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5 dias em Paris: conhecendo o bairro de Marais + dicas de passeios diferentes

Chegamos à última parte de nosso roteiro econômico por Paris. Conhecer as ruas repletas de livrarias e cafés do bairro Marais é indispensável, assim como uma visita ao 11º arrondissementDe quebra, ainda damos dicas de passeios para quem vai ficar mais tempo no destino, além de sugestões de hotéis e restaurantes em Paris. Confira: 

 

Dia 5

Uma visita a Paris, seja pela primeira vez ou não, não pode estar completa sem uma visita ao Marais, chamado por muitos de “o mais parisiense dos bairros”. As ruas estreitas e sempre cheias, as muitas livrarias e os cafés, os bistrozinhos, a atmosfera descolada e gay-friendly, e ao mesmo tempo tão familiar, a imperdível Place des Vosges (a praça mais bonita do meu mundo!). O bairro é encantador.

É ali que fica, ainda, o Centre Georges Pompidou (grátis com o Museum Pass e também no primeiro domingo do mês), o museu de arte contemporânea. Para os fãs do estilo, os destaques são as mostras temporárias que costumam ser excelentes. E a vista de Paris de seu terraço é adorável.

Centre Georges Pompidou

A parte do Marais entre a Place des Vosges e a Republique, hoje denomina-da como Haute-Marais, transformou-se em um dos endereços mais descolados da cidade, cheio de lojinhas, brechós, mercados (como o imperdível, pequeno e tímido Marché des Enfants Rouges), cafés, restaurantes e bares cheios de bossa (como os ótimos Mary Celeste e Candelária).

Logo ao lado, começa o 11º arrondissement, popularmente chamado de 11ème, talvez a cara mais hipster de Paris. É ali que fica o enorme obelisco onde um dia já existiu a Bastilha (lembra da Maria Antonieta e do rei decapitados na Revolução Francesa?), mas o bairro não é famoso por suas atrações turísticas. E é exatamente aí que reside seu encanto: a delícia de passear por ruas e avenidas tranquilas, com menos turistas, observando o verdadeiro dia a dia parisiense.

Nos últimos tempos, ganhou vida com a chegada de artistas, intelectuais e jovens profissionais e se encheu de bons restaurantes étnicos e bistrôs (as opções para almoços bons e baratos ali são inúmeras!), cafés e bares. Tem também uma ótima feira aos domingos no Boulevard Richard Lenoir, aos pés da Bastilha.

Não se pode ter Paris inteira em apenas cinco dias, infelizmente. Mas eu não estava preparada para deixá-la sem dar aquela última olhadinha na Torre Eiffel. Tomei o metrô até a parada mais próxima do Museu Rodin para ver de pertinho sua obra-prima O Pensador, que fica exposta no adorável jardim do museu, emoldurada pela torre ali ao fundo.

foto: shutterstock

Dali, a caminhada até a Torre é curtinha e prazerosa. É possível subir na gigante estrutura da dama de ferro, parando no segundo e no último andar. A vista lá do alto é linda, é claro, mas é a de que menos gosto; afinal, dali vejo Paris sem seu símbolo máximo. A subida, por meio de enormes elevadores, custa desde € 11 e é fundamental adquirir pela internet, já que as filas para comprar e subir costumam ser enormes.

Preferi usar meu tempo para caminhar até o mercadinho mais próximo, me abastecer de vinho francês e comidinhas gostosas, e me despedir de Paris bem ali, em meio a inúmeros outros viajantes e muitos parisienses, num piquenique no Campo de Marte, com o sol se pondo emoldurado pela Torre Eiffel, como o mais perfeito dos cartões-postais, ao vivo.

 

Mais opções de passeios em Paris 

 

Disney Paris

Paris não termina nunca, já dizia Hemingway. Para quem tiver mais tempo (e mais budget) na cidade que os cinco dias sugeridos no nosso roteirinho, há sempre muito mais a descobrir. Veja algumas dicas de passeios diferentes em Paris:

