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5 dias em Paris: o que curtir nos dias 3 e 4 gastando pouco

Continuando o nosso roteiro econômico por Paris, resolvemos fazer um passeio de barco pelo rio Sena e depois visitar o  Museu D’Orsay. A partir dele, é possível fazer diversos outros passeios a pé pela região. Confira a seguir os dias 3 e 4 de nosso roteiro econômico pela Cidade Luz.

 

Dia 3

Para variar um pouquinho o combo metrô mais caminhada, achei por bem investir uns euros (há opções de € 8 a € 13) num dos muitos cruzeiros pelo Sena. As melhores opções são os passes diários, que permitem descer do barco e subir várias vezes ao longo do dia. Ver Paris a partir do Sena e passar por debaixo de suas mais famosas pontes vale o investimento.

Os barcos circulam pelo rio da Torre Eiffel até depois da igreja de Notre-Dame e há distintas paradas possíveis em suas margens. Optei por descer na mais próxima ao Museu D’Orsay, meu preferido na cidade e paraíso para amantes do Impressionismo (entrada liberada com o Museum Pass). Bem menor que o Louvre, é mais fácil de ser visitado pela primeira vez, mesmo com pouco tempo.

Museu D'Orsay
Museu D’Orsay

Saindo dele, não é preciso caminhar muito para chegar ao Boulevard Saint-Germain, endereço célebre entre famosos intelectuais e artistas que também fizeram a fama de Paris. Ali, entre diversos restaurantes, lojas e livrarias ficam endereços míticos, como os cafés De Flore e Les Deux Magots, sempre apinhados de gente – mas, com orçamento apertado, não vale parar ali para o café, que custa em torno de € 5. Melhor programa é virar no Boulevard Saint-Michel, até hoje famoso entre estudantes, passar em frente à famosa universidade Sorbonne e seguir até o Jardim de Luxemburgo. Tido por muitos como o mais belo jardim parisiense, é a parada perfeita para o descanso na caminhada. Muita gente aproveita para comer ali seu almoço, seja em lanche para viagem ou num piquenique mais caprichado, instalado numa das inúmeras cadeiras e diversos bancos propositadamente espalhados pelos jardins.

De volta ao Boulevard, um breve desvio à direita e chegamos ao majestoso Panteão, antiga igreja e obra genial do arquiteto Soufflot, convertida num dos mais impressionantes edifícios de Paris. Ali, debaixo do gigante domo e entre enormes colunas, estão enterrados gênios como Voltaire e Victor Hugo (entrada a € 8,50, mas grátis com o Museum Pass). No Panteão, a gente já está no Quartier Latin, um dos bairros mais famosos da cidade. Tradicional reduto estudantil e boêmio de Paris, é repleto de bares, restaurantes étnicos e livrarias. Fui caminhando sem pressa por suas ruas e fiz um desvio para a belíssima Mesquita de Paris. Mas meu interesse era mais mundano que religioso: é ali que fica o delicioso Café Maure, o café da Mesquita, pretexto perfeito para uma pausa com direito a chá de menta e docinhos árabes. Poucas quadras depois, já quase à beira do Sena, a gente chega ao espetacular prédio do Instituto do Mundo Árabe.

Instituto do Mundo Árabe
Instituto do Mundo Árabe

Fascinante também pelo lado de fora, a incrível obra do arquiteto Jean Nouvel guarda em seu interior trabalhos em bronze, cerâmica, têxteis e objetos científicos do mundo árabe e das civilizações islâmicas. A visita ao interior de seu museu é paga, mas subir ao seu espetacular terraço panorâmico no último andar é inteiramente grátis, com vista privilegiada da cidade. Dali, basta cruzar o rio para chegar à igreja de Notre-Dame. Para subir às suas torres e chegar pertinho de suas famosas gárgulas é preciso fôlego – são mais de 380 degraus até lá em cima – e dose extra de paciência com a fila constantemente longa. Já entrar na igreja é grátis, contemplando sua arquitetura singular e seus vitrais impressionantes.

Próximo à catedral, há outra parada dos barcos que atravessam o Sena. Vale fazer bom uso do seu passe, entrar novamente em um e ver a cidade se iluminando com uma nova perspectiva.

 

Dia 4

De metrô, a gente chega fácil aos pés das colinas de Montmartre. Descer na estação de Pigalle, quase em frente ao mítico Moulin Rouge, é a opção da maioria dos turistas para começar a subida a um dos bairros mais lendários de Paris. Para poupar as pernas, vale tomar o funicular que leva ao topo da colina (grátis com o NaviGo) em vez de subir as inclinadas escadarias. Lá no alto, a gente desce do funicular panorâmico praticamente em frente à majestosa igreja de Sacré-Coeur. Enorme e muito, muito branca, ela chama mesmo nossa atenção, soberana no alto da montanha. Suas escadarias sempre repletas de músicos e vendedores de lembrancinhas levam ao seu mirante. Por dentro, a bela igreja também não cobra pela visita – a menos que você queira subir em sua cúpula.

Preferi usar meu tempo caminhando pelo bairro imortalizado entre os brasileiros pelo adorável filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. O frenesi da Place du Tertre, com restaurantes e incontáveis pintores e caricaturistas, as ruelas sinuosas exibidas no filme, a parte mais tranquila e residencial atrás da colina, a estação Abbesses do metrô com fachada art noveau… Vale a pena explorar a área com calma, por mais apinhado de turistas que esteja.

Na volta, dá para ir caminhando ou, mais rapidinho, de metrô até as Galeries Lafayette, o imenso complexo de departamentos que é, hoje, a loja mais famosa de Paris. Mesmo que você esteja decidido a não gastar, entre para ver o belo prédio principal. Tome o elevador e suba logo à cafeteria do último andar, que também tem um belo terraço panorâmico para contemplar a cidade do alto, por outro ângulo – também gratuito.

Galeries Lafayette
Galeries Lafayette

Dali, são pouquíssimas quadras até chegar à, oh mon Dieu!, belíssima Ópera Garnier, o incrível teatro que mistura diversos estilos arquitetônicos (como barroco e renascentista) e cujas esculturas da fachada escandalizaram a sociedade parisiense em outros tempos. O interior imenso e deslumbrante vale os € 10 cobrados na entrada. Cheque também, na bilheteria do local, sobre a disponibilidade para o espetáculo da noite: se on-line os ingressos para as óperas e balés se esgotam rapidamente, ali, às vezes, aparecem devoluções de última hora com preços desde € 10.

Pertinho da Ópera, a caminhada perfeita se completa com uma passadinha nos idílicos jardins do Palais Royal, pela luxuosa Place Vendome (cujo obelisco, enfim, teve sua reforma concluída) e pela Madeleine, a belíssima igreja católica com formato de templo grego clássico.

 

 

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