Vail é um dos principais destinos de esqui para os brasileiros nos Estados Unidos. Localizada no estado do Colorado e rodeada pelas exuberantes Montanhas Rochosas, a estação tem uma das melhores infraestruturas para esportes de neve do mundo (administrada pela Vail Resorts, que opera também outros nove endereços de esqui americanos), além de ser a segunda maior área esquiável dos Estados Unidos (só perde para Park City que, desde a temporada passada, uniu-se aos antigos Canyons Resorts).
Absolutamente democráticos, seus mais de cinco acres de pistas contemplam com segurança e abundância trechos para iniciantes, intermediários, avançados e esportistas superexperientes – todos muito bem demarcados e com fartura de mapas e sinalizações por toda parte. Fora as pistas, o vilarejo é um charme, com esculturas espalhadas pelo centro, construções com inspiração alpina, hotéis de diferentes budgets, além de ampla oferta de lojas, restaurantes e après-skis para lá de animados (incluindo até o Epic Teen, exclusivo para adolescentes).
![The Arrabelle at Vail Square](http://mundoviajar.com.br/wp-content/uploads/2018/12/vail6.jpg)
O que esperar de Vail
Diferentemente de muitas outras estações de esqui americanas, o destino Vail surgiu na década de 1960 justamente por causa de suas pistas, que tanto encantavam esquiadores experientes. Com tanto fluxo de praticantes, hotéis, restaurantes e bares surgiram para atender à demanda. Hoje, Beaver Creek, Breckenridge e Keystone complementam o cardápio de experiências na neve.
Vail se orgulha em dizer que tem 300 dias de sol por ano – podem enganar turistas à primeira vista, já que as temperaturas chegam a -20 °C no auge da temporada de inverno. Mas a calefação eficientíssima em todos os ambientes internos faz com que a gente esqueça o nariz congelado nas pistas.
Na minha terceira visita ao destino (e falando como alguém que já esquiou e fez aulas em diversas estações de esqui diferentes nas Américas e na Europa), posso dizer que poucos lugares se comparam a Vail no quesito escola de esqui. São mais de 1.500 instrutores de todos os níveis, muitos deles falando português fluentemente e ultra-acostumados com alunos brasileiros. Tive ali, em todas as visitas, os professores mais pacientes e didáticos que já vi. Alex, que me ensinava snowboard pela primeira vez na vida, não foi exceção: divertido e atencioso, não se importava em me explicar pela enésima vez por que o movimento dos meus quadris estava dificultando minha descida na prancha.
![snowboard](http://mundoviajar.com.br/wp-content/uploads/2018/12/Vail-2.jpg)
Ao todo, são 193 pistas e 31 lifts (incluindo a incrível gôndola One, com assento aquecido e Wi-Fi), que fazem a alegria de turistas com todos os níveis de intimidade com a neve. Inclusive o nível zero, que conta com uma bem planejada e extensa área de beginners em diferentes pontos da montanha. Para os experts, Vail é o paraíso, com seus lendários sete bowls (como são chamados os circuitos mais radicais em neve virgem: Sun Down, Sun Up, Teacup, China, Siberia, Inner Mongolia e Outer Mongolia. A infraestrutura impecável inclui também alguns restaurantes no alto das montanhas, em meio às pistas, como o The 10th, com imensas janelas de vidro para apreciar a vista.
Para quem vai aproveitar de fato toda essa infra, o melhor negócio é apostar no Epic, o ski pass que dá acesso ilimitado às pistas e a todos os lifts do complexo (incluindo estações vizinhas, como Beaver Creek). Ele funciona durante um período pré-determinado a partir de quatro dias – com direito a aplicativo que contabiliza percursos, disponibiliza fotos, dá prêmios virtuais e compartilha tudo isso on-line se você quiser.
Organize a viagem
Para aproveitar a montanha, o Epic Pass custa desde US$ 596 e é válido para períodos de quatro ou seis dias de livre acesso a pistas e lifts. Há ampla oferta de aluguel de equipamentos e aulas coletivas ou individuais. Não se esqueça que as atividades do snowpark são pagas à parte!
Como é o Adventure Ridge?