  • Com o próprio metrô, dá para ir até La Défense e ver de pertinho o bairro empresarial de Paris, cheio de arranha-céus espelhados e arquitetura arrojada – com direito, também, a muitas praças, arte pública, seu próprio arco, restaurantes e um shopping center;
  • O imenso mercado de pulgas de Saint Ouen, o maior e mais famoso da França, reúne antiguidades, peças vintage, cristais e lembrancinhas made in China, tudo junto e misturado. Do metrô Porte de Clignancourt, é só seguir o fluxo da multidão aos sábados e domingos, entre 9h e 18h;
  • Excelentes amostras do caldeirão cultural que Paris se transformou nos últimos tempos é caminhar pelos bairros de Belleville e Chinatown (Quartier Chinois), fartos em lojas, restaurantes e supermercados, respectivamente árabes e asiáticos;
  • Fãs da moda, do design e das artes contemporâneas também se encantam pela Cité de la mode et du Design, o ousado prédio às margens do Sena que tem um animado bar em seu rooftop.
  • A região de Bercy, à beira-rio e onde ficam os homônimos parque e arena, reúne a adorável Cinemateca Francesa e o descolado Cour St-Émilion, antigo complexo de armazéns de vinho transformado em lojas, bares e restaurantes;
  • Muita gente não sabe, mas Paris tem castelos nos próprios limites da cidade, como o Château de vincennes, aberto à visitação e acessível pela estação de metrô homônima;
  • Em frente ao Arco do Triunfo, outro programa gostoso da Paris mais contemporânea é tomar por € 1 o micro-ônibus que leva até as portas da modernosa Fundação Louis Vuitton, tão arrojada na arquitetura quanto no acervo. Fãs de museus também podem esticar sua programação nos deliciosos museu Cluny, museu du Quai Branly, mam (museu de arte moderna) e Palais de Tokyo;
  • Além de praças, parques e jardins mais famosos, a cidade guarda opções para curtir a vida ao ar livre, dos gigantes Bois de Bolognes e Bois de vincennes nos extremos da cidade aos adoráveis Parc monceau, Parc des Buttes- -Chaumont e a área do meio hipster Canal Saint-martin, bucólica pelos canais, mas “hypada” pelos bares e lojas do entorno;
  • E, claro, com mais tempo, nada mais justo que explorar os arredores da cidade, incluindo o imperdível Palácio de Versalhes e a divertida Disneyland Paris, ambos acessíveis via RER, o trem urbano de Paris.

 

Onde ficar em Paris

 

Generator de Paris
Hostel Generator em Paris

Com o perdão do clichê, Paris tem, literalmente, hospedagem para todos os bolsos. Além de vários hostels (incluindo opções cheias de bossa como o novo Generator Paris) e bed & breakfasts bem em conta, aposte sem medo nos econômicos da rede Accor. São inúmeros endereços espalhados pela cidade toda com preços bem camaradas e o mesmo padrão de qualidade internacional da rede. Destaque para o Ibis Bastille Opera (que tem quartos desde € 79) e o charmoso Novotel Paris Vaugirard, próximo à Torre Eiffel e à Torre Mon-tparnasse, perfeito para famílias. A rede Tim Hotels também costuma ter ótimas ofertas em diferentes locais da cidade, a partir de € 60.

Para brincar de morar em Paris e curtir a adorável sensação de abastecer a geladeira e preparar seu café da manhã com vista, alugar um apartamento de temporada é a pedida. Atendimento em português, pensando por e para brasileiros, é a filosofia do À La Parisienne. Seus imóveis são muito espaçosos (raridade na cidade), confortáveis, cheios de design e bem localizados, com direito a roupa de cama e banho e até kit de boas-vindas – tudo feito em português, da reserva no site ao check-in. Os apartamentos são de alto padrão, mas alguns têm diárias supercamaradas, como € 130 por um imóvel para até quatro pessoas.

 


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Onde comer em Paris 

 

Frenchie
Frenchie (foto: reprodução/Facebook)

Comer bem e barato na capital francesa não é tarefa difícil. Primeiro, que os piqueniques franceses são hábito corriqueiro de moradores e visitantes, seja em seus parques e praças ou nas margens do Sena, seja para almoço ou jantar nos longos dias iluminados do verão. Abastecer-se de bons vinhos, pães, queijos e outras delícias francesas nos supermercados para fazer seu próprio piquenique é sempre programão. Para ganhar tempo durante o dia, vale, também, apostar na gostosa comida de rua da cidade, com destaque para falafels, panini e crepes. Para refeições propriamente ditas, há diversos restaurantes em Saint-Michel, nos arredores

Para algo mais trendy, o fofo Frenchie e seu vizinho Frenchie to Go, na minúscula Rue du Nil, no 2éme, é a opção. Boa comida, boa música e bons vinhos por taça, em refeições que não passam de € 30 por pessoa. Outra opção é apostar no Eat With, que propõe almoçar ou jantar na casa de um morador local em diferentes bairros da cidade, dividindo a mesa com desconhecidos turistas das mais distintas procedências. As refeições completas, com bebidas incluídas, custam desde € 22 e é muito fácil escolher o anfitrião e o menu direto no site. Mas vale saber que alguns dos restaurantes estrelados da cidade têm cardápios bem mais econômicos na hora do almoço, para o caso de você querer dar um merecido upgrade na sua viagem. Casas de chefs renomados, estrelados no Michelin ou com chancela Relais&Chateaux, muitas vezes oferecem opções de menu executivo de segunda a sexta para o almoço, com dois ou três passos, e valores entre € 29 e € 50 por pessoa – incluindo restaurantes instalados em hotéis cinco estrelas e verdadeiras pérolas parisienses, como o contemporâneo Ze Kitchen Gallerie, do brilhante chef William Ledeuil, e o pomposo Hexagone, do chef Mathieu Pacaud, a uma quadra do Trocadero.

 

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