se debruçam diretamente sobre o mar. Essa parte do trajeto revela um dos trechos mais fotogênicos da cidade. O contraste das pedras escuras das fortalezas com o mar esverdeado e cristalino é imperdível.

Split (Croácia)
Ao chegar a Split, logo no desembarque, já se percebe o movimento intenso do porto, com balsas e pequenos barcos cruzando o mar Adriático em várias direções. Optei por começar o dia na segunda maior cidade da Croácia com um passeio de tuk-tuk, alternativa prática para quem quer explorar os principais pontos em pouco tempo.


A rota incluiu algumas paradas estratégicas, com destaque para o mirante que oferece uma vista panorâmica da região portuária, da Riva (a orla central) e da parte antiga da cidade, com a torre da Catedral de São Domnius se destacando entre os telhados vermelhos.
Depois do passeio, caminhei um pouco pelo centro histórico, com ruas de pedra clara, praças abertas e construções em estilo veneziano. A movimentação de turistas era intensa, com cafés lotados e restaurantes, sobretudo na região próxima ao Palácio de Diocleciano, uma das estruturas romanas mais bem preservadas da Europa, que hoje abriga lojas, restaurantes e ruínas abertas à visitação.

No período da tarde, segui para uma das praias próximas – por aqui são raras as opções com areia.
Cercada por vegetação densa e com boa estrutura para os banhistas, a praia tinha água cristalina e de temperatura agradável, com tons de azul que variavam conforme a incidência da luz. O visual do paredão rochoso ao fundo, com as construções embutidas na encosta, completava a paisagem.

Kotor (Montenegro)
A chegada em Kotor foi a mais interessantes da viagem, sobretudo pela imponente combinação entre mar e montanhas que marca toda a paisagem da baía. Foi a única parada onde o navio ancorou, ou seja, ficou no mar e não no porto.

O que visitar
Com o desembarque feito por tenders (pequenos botes que realizam o traslado dos passageiros), em um trajeto de meira hora, chegamos ao centro histórico, cercado por muralhas bem preservadas.
A entrada principal ainda guarda uma inscrição que remete ao ano de 1944, quando aconteceu a libertação da cidade, dominada pelas forças do Eixo na Segunda Guerra Mundial.
No interior da cidade murada, tudo convida à caminhada: ruas de pedra, becos estreitos, pracinhas com cafés ao ar livre, canhões antigos e construções de pedra que contrastam com os tons vivos das janelas e toldos. Um dos pontos centrais é a torre do relógio com obelisco de pedra à frente, cercada por restaurantes e lojas.

A Catedral de São Trifão, com duas torres diante das montanhas, também marca presença. No alto da muralha, a vista da cidade e das montanhas ao fundo ajuda a entender por que essa foi uma das fortalezas mais importantes da região.

No início da tarde, embarquei num passeio de lancha pela Baía de Kotor. Ao longo da navegação, a paisagem alternava entre vilarejos de pedra à beira-mar, igrejas com torres pontiagudas e montanhas com vegetação densa.
Uma das paradas foi a pequena ilha artificial onde está a Igreja de Nossa Senhora das Rochas, acessível apenas por barco. Em seguida, passamos por Perast, uma cidade encantadora, com uma das vistas mais lindas que tive na viagem, com várias construções históricas, também voltada para o mar.


Outro destaque do passeio foi a visita a um antigo túnel militar, escavado nas rochas para abrigar submarinos. A nossa lancha entrou no túnel e percorreu seu interior, enquanto o guia colocava a trilha sonora de Missão Impossível para embalar a aventura.
Mais adiante, a lancha nos levou até um antigo forte circular, que serviu de campo de concentração no século 19, ficando sob domínio das forças italianas fascistas durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje abriga um hotel de algo luxo. Saindo dali, chegamos à famosa Gruta Azul, uma caverna marinha com água cristalina. A luz refletida no fundo cria um tom azul intenso dentro da caverna, cenário que atrai dezenas de banhistas.




Messina (Sicília, Itália)
Messina foi uma parada de exploração rápida e eficiente. Logo na saída do porto, optei por embarcar em um trenzinho turístico que percorre os principais pontos da cidade. O trajeto incluiu ruas residenciais e históricas, com destaque para construções mais antigas que ainda conservam varandas com as clássicas roupas penduradas, passagens estreitas e uma atmosfera autêntica do sul da Itália.

Durante o trajeto, pude ver a Igreja do Carmo, a Igreja de Santa Maria Alemanna e também a Fontana di Orione. O passeio seguiu até a Catedral de Messina e sua imponente torre do relógio.

Essa torre é o palco de um espetáculo mecânico que acontece diariamente ao meio-dia, quando figuras em bronze se movem ao som de música sacra. Subi na torre e tive uma visão panorâmica da cidade, com destaque para a paisagem urbana ladeada pelas montanhas ao fundo e para a Cúpula do Santuário de Cristo Rei ao longe. A subida vale, mas não é imperdível.


Após o passeio, fui até a tradicional Rosticceria Famulari, fundada em 1986. O local estava cheio de moradores que passavam rapidamente pelo balcão para pegar suas encomendas.
Como era domingo, ficou claro que estavam ali garantindo o almoço em família, enquanto turistas aproveitavam para também experimentar os famosos arancini, bolinhos de arroz típicos da Sicília. O ambiente era simples, com atendimento rápido e variedade de opções nas vitrines.
Terminei o dia caminhando pelas ruas ao redor da Piazza Duomo, onde a vida local se mistura ao turismo e bem próxima ao porto.

