A Joon, o braço mais jovem da Air France-KLM, chegou ao Brasil há seis meses e passou a operar o trecho Fortaleza-Paris, em parceria com a Gol, firmando o terceiro hub no país da companhia francesa.

Lançada em 2017 para ser laboratório de inovações da Air France (que acabou de completar 85 anos), a Joon mira com força no mercado dos millennials, geração entre 18 e 35 anos que representa 38% do mercado aéreo francês e 22% da clientela do grupo.

Mas existe um divisor de águas entre a Joon que opera na Europa como low cost e a que está em ação no nordeste brasileiro. Por duas ocasiões, viajei com a empresa no trecho Paris-Lisboa, um voo com duas horas e meia. É um avião honesto, com preço compatível (a partir de € 49) e uma equipe de comissários jovens que usam uniformes despojados, com direito a tênis e camiseta feita de plástico reciclável.

Os lanches, cobrados à parte, são mais variados do que o comum, com produtos orgânicos, opções de salada, sanduíches naturebas, smoothies, cappuccino, cerveja artesanal e coquetéis preparados pela equipe de cabine (muitos têm cursos de bartender!).

Água, café, chá e sucos não são cobrados. No restante, não destoa das demais companhias de baixo custo que circulam na Europa, com inclinação restrita da poltrona e sem telas individuais de entretenimento.

Já nos voos de longa distância, como no caso de Fortaleza-Paris, a Joon opera um Airbus A340, com configuração de poltronas 2-4-2 na econômica. A refeição convencional é a mesma servida nos voos da Air France, mas oferece um cardápio à parte próprio da Joon, com variedades de vinhos e petiscos pagos para quem quiser uma comida diferente fora de hora.

O entretenimento a bordo conta com telas individuais touchscreen e programação variada com mais de 200 filmes. Os passageiros podem alugar ainda óculos de realidade virtual por € 15 para assistir a filmes e documentários.

As reservas são feitas no site e as milhas podem ser creditadas no programa Flying Blue da companhia francesa.