Localizada ao longo da rodovia interestadual I-70, Vail e sua vizinha Beaver Creek oferecem acesso às pistas por meio de três áreas: Lionshead, Vail Village e Golden Peak. Para quem não quer arriscar no esqui nem no snowboard, mas quer brincar com a neve, tem o complexo Adventure Ridge, uma espécie de parque de diversões que inclui snowshoeing (caminhadas com raquetes de neve nos pés), ski-biking (para descidas numa espécie de bicicleta) e o snowtubing, a deliciosa descida na neve sobre enormes boias de borracha. Pais que querem esquiar tranquilos também podem deixar os filhos brincando em segurança no programa Kids for All Seasons.
![Snowtubing](http://mundoviajar.com.br/wp-content/uploads/2018/12/vail7.jpg)
No centrinho de Vail Village, chocolaterias, lojas, lanchonetes, pubs, bares, disco, cinema, restaurantes de primeira linha (como o irretocável Flames, que fica dentro do hotel Four Seasons) e até um boliche high tech mantêm os turistas entretidos depois que as pistas fecham – além do icônico rinque de patinação da Solaris Plaza.
O destino é tão democrático que nem precisa alugar carro. Há serviços de transfers excelentes para ir e voltar do aeroporto, ônibus gratuitos circulando todo dia pelo vilarejo e outros que fazem o trajeto Vail-Beaver Creek várias vezes ao dia. Os bares e restaurantes, geralmente, estão a uma curta caminhada e muitos hotéis de Vail contam com house cars, que levam os hóspedes para jantar sem custos. Até os shopaholics estão bem servidos em transporte por lá: o shopping Outlets at Silverthorne, a cerca de 30 minutos de Vail Village, também conta com ônibus.
![Bar do Hotel](http://mundoviajar.com.br/wp-content/uploads/2018/12/vail10-300x167.jpg)
Mas nenhuma atividade em Vail é tão tradicional fora das pistas quanto o après-ski: a confraternização pós-esqui ali é assunto sério e lota diariamente lugares como os ótimos Los Amigos, literalmente ao lado da pista em Vail Village, e o The Red Lion, o bar mais famoso da cidade há mais de três décadas, com direito a boa música ao vivo. O terraço do Garfinkel’s, em Lionshead, empolga com vistas incríveis para as montanhas. O bar do hotel The Sebastian também enche nesse horário – seu cremoso chocolate quente, servido com conhaque sob uma esfera de chocolate, é a grande vedete do après-ski.
![Garfinfel's](http://mundoviajar.com.br/wp-content/uploads/2018/12/vail4.jpg)
Depois, o negócio é relaxar no spa ou na piscina aquecida do hotel com vista para as Rochosas antes de se arrumar para o jantar. Além dos muitos restaurantes estrelados do complexo, uma opção divertida é o Game Creek, que fica no topo da montanha. Para chegar lá, é preciso pegar uma gôndola de acesso, com o belo visual noturno panorâmico. Depois, sobe-se num snowcat – como são chamados os imensos caminhões que “alisam” a neve das pistas – para chegar, de fato, às portas do restaurante.
Verão em Vail
![canavail](http://mundoviajar.com.br/wp-content/uploads/2018/12/vail3-300x167.jpg)
Vail, além dos muitos eventos e campeonatos que recebe durante a temporada, tem também um dos mais famosos carnavais dos Estados Unidos: o Carni-Vail, que acontece nesta temporada nos dias 25 e 26 de fevereiro. A festa tem um quê de Nova Orleans e seu tradicional Mardi Gras – mas, claro, com direito a après-ski e after-parties à fantasia, além de um desfile carnavalesco.
Vale saber: a cidade continua sendo destino convidativo no verão, quando a paisagem nevada dá lugar a montanhas verdinhas, belíssimos lagos e rotas perfeitas para trilhas, passeios em bike, caiaques e cavalgadas. Mas isso já é conversa para outra história…
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Onde se hospedar em Vail?
Tipicamente alpino, o primeiro hotel de Vail fica no coração do vilarejo e pertinho das pistas.
A poucos passos das gôndolas, o luxuoso hotel tem quartos com lareira.
Conta com um Ski Concierge, que cuida dos equipamentos antes e depois das pistas, além de spa completo.