Nápoles (Itália)
Em Nápoles, desembarquei no porto central e segui a pé em direção ao bairro da Sanità, região onde fica a entrada da Napoli Sotterranea, uma das principais atrações históricas da cidade.
Como visitar
A entrada fica em uma travessa discreta, mas bem sinalizada, com um pequeno pátio de espera antes do início do tour guiado. O passeio conduz os visitantes por túneis e câmaras subterrâneas utilizados desde o período greco-romano.

Durante a Segunda Guerra Mundial, essas galerias foram transformadas em abrigo antiaéreo, e ainda hoje é possível ver objetos deixados pelos moradores da época. A iluminação é mínima e a temperatura é significativamente mais baixa do que na superfície.

Algumas passagens são bastante estreitas, mas não se preocupe, se você tiver algum problema com claustrofobia, caminhos alternativos estão à disposição.
Para chegar até lá a partir do porto, a caminhada de 30 minutos já serviu como um passeio, em que pude testemunhar a essência de Nápoles nas ruas movimentadas, no trânsito intenso e no fanatismo dos moradores pelo futebol. Em qualquer lugar é possível ver fotos e suvenires de Maradona, craque argentino que jogou pelo Napoli nos anos 1980 e é tido na cidade até hoje como um deus.
Após a visita aos subterrâneos, voltei caminhando pelas ruas mais baixas até um dos pontos de parada do ônibus turístico hop-on hop-off, que oferece uma rota panorâmica pelos principais bairros e monumentos de Nápoles – uma boa pedida para otimizar o tempo.
O trajeto inclui a zona portuária, o bairro de Chiaia, a Via Caracciolo e a área do Castel dell’Ovo. Do andar superior do ônibus, a vista para o Golfo de Nápoles e o Monte Vesúvio ao fundo é companhia constante.
Galleria Umberto I
Desembarquei novamente nas proximidades da Galleria Umberto I, que lembra a Vittorio Emanuele em Milão, e caminhei até a Piazza del Plebiscito, onde estão o Palácio Real e a Basílica de San Francesco di Paola.

A praça, ampla e cercada por construções imponentes, concentra parte da vida pública da cidade, com grupos de turistas, moradores e artistas de rua. Em seguida, continuei a pé pelo centro histórico, onde a circulação de pedestres é intensa e as ruas estreitas abrem caminho para pequenas igrejas, tabacarias e lojinhas de souvenires.

Um destaque importante, que muita gente acaba deixando passar, é a culinária local. Viajar de cruzeiro nos induz a fazer as refeições dentro do navio, afinal, já está pago. Mas, nas paradas, almoçar cada dia em uma cidade é uma experiência encantadora – e poupa o tempo de voltar a bordo só para comer no meio do dia.

Em Nápoles, por exemplo, encontrei uma das massas caseiras mais deliciosas que já comi até hoje. À primeira vista, a impressão que fica é daquele atendimento direto e objetivo, que beira a grosseria, mas a comida estava realmente espetacular, feita ali, molho e massa, na hora.
Livorno – Cinque Terre (Itália)
A escala em Livorno teve um diferencial importante em relação às demais, pois o navio permaneceu atracado por uma noite, o que possibilitou aproveitar a região sem a típica pressa de retorno.
O que visitar
Na manhã do primeiro dia, saí de táxi até a estação central e, de lá, embarquei em um trem rumo a Cinque Terre, o pitoresco conjunto de cinco vilas coloridas à beira-mar e montanha acima. É possível adquirir um tíquete único para o todo dia e assim usar o trem para conhecer todas as vilas.

Manarola
A primeira que visitei foi Manarola, facilmente acessível a partir da estação ferroviária. O trajeto entre os trilhos e a entrada da vila é curto, feito a pé, passando por um túnel que desemboca nas ruelas estreitas e floridas do vilarejo.
Segui pela rua principal até os paredões rochosos, de onde se tem a famosa vista panorâmica da vila e que para sempre ficará registrada na memória. Não há praia com areia ali, mas há pontos para banho nas rochas, onde alguns visitantes se arriscam em mergulhos ou simplesmente se sentam para contemplar o movimento do mar (mas eu só passei por duas, então comprei as passagens de forma avulsa).

Depois de explorar Manarola, que é bem pequena, peguei novamente o trem para Monterosso, a maior das cinco vilas. Em Monterosso, a estação já fica de frente para a faixa de areia, com acesso imediato à orla.
Como visitar e quanto custa
O lugar tem estrutura turística consolidada, com beach clubs, aluguel de cadeiras e guarda-sóis, que podem chegar a € 70 o dia na alta temporada, além de restaurantes e sorveterias ao longo do calçadão.

De Monterosso, voltei para a estação e iniciei o trajeto até Pisa, fazendo baldeação em La Spezia. O percurso é um pouco mais longo, mas bastante viável. Ao chegar na estação de Pisa, optei por fazer todo o trajeto até a torre a pé, seguindo pelas margens do rio Arno.
No caminho, passei pela igreja gótica de Santa Maria della Spina, um pequeno templo em mármore branco que se destaca na paisagem urbana. A caminhada permitiu observar o centro da cidade em seu ritmo cotidiano, com moradores em bicicletas, cafés com mesas externas e o comércio local em funcionamento.

Ao chegar à Piazza dei Miracoli, o impacto da torre inclinada de Pisa é imediato. Mas ali há mais que o cartão-postal para ver: a praça abriga também a catedral e o batistério, todos com fachada em mármore e detalhes arquitetônicos minuciosos. Na sequência, passeei pelas ruas ao redor, que concentram restaurantes e lojinhas. O retorno a Livorno foi feito no fim do dia, novamente por trem.

Na manhã seguinte, como o navio só deixaria o porto às 16h, aproveitei para descansar. Foi um tempo de pausa após um dia intenso, que possibilitou usufruir com mais tranquilidade das áreas comuns do navio e descansar para o desembarque no dia seguinte.
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