Um misto entre tradição, religiosidade e natureza trazem uma aura especial a São Luiz do Paraitinga, cidade a cerca de 170 quilômetros da capital paulista, entre o Vale do Paraíba e Serra do Mar. Isso, somado a energia contagiante do Carnaval torna a vista ao município quase que obrigatória neste período.
Margeada pelo rio Paraitinga, a estância turística tem a fama do melhor Carnaval do interior do estado. Após hiato de dois anos por conta da pandemia do novo coronavírus, a festa volta acontecer este ano.
As tradicionais marchinhas entoadas pelos blocos carnavalesco pelas ruas da cidade atraem turistas de diversas partes do estado e até mesmo estrangeiros, em sua maioria jovens.
Outro destaque do Carnaval de São Luiz do Paraitinga são os bonecos gigantes do bloco Juca Teles, um dos mais tradicionais da cidade e que costuma arrastar uma multidão.
Centro Histórico de São Luiz do Paraitinga
Grande parte da beleza e da atração turística de São Luiz do Paraitinga vem exatamente de seu Centro Histórico. A cidade foi fundada em 1769, no local onde funcionava um antigo pouso de tropeiros e entreposto de mercadorias, erguido estrategicamente no meio do caminho entre Taubaté e Ubatuba.
A cidade mantém sua arquitetura colonial, dos século 17 a 19, no contorno de seus casarões, resultando no maior acervo arquitetônico colonial do estado de São Paulo.
Ao todo, são 437 edificações preservadas na área urbana, todas tombadas pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), ainda habitadas por famílias e descendentes dos primeiros moradores da cidade.
São casas, casarões, sobrados, prédios públicos, igrejas, praças e monumentos que encantam não só pela arquitetura, mas também pelas cores. Entre esses imóveis, destaca-se uma casa construída em 1834 em taipa de pilão –técnica construtiva da época–, onde, em 5 de agosto de 1872, nasceu o cidadão mais ilustre da cidade: o médico sanitarista Oswaldo Cruz.
O que fazer
Fora do Carnaval, a cidade também oferece outras comemorações populares, como a Festa do Divino Espírito Santo. Já distante do agito da festas de rua, os turistas também podem encontrar alento nos atrativos naturais da cidade, como o Parque Estadual da Serra do Mar: Núcleo Santa Virgínia.
Lá, os amantes do ecoturismo podem se aventuras em cinco trilhas, com variados graus de dificuldade, além de possibilitar a praticar de esportes como o rafting. Há ainda outros atrativos como cachoeiras, quedas d’água, passeios de bicicletas, arborismo, passeios de duck e algumas opções de entretenimento para crianças.
É possível também programar um “city tour” pelo centro histórico. O passeio percorre os principais pontos da cidade, como a Casa e Museu do médico sanitarista Oswaldo Cruz, Capela das Mercês, Mercado Municipal e igrejas, como a de Nossa Senhora do Rosário.
O visitante ainda pode aproveitar para ir à Destilaria Mato Dentro, para conhecer como é o processo de fabricação da cachaça, desde o plantio da cana-de-açúcar.
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Como chegar
Para quem sai de São Paulo ou do Rio de Janeiro, o melhor caminho é pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) até Taubaté (saída 111). Depois, seguir pela Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125).
A rodovia é mão única e repleta de curvas acentuadas, o que requer atenção do motorista.