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O que fazer em Los Angeles

Em uma viagem pela Califórnia, Los Angeles acaba servindo, muitas vezes, apenas como porta de entrada, merecedora de não mais que uma “passadinha”. Não é raro ver gente torcendo o nariz para a cidade. Só que resumir LA simplesmente à Calçada da Fama é um erro. Ela não tem mesmo a vibe paz e amor de São Francisco, nem o clima relax chic de Santa Monica ou Santa Barbara. Mas acredite: em dois dias, a Cidade dos Anjos, das Estrelas e afins pode, sim, surpreender (ah! estar de carro ajuda e muito!).

DIA 1

Manhã em Downtown LA

Todo mundo fala de Hollywood, Beverly Hills, Santa Monica… Entre tantos distritos e vizinhos de Los Angeles, Downtown acaba ficando em último plano. Mas vale saber que a área tem passado por uma bela renovação, ganhando boas justificativas para os turistas se deslocarem até lá.

Você pode optar pelos clássicos tours em ônibus de dois andares, que, em trajetos de duas horas, cobrem os principais pontos do centro. Mas bom mesmo é aproveitar a “carona” para descer e explorar a pé por conta própria.

Pode começar pelo Grand Central Market, o “mercadão” de LA, onde as mais diversas etnias se encontram em lojas de comidas típicas, além de outras comidinhas criativas. Prove um café, um suco funcional, um queijinho…

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Downtown LA (Foto: shutterstock.com)

Dali, chega-se a pé à livraria The Last Bookstore, que ocupa o antigo prédio de um banco dos anos 1910.  O que antes era o cofre hoje abriga livros sobre, veja só, crimes, direito e terror. Aproveite para garimpar a seção de US$ 1, onde você pode descolar verdadeiros achados em livros, CDs, vinis e HQs.

Circule pelas redondezas para ver os antigos teatros de arquitetura Art Déco, restaurados e reutilizados – o Rialto, por exemplo, deu lugar a uma loja da Urban Outfitters. Não passa batido o Hotel Ace, que, ocupando a antiga sede de uma companhia cinematográfica, ajudou a trazer ares de renovação para Downtown (e bisbilhotar seu bar é quase garantia de ver algum famoso).

Para finalizar a manhã, o LA Live entra no roteiro de quem busca umas comprinhas ou um lugar para almoçar. Trata-se de um complexo de entretenimento colado à arena Staples Center, casa do time de basquete Los Angeles Lakers. Ali há hotéis, lojas, bares e restaurantes. Para se aprofundar na história da indústria da música, com um pouco mais de tempo, vale a pena conhecer o Grammy Museum.

Tarde em Holywood

A tarde pode ser toda dedicada a explorar a área mais icônica de Los Angeles: Hollywood, distrito que fica a 20 minutos do centro. E não há melhor lugar para ver uma síntese de tudo do que a Hollywood Boulevard, a avenida por onde corre a Calçada da Fama ao longo de seis quilômetros, com 2 mil nomes estrelados. Sair em busca dos seus favoritos já é passatempo para umas boas horas.

Calçada da Fama (Foto: shutterstock.com)
Calçada da Fama (Foto: shutterstock.com)

Mas não deixe passar os outros destaques. O TLC Chinese Theatre é inconfudível: além de arquitetura de inspiração chinesa, exibe na calçada a marca dos pés e das mãos, além das assinaturas, de várias celebridades. A casa, em pé desde 1927, já sediou três cerimônias do Oscar, mas é o vizinho Dolby Theatre (antigo Kodak) que exerce essa função hoje em dia. E ali você pode fazer um tour guiado.

Do outro lado da rua, surge o Roosevelt Hotel, palco da primeira entrega de prêmios da Academia, em 1929, e ainda hoje reduto de famosos – Marylin Monroe chegou a morar ali, em um quarto de frente para a piscina.

