Embarcamos para a Índia com a Ethiopian Airlines, companhia aérea que atua no Brasil desde 2013. São cinco voos semanais com 12 horas de duração entre São Paulo e Adis Abeba, a capital da Etiópia, de onde partem mais de cem rotas para todo o mundo.
No caso da Índia, são mais seis horas de viagem até Nova Délhi, depois de conexão relativamente rápida. Os preços competitivos dão à companhia etíope uma interessante relação custo-benefício para chegar principalmente a países da África ou da Ásia.
Quem viaja a bordo dos aviões Boeing 787-8 Dreamliner encontra entretenimento com alguns filmes novos e janelas com controle eletrônico de luminosidade. Passageiros da classe executiva (Cloud Nine) contam com poltronas quase totalmente reclináveis, nécessaire completa e fone antirruídos.
No trecho a partir do Brasil, o menu à la carte servido nessa classe valoriza a nossa culinária. Depois da conexão em Adis Abeba, são oferecidas receitas tradicionais do país africano, como a injera, uma espécie de panqueca fermentada à base de um cereal chamado tefe, acompanhada de vários tipos de pastinhas e guisados.
Tanto na executiva como na econômica, o trecho Guarulhos-Adis Abeba soma três refeições, além de vinhos e café de origem etíope. Além disso, há membros moçambicanos na tripulação, que tem o português como primeiro idioma, facilitando a comunicação.
Pontuando milhas pela Star Alliance, a Ethiopian tem parceria com a Azul para voos no Brasil. Passageiros da executiva podem usar o lounge da Gol em Guarulhos e também a sala VIP da Ethiopian durante a parada no aeroporto Bole, em Adis Abeba.
O aeroporto, aliás, acaba de ganhar um novo e moderno terminal – a parte antiga continua ativa, com duty-free de marcas internacionais e lojas de produtos típicos da Etiópia, além de lanchonetes para presenciar a tradicional cerimônia do café.
Viajantes em conexão maior que oito horas na capital etíope contam automaticamente com hospedagem, traslados, alimentação e visto, sem custos extras (desde que a conexão longa seja a primeira opção disponibilizada pela companhia e não uma escolha do passageiro).
A Ethiopian tem seu próprio hotel próximo ao aeroporto, inaugurado em janeiro deste ano, com 373 quartos e o maior restaurante chinês da África.
E há ainda a opção de stopover, em que se pode estender o tempo de conexão na Etiópia para até 72 horas, antes de embarcar rumo ao destino final (mas sem a assistência mencionada acima). É um jeito de agregar mais um lugar à viagem, usando a mesma passagem aérea sem pagar a mais – basta solicitar o stopover no momento da compra on-line e também providenciar o visto etíope.