A icônica marca Pan Am revive a era dourada da aviação com roteiros exclusivos e preços que ultrapassam R$ 500 mil
A lendária Pan American World Airways, conhecida mundialmente como Pan Am, volta a voar – ao menos no imaginário nostálgico dos entusiastas da aviação. Embora a empresa tenha falido em 1991, sua marca, no entanto, ressurgiu com força total no segmento de turismo de luxo. Por isso, os novos voos, operados pela empresa Bartelings e organizados pela agência Beyond Capricorn, buscam recriar o charme das décadas passadas.
Com a licença da marca Pan Am, o primeiro tour, batizado de “Tracing the Transatlantic”, teve início no aeroporto JFK, em Nova York. Em seguida, cruzou o Atlântico até Lisboa, passando ainda por locais icônicos como as Bermudas, Londres e Shannon, na Irlanda. Ao todo, 50 passageiros embarcaram nessa jornada exclusiva. O pacote, aliás, chegou a custar R$ 360 mil, já que incluía hospedagens cinco estrelas e, além disso, experiências únicas.
Viagens exclusivas, nostalgia e sofisticação
No voo charter, a aeronave utilizada foi um Boeing 757 decorado com referências visuais da Pan Am original. Além disso, os comissários usam uniformes retrô, enquanto as aeromoças vestem luvas brancas. Os assentos, por sua vez, são espaçosos e reclináveis. Tudo, portanto, foi cuidadosamente pensado para remeter ao glamour da aviação das décadas de 1950 e 1960, época em que voar ainda era um privilégio para poucos.
A Pan Am, por sinal, foi uma das empresas aéreas mais icônicas do século 20. Fundada em 1927, a companhia passou a ligar cidades como Key West, Havana e Nova York. Em seu auge, em 1970, a empresa transportou 11 milhões de passageiros para nada menos que 86 países.
Com o passar do tempo, a Pan Am se tornou símbolo da expansão global do transporte aéreo. Além disso, foi pioneira em rotas transatlânticas e também no uso de jatos comerciais. Seus serviços de bordo, aliás, eram amplamente conhecidos, com refeições preparadas por chefs renomados. As comissárias, por fim, se destacavam pelo requinte e pela elegância inconfundível.
Crise e queda da gigante americana
Apesar do sucesso, a Pan Am sofreu com a alta do petróleo nos anos 1970, a desregulamentação do setor aéreo nos EUA e, por fim, um atentado terrorista. Em 1988, o voo 103, que seguia de Londres para Nova York, explodiu sobre Lockerbie, na Escócia, matando 270 pessoas. O episódio abalou ainda mais a companhia, que já enfrentava dificuldades financeiras. A falência veio em 1991.
Hoje, a Pan American Airways LLC atua apenas como empresa de licenciamento. Seu portfólio inclui produtos como bolsas, relógios e brinquedos. Agora, com o turismo de luxo em alta, a icônica marca encontra nova vida com roteiros personalizados.
Mais voos nostálgicos já estão programados
A próxima viagem, “Pan Am Tracing the Transpacific”, custará cerca de R$ 520 mil e passará por destinos como Taiti, Sydney, Bangcoc e Nova Déli. Outro pacote, previsto para 2027, será o “PanAm Centenary Circumnavigation”, em comemoração aos 100 anos da marca.
A procura já começou, e as reservas exigem cadastro prévio no site da agência. Mais do que viagens, os pacotes oferecem uma imersão em um tempo em que voar era sinônimo de glamour e status.
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