Se você não der a sorte de encontrar alguma celebridade na Hollywood Boulevard – e também não ficar satisfeito com as sósias que perambulam atrás de turistas –, dê uma passadinha no museu de cera Madame Tussauds. Pelo menos você vai ver algumas réplicas em tamanho real…

Noite na Sunset Boulevard

Aproveite a noite e migre para a Sunset Boulevard, outra via movimentada que réune endereços imperdíveis para amantes da música, como a loja de discos Amoeba e a de instrumentos musicais Guitar Center. Mas é o trecho chamado de Sunset Strip, já em West Hollywood, que concentra as melhores opções noturnas, como bares, restaurantes e baladas – vide o Rainbow, o The Viper Room e o Marmont.

DIA 2

Manhã no Lacma e no The Grove/Farmers Market

Sim, Los Angeles também é cultura – e não só pop. Por isso, se você gosta de conhecer museus de arte e história, dedique sua manhã ao Lacma, o Los Angeles County Museum of Art. Ali está exposto um acervo de 120 mil peças, que cobre da Antiguidade à arte contemporânea, com ala greco-romana, latina e asiática, além de design, fotografia e filmes. Espere ver obras de Pablo Picasso, Alberto Giacometti, Joan Miró e Diego Rivera – o espetáculo começa já na entrada, com uma escultura formada por 200 postes dos anos 20 e 30, restaurados.

Los Angeles County Museum of Art (Foto: Andrew Zarivny/ shutterstock.com)
Los Angeles County Museum of Art (Foto: Andrew Zarivny/ shutterstock.com)

Agora, se a sua pegada é mais para compras, é óbvio que LA tem opção para você – é só atravessar a rua, praticamente. O The Grove é um shopping a céu aberto que reúne lojas como GAP, Zara, Forever 21 e Apple. Na hora do almoço, esbalde-se no Farmers Market, logo ao lado, uma feira de produtores locais que também tem barracas de comidas variadas, típicas de vários países.

Tarde no Griffith Park

Quem, em sã consciência turística, vai a Los Angeles e não faz questão de tirar uma foto do célebre letreiro de Hollywood? Pois bem, notícia ruim: não dá para chegar perto das colossais letras de 15 metros de altura. Mas circular pelo Griffith Park, que é basicamente o equivalente ao Central Park em LA, é uma boa pedida.

Pelas trilhas, você consegue ver o cartão-postal e fazer umas fotos, mesmo que ao longe. Só que, ao contrário do parque de NY, não espere encontrar uma vegetação verdejante – LA é árida e a paisagem do Griffith, idem. Mas tem a vista: quanto mais alto você subir nas trilhas, melhor fica o skyline, especialmente em dias de céu limpo: dá para ver Downtown e as mansões imponentes nas redondezas. Um dos melhores lugares para ter uma visão geral é o Griffith Observatory, planetário que pode render um bom programa para quem vai com crianças – assim como o zoológico do parque.

Noite em Beverly Hills

Sim, você merece uma noite em Beverly Hills – isso se você não tiver mais tempo para explorar o pedaço mais caro, mais glamuroso, mais estrelado dos arredores de Los Angeles. Beverly Hills, vale saber, é uma cidade independente, mas sempre associada a LA (afinal, onde você acha que moram as celebs e as patricinhas?).

  • Se der tempo, inclua:

Arts District: parte de Downtown, esta antiga zona industrial tem ganhado vida com a  revitalização de velhos galpões, que agora abrigam galerias, estúdios, lojas e restaurantes (como o ótimo Factory Kitchen, de massas artesanais). As paredes são tomadas por arte de rua de excelente qualidade.

Getty Villa: mais um museu de primeira na região de Los Angeles. No caminho até Malibu, o Getty Villa foi construído para abrigar a coleção de mais de 40 mil itens de arte do magnata Jean Paul Getty. Ele mandou erguer uma autêntica villa romana repleta de galerias e jardins, onde hoje estão expostas peças gregas, romanas e etruscas.