Washington combinado com Nova York
Não vale a pena fazer bate-volta. Reserve no mínimo duas noites (faça uma forcinha para ficar três) para conseguir sentir o clima da cidade. De todo modo, chegar à capital americana a partir de Nova York é fácil. Pode ser via trem, avião, ônibus ou carro alugado. De trem, são cerca de três horas e 35 minutos (de trem rápido, demora duas horas e 50 minutos). A empresa Amtrak tem trens com várias saídas diárias partindo da Penn Station e da Grand Central Terminal até a Union Station em Washington. Os valores são a partir de US$ 49 (apenas um trecho, na baixa temporada). Mais longa, porém mais barata, a viagem de ônibus demora cerca de cinco horas e custa a partir de US$ 25 (o trecho) pela empresa Greyhoud. De carro, a viagem dura, em média, quatro horas e meia, e de avião, demora uma hora e meia.
Como se locomover em Washington, DC
DC é muito boa para caminhar e pedalar. Não tem como se perder, as ruas paralelas são nomeadas a partir de um esquema de letras e números. Elas são cortadas por avenidas com nomes de outros estados americanos. Carro é totalmente dispensável, o metrô atende bem o centro e os bairros mais afastados, com bilhetes a partir de US$ 2. Outra opção é o ônibus DC Circulator, que custa apenas US$ 1 e roda bem nos principais bairros e pontos turísticos.
O que visitar em Washington, DC
Você olha aquele gramadão verde (no inverno, fica tingido de branco da neve) e dá vontade de sair correndo e depois se jogar ali uns minutinhos para descansar antes de começar a bater perna. Esse imenso jardim que vai do Lincoln Memorial até o Capitólio é o National Mall, o filé de DC. É exatamente por ali que começa o passeio pela capital. Alugar uma bicicleta ou segway torna o giro bem mais compacto, exatamente porque a área é toda plana. Pela Bike and Roll, o aluguel de duas horas fica US$ 16.
Pedalando ou acelerando, vale parar para fotografar o Memorial da Segunda Guerra Mundial, com o espelho d’água Reflecting Pool logo atrás. Ele se prolonga até o Lincoln Memorial, ponto icônico da capital. Foi ali, no alto da escadaria do memorial ao ex-presidente americano, que Martin Luther King fez seu famoso discurso I Have a Dream para milhares de pessoas em 1963. As fotos nas escadarias são clássicas, assim como as que enquadram o espelho d’água e o famoso obelisco do Monumento a Washington. Pertinho, o Martin Luther King Jr. Memorial é a pedida para mais uma paradinha, e mais algumas pedaladas levam ao Thomas Jefferson Memorial, terceiro presidente americano, às margens do Rio Potomac.
Depois da maratona histórica, começa a dos museus. Recortando os três quilômetros que formam o National Mall estão os incríveis e gratuitos museus do Smithsonian Institution. É preciso fazer uma seleção do que se deseja ver (afinal, são 19 museus). Entre os imperdíveis está o de História e Cultura Afro-Americana, aberto em 2016, bem pertinho do obelisco do Monumento a Washington. É um espaço para mexer e provocar reflexões. Com mais de 20 mil m², o acervo traça a história da população afro-americana: da segregação racial à luta pelos direitos civis, passando também pelas produções artísticas, culturais e o esporte. É riquíssimo, coroado por um projeto arquitetônico ousado que ostenta um painel de bronze de três camadas na fachada. Desde sua abertura, o museu é um sucesso de público e, para visitá-lo, é preciso agendar com antecedência pelo site.
O National Air & Space Museum também é concorrido por mostrar a maior coleção de aeronaves, foguetes e naves espaciais do mundo. São 500 mil objetos, entre eles a cápsula da Apolo 11, diversos foguetes e planetário. A 35 quilômetros dali, na vizinha Virginia, fica um braço do museu para abrigar exemplares ainda maiores, como um avião Concorde e o Boeing B-29 que jogou a bomba atômica sobre Hiroshima. Outro que arrebata uma legião de fãs é o Museu de História Natural, que, a exemplo do de Nova York, traz uma coleção com incontáveis espécies de plantas, animais e até meteoritos. Coloque na lista também o Museu de História Americana, que fala do DNA do país, com itens curiosos como os primeiros computadores Apple, os primeiros celulares, além dos sapatinhos da personagem Dorothy (O Mágico de Oz) e as luvas da lenda Muhammad Ali.
Se tiver mais tempio, explore com calma Georgetown, bairro charmoso que relembra a DC dos tempos coloniais, com as construções de tijolinhos, casinhas coloridas, restaurantes refinados, uma alameda inteirinha de lojas e muito verde. Para curtir a noite, aposte em Dupont Circle – repleta de bares e restaurantes. E tem mais museu: o Newseum, dedicado à comunicação, mostra o trabalho jornalístico e as grandes coberturas globais. É pago (US$ 24,95), mas vale cada centavo.
É possível visitar a Casa Branca? Apesar do esquema de segurança, é possível chegar próximo à grade da Casa Branca e tirar fotos da residência da família Trump. Visitá-la é bem mais complicado e exige contato com a Embaixada brasileira na cidade e longa espera (mesmo assim, a chance de conseguir é mínima). Já entrar no Capitólio é mais fácil e há tours gratuitos. Os pedidos precisam ser feitos pelo site, com pelo menos dez dias de antecedência.
Onde comer?
Em Georgetown, as massas caseiras do Filomena Ristorante não negam suas raízes italianas. A própria dona Filomena, senhorinha fofa que fica na entrada fazendo nhoque, mostra a qualidade artesanal do lugar. O que comer? ravioli, fettuccine, agnolotti, canelone, lasanhas… Um hambúrguer para descontrair pode ser pedido no Ray’s Hell Burger, lugar em que Barack Obama costumava aparecer com frequência.
Onde dormir?
Para todos os bolsos, DC é salpicada de hotéis de todas as categorias. Os dispostos a pagar US$ 300 encontram o The Fairmont Washington. É pertinho do metrô, tem acomodações elegantes e serviço impecável. Mais em conta, entram no páreo o Windsor Park Hotel, com café da manhã incluído e diárias a partir de US$ 95.
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