Barriguinha mais do que cheia, cansaço de piscina batendo e um céu bem estrelado: assim eram as minhas noites no resort Cana Brava, em Ilhéus (BA). A 23 quilômetros do aeroporto da cidade, o complexo une diversão, lazer e comodidade com sistema all-inclusive. Rodeado de Mata Atlântica, ele dá vista para a praia de Cana Brava e é cortado pelo Rio Jairi, que forma um lago onde é possível nadar. Essas águas são conhecidas pelas propriedades terapêuticas – dizem por lá que o ferro e o iodo são nutritivos para os cabelos e a pele.
Se tem uma área em que o Cana Brava se destaca, certamente é a de lazer! Logo no check-in, recebi um mapa da propriedade e a programação semanal. São duas piscinas: uma para atividades, com direito a um submarino para a criançada, e outra só para descanso, mais afastada e com deques para massagem e bares molhados. Próximo ao lago está o circuito de aventura, pago à parte (R$ 20), com parede de escalada, arvorismo e tirolesa que pode acabar dentro da água.
Tem ainda kids club, quadras de tênis e vôlei, hidroginástica, caminhada para terceira idade, aulas de dança, caiaque, stand up paddle…. Quem viaja com crianças pode ficar despreocupado: além da equipe de recreação, o resort em Cana Brava disponibiliza baldinhos para os pequenos brincarem na praia. Na Baby Copa, os pais podem preparar papinhas. O banho no mar limpo e calmo em frente ao hotel também cai muito bem. Depois de pegar um bronze, é uma boa ideia marcar uma massagem (R$ 100) no final da tarde.
Como são os quartos e os restaurantes do Cana Brava
Entre as 320 acomodações do Cana Brava, as mais procuradas são os chalés que ficam em meio às árvores, tendo como quintal uma das praias mais desertas de Ilhéus. São quatro categorias de quartos: Luxo, Chalé Master, Standard e Family. Nesta última, passei meus dias circulando entre dois ambientes: uma sala com minicozinha e quarto com cama king size.
Quando o assunto é comida, vale saber que aqui é tudo muito prático: há cinco anos, o Cana Brava aderiu ao sistema all-inclusive, que cobre também bebidas alcoólicas. São três opções de lugar para comer. A maioria das refeições acontece no restaurante Encontro das Águas, que tem bufê e promove jantares temáticos (às quintas-feiras, por exemplo, rola a noite nordestina, com comida típica e muito forró, incluindo dançarinos profissionais no palco externo).
Uma alternativa para jantar é o reformado Coco Dendê, que serve comida à la carte sob reserva. Comecei os trabalhos com uma salada de palmito pupunha, shitake, tomate-cereja, folhas verdes e queijo; depois, segui para o medalhão de filé grelhado com risoto de funghi e parmesão. Quem preferir também pode ir de moqueca de camarão ou risoto de quinoa com abobrinha. Para beber, escolhi licor de cacau batido com suco de maracujá e gelo, o drinque mais famoso do resort. Já o restaurante Mar à Vista, como o nome já diz, tem um lindo panorama da praia. Aberto até as 23h, serve pizzas, hambúrgueres, crepes, salgados e afins. Das 12h às 14h, o quiosque à sua frente oferece o famoso acarajé da baiana. A Bahia, afinal, é uma delícia.
Passeando por Ilhéus
No Cana Brava, é possível contratar com custos extras alguns dos passeios mais conhecidos da região de Ilhéus.
- Fazenda de Cacau: neste passeio, é reconstruído um pouco do cenário das propriedades que transformaram Ilhéus em uma das maiores produtoras de cacau do mundo há algumas décadas. O visitante aprende sobre a produção, visitando a plantação, a estufa e o museu. No fim, pode degustar e comprar guloseimas.
- City Tour histórico: traça um panorama do que foi a Capital do Cacau um dia, passando pela catedral de São Sebastião, o Bar Vesúvio (pertencente ao personagem Nacib, no romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado), a Casa de Cultura Jorge Amado, o antigo bordel Bataclan, o Mirante da Piedade e o Palacete do Coronel Misael Tavares, conhecido como Rei do Cacau.
- Outros tours mais distantes: Morro de São Paulo (a 190 km de Ilhéus), Itacaré (70 km), escuna pelas ilhas (116 km).