Revolução nas viagens de fim de semana. Ubatuba, Porto Seguro e outras seis cidades paulistas e baianas adotam taxas para controlar fluxo e gerar recursos

Sua próxima viagem de carro para a praia ou serra pode custar mais caro. Oito cidades turísticas brasileiras já cobram ou aprovaram taxas que variam de R$ 3 a R$ 246 por veículo. A tendência transforma o turismo doméstico e divide opiniões.
Ubatuba, no litoral paulista, registrou aumento de 5,59% na taxa desde janeiro. Já Porto Seguro, na Bahia, implementará cobrança em 2026, atingindo destinos famosos como Trancoso e Arraial d’Ajuda. Os valores chegam a R$ 70 para ônibus de turismo.
São Paulo lidera tendência nacional

Aparecida – Cidade famosa por ser um grande centro de turismo religioso devido ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, enviou projeto à Câmara Municipal com valores entre R$ 5 para motos e R$ 70,11 para ônibus.
Campos do Jordão – Outra cidade paulista que recebe grande fluxo turístico – principalmente durante os meses de inverno -, já aprovou em primeira votação taxa que varia de R$ 6,67 para motos até R$ 246,79 para ônibus.
Ilhabela – Retoma a cobrança em dezembro, após suspensão desde 2020, com tarifa de R$ 19 a R$ 28,50 para carros de passeio.

São Sebastião – Também discute projeto com valores de R$ 5,25 para motos até R$ 143,10 para caminhões.
Ubatuba – Cobra taxa de preservação ambiental desde 2023 com um sistema totalmente eletrônico. Câmeras registram placas na entrada da cidade e cruzam dados automaticamente. Visitantes que permanecem menos de quatro horas ganham isenção. Os valores diários atualizados variam de R$ 3,89 para motocicletas até R$ 102,46 para ônibus.
Porto Seguro: próximo destino

A taxa ambiental foi aprovada em setembro e sancionada pela Prefeitura de Porto Seguro. O sistema funcionará por leitura automática de placas, sem pedágios físicos. Quem atravessar a cidade tem isenção se permanecer até oito horas.
A lei prevê limite de cobrança de dez dias corridos por mês, por veículo. Moradores e trabalhadores locais ficam isentos mediante cadastro prévio.
Outras referências nacionais

Fernando de Noronha (PE) começou a cobrar a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) em 1989, com o objetivo de preservar a biodiversidade do arquipélago. Atualmente cobra R$ 101,33 por pessoa/dia, valor que aumentou 4,2% em janeiro.
Morro de São Paulo (BA) cobra a Tarifa de Preservação e Uso do Patrimônio do Arquipélago Municipal (TUPA) dos turistas. Em 2024, elevou o valor de R$ 20 para R$ 50 por pessoa. A taxa tem validade de 30 dias, podendo ser paga no píer de desembarque ou antecipadamente online. Crianças menores de 5 anos e pessoas com mais de 60 anos são isentas da cobrança.
Objetivo comum: sustentabilidade
As prefeituras justificam as taxas como compensação aos impactos do turismo massivo. Em alta temporada, populações triplicam, pressionando serviços públicos como coleta de lixo, abastecimento de água e trânsito.
Os recursos adivindos das taxas destinam-se à preservação ambiental, manutenção de praias e melhoria da infraestrutura. Contudo, empresários criticam possível afastamento de turistas de baixa renda.
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