Turismo do sono oferece experiências especializadas em hotéis e resorts que priorizam descanso de qualidade e recuperação do bem-estar
Dormir bem virou luxo nos tempos atuais. Dados recentes indicam que 67% dos viajantes brasileiros colocam o descanso no centro de seus planos de férias. O turismo do sono surge como resposta a essa demanda crescente por recuperação física e mental.
O que é turismo do sono
Diferente das viagens tradicionais, essa modalidade prioriza o repouso como objetivo principal. Hotéis e resorts criam ambientes propícios ao relaxamento com isolamento acústico, controle de iluminação e temperatura regulada. Estabelecimentos especializados oferecem programas personalizados com terapias relaxantes, meditação e alimentação balanceada.
A infraestrutura vai além dos quartos confortáveis. Os hóspedes encontram colchões de alta tecnologia, menus de travesseiros e serviços complementares como aromaterapia e cromoterapia. O mercado mundial movimentou mais de US$ 690 bilhões em 2024 e deve crescer outros US$ 400 bilhões até 2028.
Destinos brasileiros em destaque
Natal lidera o ranking nacional como melhor destino para essa experiência, graças a praias paradisíacas e infraestrutura hoteleira com spas. Bertioga, no litoral paulista, aparece em segundo lugar com ambiente sereno e vegetação exuberante.
Gramado, na Serra Gaúcha, inaugurou o Wood Dreaming, primeira experiência brasileira totalmente dedicada ao turismo do sono. Em Curitiba, o NH Collection oferece isolamento acústico, cortinas blackout e travesseiros com tecnologia NASA. No Rio de Janeiro, o Emiliano serve chá relaxante e oferece ritual do sono com aromaterapia personalizada.
Opções internacionais atraem viajantes
Kioto no Japão, Santorini na Grécia, Costa Amalfitana na Itália e Maldivas lideram as preferências globais em 2025. O Zedwell, primeiro hotel britânico totalmente dedicado ao sono, opera em Londres com quartos sem televisores.
Na Espanha, o SHA Wellness Clinic em Andalucia oferece programas médicos especializados com avaliações completas do sono. Nas Maldivas, os resorts Soneva disponibilizam programas de sete ou 14 dias focados em recuperação do sono.
Mercado em expansão
Pesquisa do Kayak com 1.010 viajantes brasileiros mostra que 20% pretendem usar viagens para recuperar o sono perdido. A pandemia intensificou a privação de sono e aumentou a consciência sobre bem-estar. Viajantes gastam em média US$ 1.725 em escapadas focadas no descanso.
Os hotéis investem em tecnologias avançadas. O Park Hyatt de Nova York possui suítes com colchões inteligentes que detectam e ajustam pressão corporal automaticamente. Alguns estabelecimentos oferecem até concierges especializados em sono.
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